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Experimento mais demorado do mundo finalmente é filmado: vídeo

Em 1927, o professor Thomas Parnell, da Universidade de Queensland, em Brisbane, Austrália, para demonstrar aos alunos que algumas substâncias parecem sólidas, mas são líquidos de altíssima viscosidade, iniciou o experimento da gota de piche.

Basicamente, ele colocou um certo volume de piche em um funil, pingando, e esperou que o líquido passasse para outro lugar. Só que o tempo entre uma gota e outra normalmente passa dos 90 meses (7 anos e meio), sendo que a última gota a cair, em 28 de novembro de 2000, tinha levado 148 meses (pouco mais de 12 anos) para completar a queda.

Ninguém conseguiu testemunhar ou registrar em vídeo o momento dessa queda – um problema na webcam impediu a filmagem da ação.

Entretanto, em 1944, o cientista ganhador do Nobel Ernest Walton iniciou um experimento semelhante na Escola de Física da Faculdade de Trinity, em Dublin, na Irlanda.

Da mesma forma que o experimento na Austrália, este também já havia pingado várias vezes, mas sem nenhuma testemunha – até o dia 11 de julho, quando foi capturado em vídeo o momento da queda da gota de piche.

[box type=”shadow”]Com os dados do lento gotejar do piche, os cientistas do Trinity College estimaram que ele é dois milhões de vezes mais viscoso que o mel e dois bilhões de vezes mais viscoso que a água.[/box]

O experimento de Brisbane está registrado no Guinness Book como sendo o mais antigo experimento de laboratório que ainda está em execução, e também ganhou o Prêmio igNobel em 2005.

Espera-se que este ano a queda da gota australiana seja, finalmente, registrada em vídeo, como foi a queda da gota de Dublin.

Se você acha que tem sorte, pode tentar testemunhar o exato momento em que a gota de piche de Brisbane pingará: o experimento tem uma webcam instalada. [LiveScience, RTE, NewScientist, Trinity College School of Physics]

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