Em 1962, estreava na Inglaterra o primeiro filme da aclamada franquia de James Bond, “007 Contra o Satânico Dr. No”. Nos 46 anos e 21 filmes seguintes, não foram apenas as arrecadações e o uso de efeitos especiais que cresceram: segundo uma equipe de pesquisadores da Universidade de Otago (Nova Zelândia), o número de atos de violência mostrados em cena praticamente dobrou.
Em suas análises, o grupo usou uma versão adaptada de um Estudo Nacional de Violência na Televisão dos Estados Unidos de 1997. Eles classificaram atos violentos como “tentativas feitas por um indivíduo para ferir outro” e os dividiram em “severos” (como socar, chutar ou atacar com uma arma) e “triviais” (como empurrar ou dar um tapa no rosto).
De acordo com os autores, o primeiro filme da franquia mostrou 109 atos violentos, enquanto Quantum of Solace mostrou 250 (o mais recente, “007: Operação Skyfall”, ficou de fora por ter sido lançado perto do final do estudo).
Embora o estudo fosse concentrado nos filmes de 007, os autores acreditam que a questão pode ser percebida em outros filmes. “Dada a popularidade da franquia, não apenas a probabilidade de exposição a um filme de James Bond é razoavelmente alta, mas é provável que esses filmes mostrem um reflexo dos níveis de violência em outros igualmente classificados filmes populares”, escrevem os autores. “Como sistemas de classificação indicativa são normalmente usados para proteger crianças e adolescentes de conteúdo sexual, não de violência, isso é de interesse”.[ScienceDaily] [Archives of Pedriatics&Adolescent Medicine]