“A única coisa da qual podemos ter certeza sobre o futuro é de que será absolutamente fantástico”, disse o escritor de ficção científica Arthur C. Clarke (1917 – 2008), em um vídeo de quase 50 anos atrás.
O autor de “A Sentinela” (que serviria de base para o filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”) acreditava que, graças aos avanços nas telecomunicações, poderíamos conversar com nossos amigos em qualquer parte do mundo mesmo sem saber sua localização exata. O que soava absurdo em 1964 (como toda boa previsão, segundo Clarke que também previu a internet e os computadores pessoais em 1974), acabou virando rotina.
Apostando fortemente na ciência e na tecnologia, ele acreditava que um funcionário não precisaria estar presente em seu escritório para trabalhar – prática chamada “home-office”, hoje bastante comum. De fato, não precisaria sequer estar no mesmo país onde fica a empresa. “Qualquer habilidade física poderá ser realizada independentemente da distância”, previu.
Para ele, mesmo operações de alta precisão, como intervenções cirúrgicas, poderiam ser conduzidas a distância. “Falo sério quando digo que, algum dia, teremos neurocirurgiões em Edimburgo [Reino Unido] realizando operações na Nova Zelândia”.
É claro que nem todas as previsões se concretizaram (no vídeo, ele fala que viagens de negócio seriam coisa do passado, e que cidades perderiam sua função de “ponto de encontro”), mas não dá para negar que o escritor foi praticamente um “profeta tecnológico”.[Gizmodo]