Uma empresa de inteligência artificial chamada DataRobot construiu uma ferramenta que faz seis perguntas sobre seu relacionamento, prevendo em seguida suas chances de continuar junto com o seu parceiro nos próximos dois anos.
Ou seja, é uma máquina que diz se o seu relacionamento vai durar, ou se está fadado ao fracasso. Se realmente funciona ou não, é uma questão difícil de responder. Mas o programa foi criado com a ajuda da ciência: as perguntas feitas são baseadas em dados coletados por uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos EUA.
Como funciona
O questionário é baseado em um estudo de 2009 com cerca de 4.000 americanos, chamado “How Couples Meet and Stay Together” (ou “Como Casais se Conhecem e Permanecem Juntos”).
Os cientistas de Stanford fizeram pesquisas de acompanhamento para ver quantos casais ainda estavam juntos depois de alguns anos, e tornaram os dados publicamente disponíveis.
O DataRobot envolve modelagem preditiva, ou seja, ele usa dados para prever resultados. A empresa pegou as informações disponíveis e criou um modelo que supostamente prevê resultados de relacionamentos.
Segundo Greg Michaelson, diretor do DataRobot Labs, haviam 150 variáveis nos dados que indicavam se um casal era propenso a ficar junto ou não. Mas a empresa resumiu essas variáveis em seis perguntas que não fossem intrusivas, de forma que as pessoas se sentissem confortáveis as respondendo. Por exemplo, o questionário não pergunta diretamente se você mora com seu parceiro, mesmo que isso seja um fator na probabilidade de o relacionamento durar.
As perguntas
A primeira pergunta é a seguinte: “Qual é o seu status de relacionamento?”. As respostas possíveis são: “Nunca fui casado(a)”, “Morando com o(a) parceiro(a)”, “Casado(a)”, “Divorciado(a)”, “Separado(a)”, “Viúvo(a)”. A informação dada é a seguinte: “Casais casados são mais propensos a ficar juntos”.
A segunda pergunta tem a ver com o nível educacional seu e do seu parceiro. “Qual é o seu maior nível de educação completo?”, com as seguintes possíveis respostas: “Bacharelado ou acima”, “Faculdade ou tecnólogo completo” (observação: aqui, a questão em inglês diferencia entre fazer uma Universidade e fazer uma Faculdade), “Ensino médio ou supletivo completo”, “Ensino médio incompleto ou abaixo”. A informação oferecida junto com essa questão é que as pessoas que terminaram o ensino médio e fizeram faculdade são mais propensas a ficar juntas.
A terceira pergunta envolve as idades das pessoas no relacionamento. Você precisa colocar a sua e a de seu parceiro. A informação dada é que casais com maiores diferenças de idade são menos propensos a ficar juntos.
A quarta pergunta é “Há quanto tempo vocês estão juntos?”. É preciso colocar essa informação em meses ou anos. Aqui, as pessoas são mais propensas a ficar juntas se estiverem namorando há mais tempo.
A quinta pergunta é “Quantas crianças com idade entre 2 e 5 anos moram com você?”. Ter filhos é má notícia: crianças pré-escolares podem trazer muito estresse para um relacionamento. Conforme elas crescem, no entanto, fica mais fácil se manter conectado com seu parceiro.
A última pergunta é a mais curiosa: “Quantos parentes diferentes você vê a cada mês?”. A informação que a acompanha é a seguinte: casais que costumam ter contato com mais parentes tendem a ficar juntos.
Faça o teste
Uma repórter do portal Business Insider fez o teste. Suas respostas foram as seguintes: ela e seu parceiro nunca foram casados, ambos possuem título de bacharelado, estão juntos há um ano e um mês, ela tem 30 anos e ele 34, ela não mora com crianças, e vê cerca de 4 parentes diferentes por mês.
O resultado? Ela e seu amor têm uma probabilidade de 79,9% de ficar juntos por mais dois anos.
Se você é uma das várias pessoas que odeiam a ideia de uma máquina sendo usada para prever vidas pessoais, Michaelson afirma: “Eu entendo perfeitamente. Nós mantivemos esse tipo de coisa em mente quando estávamos escolhendo as perguntas. Outra coisa – nós não estamos fazendo nada extravagante, apenas deixando os dados falarem por si mesmos”.
Se você quiser fazer o teste, é só clicar aqui. As perguntas estão em inglês. [BusinessInsider]