A cada dia que passa, descobrimos mais exoplanetas, estrelas e galáxias pelo universo afora. Dada a quantidade enorme de possíveis mundos, por que só a Terra é habitada?
O físico Brian Cox, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, tem uma resposta curiosa para essa pergunta famosa da astronomia, apresentada pela primeira vez pelo físico italiano Enrico Fermi.
Na década de 1950, no que é agora conhecido como “paradoxo de Fermi”, o italiano argumentou que há uma contradição entre a alta probabilidade de existir vida alienígena e a total falta de provas concretas de que a vida inteligente já evoluiu fora do nosso planeta.
Ou seja, considerando a elevada probabilidade de vida extraterrestre existir no universo infinitamente grande, por que até hoje não vimos qualquer evidência clara dela? Nas palavras de Fermi: onde está todo mundo?
Autodestruição
O professor Cox acha que pode ter a resposta. Mas ela não é muito animadora.
O físico teria dito ao portal Sunday Times que uma solução para o paradoxo de Fermi é que não é possível progredir um mundo que “tem o poder de destruir a si mesmo e que precisa de recursos colaborativos globais para evitar isso”.
Essencialmente, há uma chance dos aliens terem se extinguido através de guerras políticas, antes mesmo de se tornarem avançados o suficiente para lançar uma exploração interestelar.
A Terra pode não escapar desse mesmo destino, é claro. “Pode ser que o crescimento da ciência e da engenharia inevitavelmente ultrapasse o desenvolvimento da experiência política, levando ao desastre. Poderíamos estar nos aproximando dessa posição”, sugeriu. [IFLS]