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Exaustão física é apenas “coisa da sua cabeça”

Se você já se exercitou até seu corpo dizer “chega!”, provavelmente acha estranha a ideia de que, na verdade, poderia ter se exercitado muito mais se mantivesse uma atitude mental diferente – como ficou mostrado em artigo publicado recentemente no periódico Medicine & Science in Sports & Exercise.

Quando chegamos à exaustão física

Curiosamente, a ciência ainda não consegue explicar como o corpo (ou o cérebro, mais precisamente) é capaz de “saber” quando está perto de atingir seu limite – testes em ratos mostraram que os músculos continuam com uma boa reserva de “combustível” e fluidos mesmo quando o animal fica cansado demais para continuar a se exercitar.

Há uma teoria segundo a qual o segredo não estaria no corpo, mas no cérebro, e que, com o estímulo mental correto, seria possível aumentar a tolerância de uma pessoa ao cansaço físico.

Para testar essa ideia, cientistas da Inglaterra reuniram 24 voluntários saudáveis e fisicamente ativos, analisaram seus “limites” físicos por meio de uma série de testes, e pediram que eles pedalassem uma bicicleta ergométrica até ficarem exaustos.

Feito isso, dividiram os participantes aleatoriamente em dois grupos: os do primeiro deveriam continuar sua rotina de exercícios normalmente durante as duas semanas seguintes; os do segundo deveriam, durante os exercícios, falar (ou mentalizar) para si mesmos frases motivadoras específicas, como “você está indo bem!”, e abandonar expressões desmotivadoras (como “chega, não aguento mais!” ou “esse é o meu limite”), ao longo das duas semanas seguintes.

Ao retornar, os participantes do primeiro grupo tiveram um desempenho parecido com o anterior, enquanto aqueles que foram orientados a “falar sozinhos” se saíram muito melhor do que antes, sentindo menos desconforto e mantendo a atividade por mais tempo.

Para que essa estratégia funcione, contudo, é importante repetir as frases/palavras motivadoras sistematicamente e de forma consistente.

Se quiserem fazer o teste por si mesmos da próxima vez em que forem se exercitar, não se esqueçam de dizer nos comentários se deu certo ou não! [NY Times; Medicine & Science in Sports & Exercise]

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