O mapa-múndi com o qual você provavelmente está familiarizado é chamado de “Projeção de Mercator”. Ele é ótimo para várias coisas, mas não para indicar o tamanho correto dos países.
Isso não é intencional; cartógrafos ao longo dos séculos já tentaram criar diversas formas de projetar a Terra em uma superfície plana, uma tarefa que naturalmente apresenta uma série de desafios.
Em outras palavras, o mundo é redondo e 3D e é complicado para caramba retratá-lo fielmente em uma superfície plana e 2D. Todo e qualquer mapa vai ter um probleminha aqui ou outro ali, dependendo do seu foco. Enquanto a Projeção de Mercator exagera regiões longe do equador, a Projeção Descontínua de Goode, por exemplo, mostra os continentes dimensionados adequadamente, mas com muitas interrupções e distorções de distância.
“Corrigindo” Mercator
A Projeção de Mercator, elaborada em 1596 pelo geógrafo, cartógrafo e matemático Gerhard Mercator, foi a primeira representação cartográfica que abrangeu todo o globo terrestre.
Ela é excelente para o seu propósito: navegação. Como uma bússola, ela é ótima porque preserva a orientação entre quaisquer dois pontos, tornando-se um padrão em navegação náutica.
Só que o mapa também é muito distorcido. Nele, o Alasca parece maior do que o Brasil, enquanto na realidade o Brasil é cinco vezes maior que o Alasca. Já a África, cerca de 14 vezes maior do que a Groenlândia, tem quase o mesmo tamanho que ela na projeção.
Para que você possa comparar o real tamanho dos países, o site “The True Size Of…” te deixa selecionar qualquer um deles e arrastá-lo para todos os cantos do globo. Por exemplo, dê uma olhada no tamanho do Brasil em relação a boa parte da Europa:
Esse mapa interativo é baseado na Projeção de Gall-Peters, um mapa retangular que prioriza dar às áreas os tamanhos corretos em relação umas às outras. Delicie-se nessa representação, mas por favor não a utilize para navegar o Atlântico. [IFLS]