Esta é uma foto de uma Sparassidae comendo um gambá pigmeu. Claro que uma imagem dessas só poderia ter sido registrada na Austrália, a terra dos animais mais extremos do mundo.
“Gambás pigmeus são bem comuns ali. Achamos que a aranha provavelmente viu uma oportunidade e atacou!”, escreveu Latton.
Uma mulher chamada Justine Latton postou esta foto em um grupo público de Facebook dedicado a discutir invertebrados que habitam a ilha australiana da Tasmânia. Seu marido, Adam, deu de cara com esta refeição grotesca acontecendo em um chalé de ski no parque nacional Mount Field há algumas semanas.
Na foto, a aranha está de cabeça para baixo pendurada em uma maçaneta de porta, e agarra o gambá pelo pescoço.
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A Sparassidae é a espécie com maior envergadura de patas, e elas são conhecidas por caçar ativamente seus alimentos ao invés de montar armadilhas para elas. Elas têm uma picada venenosa que paralisa suas presas.
Muitos acreditam que elas sugam os líquidos dos pequenos animais, mas na verdade elas vomitam fluido digestivo no alimento, mastigam a carne e depois se esbaldam nos nutrientes dissolvidos, segundo informações do Museu Burke de Seattle.
As aranhas tipicamente se alimentam de invertebrados e às vezes de animais maiores como lagartos.
Os gambás pigmeus são marsupiais noturnos, do tamanho de um rato. Eles vivem apenas na Oceania. A ilha em que a foto foi registrada tem duas espécies de gambás pigmeus: o gambá pigmeu ocidental e o gambá pigmeu da Tasmânia. O último é a menor espécie do mundo.
Latton relatou que o pequeno gambá tinha o tamanho aproximado de uma noz com casca, sem incluir o tamanho do rabo nesta comparação.
Estes gambazinhos são parentes distantes dos gambás que vivem na América do Sul, mas os nossos bichinhos são muito maiores, chegando ao tamanho de um gato. Registros de aranhas devorando gambás não são tão incomuns assim – em março de 2019 uma tarântula do tamanho de um prato de jantar foi filmada arrastando um filhote de gambá na Amazônia peruana.
O casal acabou capturando a dupla de animais com a ajuda de um pote de sorvete vazio e os soltou do lado de fora do chalé. A aranha saiu correndo e deixou sua presa para trás. “Nenhuma aranha foi ferida no esforço de realocação (tarde demais para o gambá)”, escreveu Latton. [Gizmodo, Live Science, Museu Burke]