Ao largo da costa de Noli, na Itália, cerca de seis metros abaixo da superfície do Mar Mediterrâneo, há cinco biosferas bulbosas cheias de plantas, luz e ar quente e úmido.
Essas estufas subaquáticas compõem o Jardim de Nemo, um projeto agrícola experimental em seu quarto ano, operado por uma empresa especializada em equipamentos de mergulho, a Ocean Reef Group.
Local propício
As biosferas tiram proveito das propriedades naturais do mar para cultivar plantas. As temperaturas subaquáticas são constantes, e a forma das estufas permite que a água evapore invariavelmente. Além disso, as grandes quantidades de dióxido de carbono atuam como esteroides para as plantas, permitindo que elas cresçam a taxas muito rápidas.
Uma série de plantas, como manjericão, alface, morangos e feijão, está sendo cultivada nos cinco balões. O Ocean Reef Group tem a patente das estruturas e planeja construir mais para experimentar com outras culturas, como cogumelos, que devem prosperar no ambiente úmido.
Experiência original
Sergio Gamberini, presidente da Ocean Reef Group, teve a ideia “maluca” de cultivar plantas sob o mar durante suas férias de verão na Itália. Ele imediatamente começou a experimentar, afundando as biosferas transparentes no oceano e enchendo-as de ar.
Um vídeo lançado no início deste ano mostra membros da equipe de Gamberini dentro dos habitats subaquáticos cuidando das culturas:
Sensores dentro das biosferas fornecem dados em tempo real sobre a umidade, níveis de pH, temperatura do ar e níveis de dióxido de carbono nas estruturas.
Espera-se que o sucesso da empresa até agora lance as bases para uma nova forma de produção agrícola que não prejudica o ambiente. Mesmo se falhar, o projeto de Gamberini provavelmente irá fornecer dados úteis incríveis sobre culturas em um ambiente agrícola duro, estéril ou não convencional, seja o fundo do oceano ou outro planeta, por exemplo. [io9]