Gênios loucos: as 10 histórias mais estranhas sobre cientistas famosos
Os cientistas são um grupo notoriamente diferente. Afinal, ser um pouco diferente ajuda a perseguir ideias que outros não acreditam, e isso fez com que muitos tivessem personalidades excêntricas, ou fossem complexos demais para níveis intelectuais mais limitados. E um bom número deles passou a extremos em sua busca por conhecimento, com resultados às vezes terríveis, às vezes hilários.
Aqui estão 10 dos mais estranhos fatos sobre cientistas e matemáticos dos mais famosos do mundo:
10. Não aos feijões!
Você pode agradecer ao matemático grego Pitágoras pela contribuição à geometria básica, o teorema de Pitágoras. Mas algumas de suas ideias não resistiram ao teste do tempo. Por exemplo, Pitágoras defendia uma filosofia vegetariana, mas um dos seus princípios era uma proibição completa de tocar ou comer feijão. Diz a lenda que feijões eram parcialmente culpados pela morte de Pitágoras. Depois de ser expulso de sua casa por invasores, ele se deparou com um campo de feijão, onde supostamente decidiu que preferia morrer do que entrar no campo – e assim os invasores cortaram sua garganta. (Os registros históricos não mostram uma razão clara para os ataques).
9. Quando você tem que ir, mas não vai…
O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, do século 16, foi um nobre conhecido por sua vida e morte excêntricas. Ele perdeu o nariz em um duelo na faculdade e usava uma prótese de metal permanente. Adorava festas: teve sua própria ilha, e convidou amigos para ir a seu castelo e depois partir em aventuras selvagens. Ele fez com que os hóspedes vissem um alce que ele tinha domesticado e um anão chamado Jepp que manteve como um “bobo da corte”, fazendo-o se sentar permanentemente debaixo da mesa, onde Brahe ocasionalmente lhe dava restos de comida. Mas a sua paixão por postura política pode ter sido inadvertidamente a causa de sua morte. Em um banquete em Praga, Brahe insistiu em ficar na mesa quando precisava muito ir ao banheiro, porque deixá-la seria uma violação de regras de etiqueta. Isso foi uma má jogada; Brahe desenvolveu uma infecção renal e sua bexiga estourou 11 dias mais tarde, em 1601.
8. O herói desconhecido
Nikola Tesla foi um dos heróis desconhecidos da ciência. Ele chegou nos EUA vindo da Sérvia em 1884 e rapidamente passou a trabalhar para Thomas Edison, fazendo avanços importantes em rádio, robótica e eletricidade, alguns dos quais Edison tomou o crédito por. Mas Tesla não era obcecado apenas em sua busca científica. Ele provavelmente tinha transtorno obsessivo compulsivo (TOC), recusando-se a tocar em qualquer coisa suja, mesmo que apenas um pouquinho. Também não tocava em cabelos, brincos de pérola ou qualquer coisa redonda. Além disso, ele se tornou obcecado com o número 3. E em cada refeição, ele usava exatamente 18 guardanapos para polir os utensílios até que brilhassem.
7. Professor distraído
Werner Heisenberg pode ser um brilhante físico teórico, mas com a cabeça nas nuvens. Em 1927, o físico alemão desenvolveu as famosas equações de incerteza envolvidas na mecânica quântica, regras que explicam o comportamento em pequenas escalas de minúsculas partículas subatômicas. No entanto, ele quase não conseguiu seu doutorado, porque não sabia quase nada sobre as técnicas experimentais. Quando um professor particularmente cético em sua banca examinadora perguntou-lhe como uma bateria funcionava, ele não tinha nem ideia.
6. Prolífico polímata
O físico Robert Oppenheimer era um polímata (aquele com conhecimento muito amplo em mais de uma área), fluente em oito idiomas e interessado em uma ampla gama de assuntos, incluindo poesia, linguística e filosofia. Como resultado, Oppenheimer às vezes tinha dificuldade para entender as limitações das outras pessoas. Por exemplo, em 1931 ele pediu a seu colega da Universidade da Califórnia em Berkeley, Leo Nedelsky, para preparar uma palestra para ele, observando que seria fácil, porque tudo estava em um livro que Oppenheimer indicou. Mais tarde, o colega voltou confuso porque o livro estava inteiramente em holandês. Eis a resposta de Oppenheimer: “Mas holandês é tão fácil!”.
5. Documentado até a morte
O arquiteto e cientista Buckminster Fuller é mais famoso por criar a cúpula geodésica, visões sci-fi de cidades futuristas e um carro chamado Dymaxion em 1930. Mas Fuller também foi um pouco excêntrico. Ele usava três relógios que mostravam o tempo em vários fusos horários quando voava por todo o mundo, e passou anos a dormir apenas duas horas por noite, atitude que ele apelidou de sono Dymaxion (ele finalmente cedeu porque os seus colegas não podiam fazer o mesmo, ou seja, manter-se sem dormir). Mas o gênio também passou muito tempo narrando sua vida. De 1915 a 1983, quando ele morreu, Fuller manteve um diário detalhado que ele atualizava religiosamente em intervalos de 15 minutos. O registro resultante está em pilhas de 82 metros de altura e está alojado na Universidade de Stanford.
