Fazer dieta leva a viver mais: mito ou realidade?
A resposta para uma vida cada vez mais longa é um dos grandes enigmas do nosso tempo. E se você é uma dessas pessoas que quer viver até os 100 anos ou mais, e com qualidade de vida, vai gostar de saber sobre essa nova teoria evolutiva publicada na BioEssays. De acordo com os novos estudos, o caminho para uma vida mais longa deve ser percorrido diariamente, e a chave para esse envelhecimento saudável pode ser fazer dieta. Mas não qualquer dieta: uma pobre em nutrientes.
Fazer dieta “Pobre”? Sim, você leu certo
Os cientistas sabem já há muitas décadas que fazer dieta com uma restrição severa de alimentos reduz a incidência de doenças de idade (como câncer), prolongando a vida. Segundo a Dra. Margo Adler, bióloga evolucionista da UNSW (Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália), esse efeito foi demonstrado em laboratórios do mundo todo, em espécies de moscas e camundongos, e inclusive há evidências de que também acontece em primatas. E a teoria mais aceita é que “passar fome” ativa mecanismos de sobrevivência do corpo, o que nos levaria a uma vida mais longa.
A restrição alimentar a que nos submetemos ao fazer dieta também leva ao aumento das taxas de reciclagem celular e mecanismos de reparo do organismo.
A nova teoria dos pesquisadores da UNSW é, então, que esse efeito evoluiu para ajudar animais a continuarem se reproduzindo quando os alimentos estão escassos. Eles precisam de menos comida para sobreviver porque os nutrientes armazenados nas células podem ser reciclados e reutilizados.
Esse efeito poderia explicar o aumento do tempo de vida de animais de laboratório em dietas muito pobres em nutrientes, pois o aumento da reciclagem celular reduz a deterioração do organismo e o risco de câncer.
E este é o aspecto mais intrigante do ponto de vista da saúde humana.
“Embora esse tempo a mais de vida possa ser um simples efeito colateral da restrição de nutrientes, uma melhor compreensão destes mecanismos de reciclagem podem ser uma promessa de vidas mais longas e mais saudáveis para os seres humanos”, esclarece Dra. Adler.
Quem sabe, em um futuro não tão distante, existam medicamentos que reproduzam esse efeito. Além de prolongar, isso iria facilitar muito a nossa vida. [MedicalXpress]
2 comentários
Eu sempre como quando sinto fome (com exceção do café da manhã e almoço, que também o faço por motivos de tradição). Mas eu jamais diminuiria minha comida por um motivo tão besta como “viver mais e chegar aos 100 anos”.
Poucas pessoas aos 100 anos estão em boas condições relacionadas à qualidade de vida. Talvez num futuro não tão distante, essa idade a qual considero uma fase pouco lúcida, dependente e sôfrega, seja aos 120, 150 anos, é claro.
É, faz sentido. Já tentei, o problema é o vício. Necessário é que tenha uma árdua auto disciplina, do contrário… Vou tentar novamente, tô chegando lá.
Já li que devemos comer a metade, andar o dobro e rir o tríplo, certo?