Estrela que “não deveria existir” desafia teorias astronômicas

Por , em 11.09.2011

Uma estrela recém-descoberta está deixando os astrônomos confusos. Segundo a teoria vigente de formação estelar, a estrela simplesmente não deveria existir. Isso porque a estrela primordial, que está nas bordas exteriores da Via Láctea, não tem materiais suficientes que são considerados necessários para a formação de estrelas de baixa massa.

A estrela, com o complexo nome SDS J102915 172927, nasceu logo no início do universo. Ela se formou há 13 bilhões de anos (estima-se que o próprio universo tenha 13,7 bilhões de anos) a partir da morte da primeira geração de estrelas.

Uma análise da composição da estrela revelou que ela se formou de maneira relativamente rápida, após explosões de supernovas, mortes de algumas estrelas originais de curta duração.

Após o Big Bang – evento que se acredita ter dado origem ao nosso universo – o espaço estava inundado de hidrogênio e hélio, com traços de lítio. As primeiras estrelas que foram formadas criaram elementos mais pesados (chamados de “metais” pelos astrônomos) por meio de fusões nucleares em seus núcleos.

Então, violentas e explosivas mortes da primeira geração de estrelas espalharam elementos como carbono, oxigênio e nitrogênio em todo o universo, semeando as estrelas mais duradouras que vemos hoje.

Usando simulações e observações de outras estrelas de pequena massa, os astrônomos determinaram os níveis mínimos de vários elementos que seriam necessários para que uma estrela tivesse massa suficiente para se manter na gravidade. Mas a composição da estrela primordial descoberta pesa muito abaixo desses números.

Uma teoria de formação estelar afirma que uma estrela de pequena massa, como essa, não pode se formar se os metais e materiais forem menores do que uma determinada quantidade. De acordo com essa teoria, carbono e oxigênio são elementos necessários para resfriar o material, então o gás pode se colapsar em uma estrela.

Mas a estrela recém-descoberta não possui quantidade suficiente de nenhum desses dois elementos. Cientistas afirmam que uma estrela tão pobre em metais, sem um grande acréscimo de carbono e oxigênio, seria astronomicamente impossível de existir.

Na última década, cientistas vêm procurando estrelas extremamente pobres em metais, a partir de uma varredura do céu. Afinal, elas podem nos ensinar muitas coisas. As estrelas são relíquias antigas do universo primitivo, e a composição química delas é como o registro fóssil da composição do meio interestelar no momento em que foram formadas.

Apesar da estrela recém-descoberta ser incomum, os pesquisadores não acreditam que ela seja necessariamente um caso único. A intenção é de continuar examinando outros possíveis alvos com esperanças de encontrar outra estrela do tipo, para tentar compreender melhor a formação das estrelas.

Apenas alguns elementos pesados separam essa estrela das criações originais do universo. Pelo menos uma supernova primitiva deve ter fornecido uma pequena quantidade de elementos pesados a estrela.

Antes da descoberta, os astrônomos pensavam que estrelas como a SDSS J102915 172927 precisariam esperar mais tempo antes de se formar, para que mais mortes de estrelas supernovas pudessem fornecer elementos necessários. Mas a estrela recém-descoberta demonstra o contrário.

A nova observação mostra que, nessa composição química primitiva, estrelas de baixa massa já estavam se formando. A questão agora é entender quantas delas se formaram nesse cenário, o que também pode dar respostas sobre a evolução das galáxias. [LiveScience]

35 comentários

  • Jaque Marcondes:

    Todos esses mistérios e a luta constante da Ciência para investigá-los são INCRÍVEIS! É isso o que me encanta na ciência: as dúvidas, as buscas por respostas mesmo quando se sabe que elas trarão à tona milhares de outras perguntas. 🙂

  • Campos:

    Os elementos pesados que formam as estrelas são tambem gerados nos raios cósmicos que surgem das descargas eletromagnéticas na periferia do universo e abastecem as estrelas desta periferia e de outras mais internas do universo, porque eles são lançados com violencia para o interior do universo. Veja o blog: “Olhando o Universo”.

