Experimentamos crises existenciais no início de cada nova década de idade, diz estudo
Uma Nova pesquisa feita por Adam Alter, professor de negócios na Universidade de Nova York, e Hal Hershfield, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, mostra que quando os adultos se aproximam de uma nova década de idade (ou seja, nas idades de 29, 39, 49 ou 59), temos a tendência de ter crises existenciais e buscar um significado a mais na vida, e acabamos nos comportarmos de maneiras que podem ser construtivas ou destrutivas.
Em seis estudos olhando para o exercício, casos extraconjugais e as taxas de suicídio entre adultos entre as idades de 25 e 64, os pesquisadores determinam que certas idades numéricos inspirar uma maior autorreflexão do que outros. Além disso, os autores sugerem que as pessoas em dezenas de países e culturas são propensos a tomar decisões importantes na vida como eles se aproximam cada nova década.
Se você conhece alguém que já passou por essa virada de década sabe que essa conclusão faz todo sentido do mundo. Tanto, que esse estudo tem sido realizado ao longo de muito tempo e conta com uma série de antecedentes.
Antecedentes e os principais resultados do estudo de crises existenciais
Estudos 1 e 2
Neste primeiro momento, os autores examinaram dados de 42.063 adultos de mais de 100 países, que completaram a World Values Survey e relataram a frequência com que questionaram o sentido da vida. E nesse momento eles descobriram que as pessoas que estavam entrando em uma nova década em suas vidas são mais propensas a questionar se sua vida está sendo significativa ou não.
Estudo 3
Os professores Alter e Hershfield categorizaram mais de 8 milhões de usuários do sexo masculino registrados em um site de namoro, que atende a pessoas que buscam relações extraconjugais. Eles descobriram que os homens com idades entre 29, 39, 49 e 59 eram quase 18% mais propensos a se cadastrarem nesse site, do que os homens em outras épocas da vida.
Estudo 4
Os pesquisadores examinaram o número de suicídios por 100.000 indivíduos em todos os EUA de 2000 a 2011. As taxas eram 2,4% maiores entre os indivíduos com idade terminando em 9 do que entre as pessoas cujas idades terminaram em qualquer outro dígito.
Estudo 5
Os professores coletaram dados do Athlinks, um site que compila tempos de corrida, e descobriram que os corredores corriam cerca de 2% mais rápido em idades de 29 e 39, em comparação aos dois anos anteriores e posteriores a essas idades.
Estudo 6
Os autores examinaram as idades de 500 maratonistas de primeira viagem sorteados aleatoriamente no mesmo site e descobriram que o número de corredores com idade terminando em 9 era 25% maior do que os corredores de outras idades.
Conclusão
A conclusão dos pesquisadores é que as pessoas estão mais aptas a avaliarem suas vidas quando uma década cronológica termina, e, consequentemente, estão mais propensas a tomar decisões para mudar de vida. Desta maneira, à medida que envelhecemos, é interessante conhecermos e entendermos essa propensão, para que a gente possa se guiar conscientemente para um caminho de escolhas construtivas ao invés de destrutivas.
Os professores Alter e Hershfield também concluíram que as implicações de seus estudos podem ser significativas para os consumidores. “Nossa pesquisa sugere que as pessoas que estão se aproximando do fim de uma década podem ser mais propensas a fazer compras grandes (como, por exemplo, comprar um seguro de vida, investir na bolsa, fazer a tão sonhada cirurgia estética, etc.)”. Ou seja: se as equipes de marketing estiverem conscientes dessa tendência, podem planejar uma abordagem personalizada e com mais eficiente para esse tipo de público. [medicalxpress]
1 comentário
Quando completar 40 anos, você provavelmente já gastou metade da sua vida. No quê, mesmo?