Ler, aparentemente faz bem não só para a mente, mas para o corpo todo, de acordo com estudo feito pela professora Kjersti Lundetræ, do Centro de Leitura da Universidade de Stavanger, na Noruega.
Segundo o artigo intitulado “Health in Every Word” (“Saúde em Cada Palavra”, em tradução livre), existe uma relação entre a autopercepção de saúde e o letramento, a capacidade de ler e compreender textos complexos.
A autopercepção de saúde pode significar a capacidade de perceber dores, atividades diárias que prejudicam a condição física, fadiga ou então problemas emocionais que afetam relacionamentos sociais.
O estudo, usando dados da pesquisa internacional de letramento de adultos e habilidades (ALL) descobriu que o grupo de pessoas que tem um pior letramento tem também pior condição física do que o grupo das pessoas que tem um bom letramento. Mas isto só vale para o estado físico – a saúde mental parece não ser afetada pelo letramento.
Um dos motivos para este relacionamento, aponta a professora Lundetræ, é que os artigos de saúde nem sempre são acessíveis, com vocabulário complicado e estilo de difícil acesso. Para quem lê pouco e lê mal, isto significa uma barreira para informações de qualidade sobre saúde.
A sugestão da professora Lundetræ é que, além de programas de incentivo à leitura entre adultos, artigos com conselhos e dicas de dietas saudáveis e exercícios físicos sejam fáceis de ler. “Eles tem que ser escritos em uma linguagem que não seja muito técnica ou que use muitas palavras, e devem comunicar de forma clara e simples”, completa. [MedicalXpress]