4. Matemático sem-teto
Paul Erdös era um teórico matemático húngaro tão dedicado ao seu trabalho que nunca se casou. Vivia apenas com uma mala. Muitas vezes, aparecia na porta de seus colegas sem aviso prévio, dizendo: “Minha mente está aberta”, e divagava sobre problemáticas numéricas nas quais iria trabalhar a seguir. Em seus últimos anos, ele bebia café e tomava pílulas de cafeína e anfetaminas para ficar acordado, trabalhando de 19 a 20 horas por dia. Erdős usava o termo “partir” para pessoas que tinham morrido, e o termo “morrer” para pessoas que tinham parado de fazer matemática. Seu foco único parece ter valido a pena: o matemático publicou cerca de 1.500 documentos importantes, recebeu vários prêmios e a comunidade de matemáticos que trabalhou com ele criou em sua honra o Número de Erdős.
3. O físico brincalhão
Richard Feynman foi um dos físicos mais prolíficos e famosos do século 20, envolvido no Projeto Manhattan, o esforço americano ultrassecreto para construir uma bomba atômica. Mas o físico também foi um grande brincalhão. Se entediado do Projeto Manhattan, em Los Alamos, Feynman supostamente passava seu tempo livre abrindo fechaduras e cofres para mostrar a facilidade com que os sistemas podiam ser quebrados. No caminho para o desenvolvimento de sua teoria vencedora do Prêmio Nobel em Eletrodinâmica Quântica, ele saiu com showgirls de Las Vegas, tornou-se um especialista na língua maia, aprendeu canto gutural tuvano (Tuva é um Estado da Rússia) e explicou como anéis de borracha levaram a explosão da nave espacial Challenger, em 1986.
2. Móveis pesados
O matemático e engenheiro eletricista britânico Oliver Heaviside desenvolveu técnicas matemáticas complexas para analisar circuitos elétricos e resolver equações diferenciais. Mas o gênio autodidata foi chamado de “esquisito de primeira linha” por um de seus amigos. O engenheiro mobiliou sua casa com blocos de granito gigantes, pintava suas unhas com cor rosa brilhante, passava dias bebendo apenas leite e pode ter sofrido de hipergrafia, uma condição que causa no cérebro um impulso irresistível de escrever.
1. A guerra dos ossos
Durante a grande corrida de dinossauros dos anos 1800 e início de 1900, dois homens usaram uma série de táticas cada vez mais sombrias para superar um ao outro em busca de fósseis. Othniel Charles Marsh, um paleontólogo do Museu Peabody, da Universidade de Yale, e Edward Drinker Cope, que trabalhava na Academia de Ciências Naturais da Filadélfia, Pensilvânia, começaram de forma amigável o suficiente, mas logo tornaram-se inimigos. Em uma viagem de “caça aos fósseis”, Marsh subornou os guardas do sítio arqueológico para desviar qualquer descoberta potencial do caminho do rival. Em outra expedição, Marsh enviou espiões ao longo de uma das viagens de Cope. Corriam rumores de que eles dinamitaram camas um do outro para evitar suas descobertas. Eles passaram anos publicamente humilhando um ao outro em artigos acadêmicos e acusando-se mutuamente de crimes financeiros e inaptidão nos jornais. Ainda assim, os dois pesquisadores fizeram grandes contribuições para o campo da paleontologia: dinossauros emblemáticos como os estegossauros, tricerátopos, diplódocos e apatossauros foram todos descobertos graças aos seus esforços. [livescience]
22 comentários
eu q me achava inteligente e doido, perto deles vejo que sou burro e normal!
Cada louco, com as suas manias… kkkkkk
HAHAHA os caras são loucos cada cientistas fala serio ainda bem que cada um contribuio de alguma forma
Poucos talvez conheçam Buckminster Fuller, o quinto cientista e criador do domo geodésico. O trabalho dele é realmente fascinante, ele buscava por uma utópia, um sonho. O objetivo dele em fazer os domos geodésicos foi a procura por uma maneira barata de se construir lares. Assim, poderia haver um mundo onde todos tivessem casas. O domo geodésico é a estrutura que mais pode ocupar área gastando menos material. Fuller se baseava muito nisso: ”fazer mais com menos”. Ele também tinha a ambição por uma moradia que uma vez instalada, não precisaria de qualquer outro auxílio como sistema de esgoto, fornecimento de água e energia. Jonh Todd, que trabalhou com Fuller, fez um sistema com plantas que era capaz de absorver as impurezas do esgoto, por exemplo. A água poderia vir do ar, isso é sim possível, uma empresa (brasileira!) produz um equipamento capaz de captar água do ar, chama-se Hfn Water.
