A introversão explicada em seis ilustrações simples

Por , em 5.06.2016

As seis ilustrações abaixo, feitas por Liz Fosslein e Mollie West, mostram de forma simplificada as diferenças entre o funcionamento do cérebro de pessoas introvertidas e extrovertidas.

Afinal de contas, uma pessoa não é introvertida simplesmente porque quer ou porque não se dedica o suficiente a interações sociais, mas sim por que seu cérebro tem um sistema de recompensas diferente do de uma pessoa extrovertida. As informações e estímulos também são processados de forma singular.

Por isso, se você encontra prazer em ler um livro em um sábado à noite e não no meio da multidão da balada, não sinta-se mal com isso. Confira seis características de introvertidos:

6. Dificuldade em processar informações

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De acordo a psicóloga e autora do livro As vantagens de ser introvertido (2002), as pessoas introvertidas processam estímulos de forma mais lenta. Isso acontece porque o caminho a ser percorrido por essa informação, relacionado a memórias antigas e planejamento, é mais longo que em pessoas extrovertidas.

Em outras palavras, é mais complicado para introvertidos processar interações e eventos. Ao mesmo tempo em que processam essas informações, os introvertidos também dedicam atenção cuidadosa aos seus sentimentos e pensamentos.

5. Mais sensíveis a estímulos

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Estudos conduzidos pelo psicólogo Hans Eysenck mostram que o introvertido precisa de menos estímulos do mundo exterior para se sentir acordado e alerta quando comparado aos extrovertidos. Isso significa que introvertidos podem ser estimulados em excesso com facilidade.

Isso acontece porque os introvertidos são mais sensíveis à dopamina, um dos hormônios do prazer. Quem tem baixos níveis de dopamina sente letargia, sensação de insignificância, inabilidade de começar um movimento voluntário e até tremores. Já quem tem dopamina em excesso pode ter alucinações e paranoia. Ou seja, os dois extremos são ruins.

Um exemplo prático: o extrovertido chega à uma festa e seu nível de prazer associado aos estímulos externos começa baixo e vai aumentando até um nível que ainda é considerado saudável. Ele se diverte.

Já um introvertido chega à mesma festa com um nível de prazer bom, mas recebe tanto estímulo externo que passa a se sentir mal por estar naquele ambiente. Ele sente a necessidade de deixar a festa em menos tempo que um extrovertido.

4. Paraíso é a tranquilidade

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A vantagem dessa alta sensitividade à dopamina é que os introvertidos precisam de menos quantidade do hormônio para se sentirem felizes. O cérebro dos extrovertidos funciona em um sistema de gasto de energia, enquanto o dos introvertidos funciona em um sistema de conservação de energia. É por isso que introvertidos sentem-se bem e energizados ao ler um livro, refletir sobre um assunto ou mergulhar no mundo das ideias.

3. Risco não traz prazer

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O cérebro dos introvertidos não recebe grandes recompensas ao assumir riscos ou fazer apostas. Cientistas descobriram que o cérebro dos extrovertidos responde com mais prazer aos resultados positivos de apostas. Em outras palavras, os introvertidos sentem menos prazer com surpresas ou atividades arriscadas.

2. Atenção total

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O cérebro do introvertido vê interações com pessoas com o mesmo nível de intensidade que vê objetos inanimados. Calma, isso não quer dizer que eles acham que pessoas são objetos inanimados. Eles apenas processam tudo ao seu redor e prestam atenção em todos os detalhes do seu ambiente, não apenas na pessoa com quem estão interagindo. Tanto a pessoa quanto a árvore atrás dela pedem a mesma quantidade de atenção.

6. Decisões melhor avaliadas

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Conforme introvertidos interagem, eles buscam informações antigas na memória de longo prazo. Um introvertido costuma comparar experiências atuais e passadas quando toma uma decisão, o que torna o processo mais lento, mas que resulta em decisões melhor avaliadas.

Isso significa que o introvertido tem um diálogo ativo consigo mesmo e que normalmente anda por aí com a cabeça cheia de pensamentos. [Bored Panda, Magical Day Dream, Medical Daily]

5 comentários

  • Wesley Alves Lemos:

    a ordem dos tópicos está 6-5-4-3-2-6

  • Olivia S.:

    Achei o artigo muito biased pro meu gosto. E meio incompleto, também. Faltou dizer o que é introversão e extroversão na mente do autor.

    • Olivia S.:

      Eu simpatizo muito mais com o MBTI e a teoria do Jung sobre isso. Dizer que extroversão é o mesmo que gostar de festas é bem inválido

  • Anaqui:

    WOW! Explicação simples e que faz todo o sentido! Deveria ser lida por todas as pessoas que acham que ser extrovertido é a norma.

  • Douglas Wilson:

    Sempre fui criticado por ser introvertido. Mas agora tô nem aí, gosto de quem sou e não vou mudar por causa dos outros. Nós mudamos o mundo.

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