  • Victória:

    Concordo com Drigo foi Deus que criou o Universo e seus componentes.Alem do mais os cientistas tem a frase”toda lei tem sua esseção”o que apoio como opinião.

  • magoado:

    gente sem conhecimento …parecem galinhas no escuro…
    olham ,olham e nunca vê nada…..!!

  • Giovanni:

    pode ser uma gigantesca nave alien viajando a milhões de anos luz em uma direção qualquer. explorando novos mundos ,novas civilizações , audaciosamente indo onde nenhum alien jamais esteve.

  • Drigo:

    Eles acham que a estrela simplesmente não deveria existir só porq não tem materiais suficientes que são considerados necessários para a formação de estrelas de baixa massa.

    Gente isso é natureza de Deus só porq os estudos deles diz isso diz akilo.

    • Mahrio:

      Deus existindo ou não, tem que obedecer as leis do Universo. Mesmo que estas leis tenham sido “inventadas” por Ele próprio.

      Se os cientistas a cada hora que descobrissem algo novo dessem a desculpa “Isso e obra de Deus” ainda estaríamos achando que as estrelas são vagalumes presos no teto.

  • ON:

    Incrível!!!
    A evolução e demais.
    O universo está evoluindo e imagine a infinito de coisas certamente imposiveis para existirem na nossa realidade atual!!

  • burro:

    É isso aí bovidino,não tomar o nome de DEUS em vãs filosofias já é um princípio pra ser bem transformado no final cíclico da natureza.Sabedoria pura!!!

  • igor:

    n vejo sentido é em viver, já que vamos todos morrer um dia pois depois da morte tanto faz oq vc viveu

    • ?:

      se mata então!

  • Jonatas:

    A natureza dessa estrela foge daquilo que se esperaria dela, por isso os astrônomos se veem obrigados a rever teorias e métodos observacionais, o que já estão acostumados. Essa constante mudança e alterações conceituais/teóricas são na verdade a “bênção e a maudição” que a ciência tem de enfrentar nos adventos do avanço da tecnologia da pesquisa espacial. O clássico se choca com o novo, o indício com a confirmação, e o provável nos calculos e simulações contra a adversidade de um universo misterioso.

  • Jonatas:

    As estrelas menores consomem o hidrogênio mais devagar e duram mais, muito mais. Uma estrela dez vezes mais massiva que o Sol vive mil vezes menos tempo, 10 milhões de anos, contra os prováveis 10 bilhões dos quais o Sol já brilhou pela metade do tempo. Deveras, as anãs vermelhas são campeãs em longevidade. A natureza dessa estrela foge daquilo que se esperaria dela, por isso os astrônomos se veem obrigados a rever teorias e métodos observacionais, o que já estão acostumados. Essa constante mudança e alterações conceituais/teóricas são na verdade a “bênção e a maudição” que a ciência tem de enfrentar nos adventos do avanço da tecnologia da pesquisa espacial. O clássico se choca com o novo, o indício com a confirmação, e o provável nos calculos e simulações contra a adversidade de um universo misterioso.

  • Jose:

    “A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o mistério. É essa emoção fundamental que está na raíz de toda ciência e toda arte.”
    ´”De absoluto só a Relatividade.”

    Albert Einstein.

  • Glauco:

    “(…)Segundo a teoria vigente de formação estelar, a estrela simplesmente não deveria existir.
    Ela se formou há 13 bilhões de anos
    ela se formou de maneira relativamente rápida, após explosões de supernovas(…)”

    Se eles sabem que as observações não batem com a teoria, pq insistir nela? Será que vão continuar insistindo no erro ao invés de assumir que o correto é abandonar esses paradoxos?

    Prefiro a Teoria da Formação Galáctica do Prof. McCanney criada a mais de 30 anos, sem nenhuma modificação ou adaptação à partir de novas observações. Simplesmente tudo bate.