Recomendo a todos que leiam um pouco de Buckminster Fuller, nem que seja só pela Wikipédia. Quem quiser se aprofundar, acesse o website do The Buckminster Fuller Institute (em inglês): http://bfi.org/
Há um documentário (dublado) chamado Design Ecológico, que aborda Fuller, além de diversos outros inventores, porém sempre se focando mais nele. Quem quiser assistir, está no link abaixo, e falo com todo fervor: É MUITO INTERESSANTE.
http://www.youtube.com/watch?v=7neWgExucQU
Depois falam que religiosos é que são loucos. Rs!! A vantagem dos loucos das ciências em relação aos das religiões é que a maioria dos cientistas no mundo acabam entrando em consenso para firmar ou descartar a suposta loucura e não têm vergonha de voltar atrás ou sempre rever seus conceitos conforme avança a capacidade ou aparelhos para mensurar o inacreditavelmente pequeno ou grande e sem menosprezar ou ridicularizar seus antigos mestres.Mas infelizmente por em quanto os ao aparelhos só podem mensurar dimensão.
Querido amigo,
o que fragiliza aqueles que defendem a fé é a fragilidade nas suas argumentações. Vivemos pela fé. Não se racionaliza a fé. Se vive a fé. Contudo,a fé não eclipsia (SILOGISMO?) A CIÊNCIA. Contrário a isso, ela preenche o espaço do inintelivel; não que precisemos do silogismo científico, a fé não prescinde de verificação; Mas somos homens de ciência e nossa responsabilidade é maior. Temos que conviver com a verdade de Deus e a dúvida da verdade.
Tesla era o cara 🙂
A loucura não é um privilégio dos gênios, mas uma necessidade da humanidade. Eternize a lucidez e vivencie a esterilidade da vida… ou faça como o poeta “controle a sua maluquez, misturando-a com a sua lucidez…”
É isso aí, de louco cada um tem um pouquinho. A única loucura que eu não tenho é ter fé, mas de resto… veremos
Jonatas, parabéns por suas redações aqui no Hypescience! Gostei bastante de todas que vi. Sempre interessante e com boas informações para nós, leitores.
Mas continue assim! Fazendo esses bons artigos e usando essa boa seleção de informação. Ultimamente vejo muita coisa insignificante no Hypescience que cansa minha leitura e acaba distorcendo minha visão do site. Mas enfim, boa sorte e parabéns novamente!
Muito bom! Mas ali na 2, “engenheiro elétrico”? Pode isso Grossmann?
tesla era o cara
Depois de ler essa matéria Sheldon Cooper até parece normal…
Engenheiro ELETRICISTAAAAAAAAAAAA
Exato, peço perdão aos Engenheiros Eletricistas, rsrsrs.
Obrigado 🙂
de louco todo mundo tem um pouco, mas inteligencia só uns poucos.
Não me considero um GÊNIO sou apenas um cisco nesse planeta TERRA mas na minha cidade os ignorantes do interior dizem que sou louco só porque passos horas com o telescópio voltado para os céus e não durmo a noite. Mania tenho uma bem estranha: adoro levar tomar café, levar aquele drink e ler no notebook quando estou sentado no TRONO do toalete.
O medo de Pitágoras por feijões é falso.
Conta a história de Pitágoras que, certa vez, falando a um grupo de colonos, sentiu-se tentado a acrescentar algo de filosofia e esoterismo; declarou que a Terra é a mãe-natureza e que, além do respeito que devemos tributá-la como a “doadora da vida”, devemos também respeitar todas as formas de vida por ela geradas, até mesmo a vida latente que se esconde em um simples semente de feijão. Aquela gente simples e ignorante, escutando com atenção ás palavras do mestre, entenderam-nas em sentido literal e espalharam aos quatro ventos que Pitágoras proibia o consumo de feijões!
Com o passar do tempo, criaram-se várias lendas na Grécia a respeito desta palestra do Mestre e, certa vez, chegou à escola Pitagórica um aluno questionando por que Pitágoras “preferia morrer do que ter de atravessar uma plantação de feijões”. Historiadores e biógrafos têm se desdobrado nas mais imaginativas explicações desse fato aparentemente corriqueiro.
Pitágoras, deste fato, extraiu apenas uma lição: ensinar somente para quem tenha capacidade de aprender. Assim, foi delineando-se o método de ensino que, mais tarde, adotaria em sua Escola Iniciática, que consistia em dividir seus discípulos em dois grupos: os profanos (ou Exotéricos) e os iniciados (Esotéricos)
Até parece que para ser gênio tem que ser meio doido mesmo.
Um exemplo é Dalton, que registrava o tempo. Acredita? Ele registrava tudo, gostava disso; ou até mesmo Newton que era “macumbeiro – trabalhava com magia negra e tudo” de primeira linha.
Todos eles são assim, parece que inteligência superior vem acompanhada de certas manias.
parecer ser, eis o segredo dos segredos… os outros, sim, é q são doidos, de verdade! EU SOU NORMAL … “controlando minha maluquez, misturada com minha LUZ (cidez) >>> somos amig@s de-mentes!?
Parabéns amigo belissíma matéria…
Cada gênio com a sua loucura …