  • Campos:

    Nós ainda não sabemos o suficente para entendermos o universo. Temos que ler outras teorias e concluir que a verdade ainda está longe de ser revelada. Leia “Olhando o Universo” e verá uma nova maneira de entender o universo, sem o big bang. A teoria do big bang, complicou de mais a lógica do universo e estamos nos enredando por um caminho sem solução.

  • Roberto:

    É muito mais provável que haja algo errado com as afirmações sobre a idade, a massa e o local dessa estrela, quanto a ela em sí a única coisa estranha que posso dizer é que não existe mais, e faz muito tempo.

    • Juliano:

      Creio que ela ainda existe pois deve estar a “apenas” uns 50 mil anos-luz de nós…

  • Glauco:

    “(…)Segundo a teoria vigente de formação estelar, a estrela simplesmente não deveria existir.
    Ela se formou há 13 bilhões de anos
    ela se formou de maneira relativamente rápida, após explosões de supernovas(…)”
    Esses astronomos são muito buhos! Sabem que a teoria está errada, mas insistem em empurrar a velha história da formação estelar! Se essa estrela não se encaixa de forma alguma na teoria aceita, é pq a teoria está errada! Não adianta ficar criando consertos dentro de uma teoria para que ela se encaixe nas observações, tem que trocar a teoria inteira!

    Fico com a Teoria da Formação Galáctica do Prof. James McCanney para explicar a origem das estrelas. Essa teoria não precisou de nenhuma correção nem adaptação nos últimos 30 anos e continua acertando, mesmo para essa estrela recém-decoberta!

    • Profeta de Outros Mundos:

      Albert Einstein também enfrentou a mesma resistência dos físicos da época, que preferiam a física clássica mesmo a relatividade fazendo mais e mais sentido. Acho que em um breve tempo, conforme os estudos do Prof. James McCanney forem mostrando seu sentido, a ciência irá se modelar de acordo com o que prevalesse, porque é e sempre foi mutável.

    • Gil Cleber:

      O cientista Glauco é muito inteligente, e aduziu novidades astronômicas que nenhum cientista conhece. Parabéns.

  • Profeta de Outros Mundos:

    Já dizia a propaganda do canal Futura: “Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas…”

  • OddStrikesAgain:

    Cade a suas ciência agora? nessa eles não empurraram pra baixo do tapete!

    • OddStrikesAgain:

      Abaixo dessa linha, mil bundões que não comemoraram o dia do sexo por não ter uma vida social, e que não tem nada de bom pra fazer de suas vidas alem de duvidar de mim!
      ——————————————————

    • Senhor Cientista:

      A ciência está na própria reportagem. Ciência que busca entender, e não fugir do desconhecido.

  • Lucas Ramos Barros:

    mesmo com essa descoberta o universo continua misterioso.

    • Fernando:

      Continua???? O universo sempre foi e nunca deixara de ser.
      Todos Morreremos sem saber o que ha atras do universo.
      Porem nao concordo com a morte e nao vejo sentido algum morrer para sempre:)

    • zico:

      Também não concordo com a morte… :p

    • Luis:

      Tudo no universo caminha para morte.
      Nós, a terra, as estrelas, nossa galaxia.

    • Daniel Esperidião:

      O próprio universo caminha para a morte.

    • Bovidino:

      Se você não sabia:
      Não existe vida após a morte. Porquê?
      Porque simplesmente não existe morte.
      Tudo é cíclico como na Natureza.
      No mundo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
      Inclusive os seres humanos.

    • EltonPaes:

      É isso aí velhote, somos apenas matéria, parte do universo, que um dia voltaremos a forma original…

    • Prego:

      principio da entropia diz que tudo vai se “desintegrar um dia”… até mesmo os buracos negros

    • igor:

      Cara falou exatamente oq eu penso, parabéns vc eh uma pessoa inteligente pois apenas uma pequena parte da população eh capaz de entender isso.
      quanto a deus oq vc pensa?

    • Bovidino:

      Igor,
      Deus não é objeto de discussão.
      Não tomarás o seu santo nome em vão.
      Vamos tratar de desenvolver o amor ao próximo pois é aí que o encontraremos.

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