Ícone do site HypeScience

Criador do Linux ri do “apocalipse mecanizado”: “Que tipo de drogas as pessoas estão tomando”?

Lembra daquela carta aberta que muitos caras inteligentes, incluindo Stephen Hawking, assinaram pedindo que a humanidade dedique pesquisas sobre inteligência artificial que sejam devidamente alinhadas com os interesses humanos?

Em outras palavras, eles acham que precisamos evitar a criação de nosso próprio apocalipse mecanizado: aquela ideia de que as máquinas vão nos superar e tomar o mundo.

Um cara que não concorda com tais “receios idiotas” é Linus Torvalds, o criador do sistema operacional de código aberto Linux.

Segundo Linus, o que estamos propensos a ver não é uma superinteligência destrutiva como Skynet, mas uma série de inteligências artificiais (IAs) direcionadas a necessidades para fazer coisas como tradução ou agendamento. Basicamente, seriam apenas versões “melhoradas” de aplicativos como o Google Now ou Siri.

Um pouco mais elaborado

Essas IAs melhoradas não vão, diz o criador do Linux, ser ciberdeuses ou mesmo formas de inteligência equivalentes a humana.

“Nós vamos chegar a IA, e quase certamente será por meio de algo muito parecido com redes neurais recorrentes. Mas, uma vez que esse tipo de IA vai precisar de treinamento, não vai ser ‘confiável’ no sentido da computação tradicional”, opina.

Linus também crê que essa tecnologia será difícil de produtizar, o que limitará bastante seu tamanho e onde a encontremos.

“Então eu esperaria apenas mais IAs um pouco mais elaboradas, em vez de algo semelhante à inteligência humana. Reconhecimento de idiomas, reconhecimento de padrões, coisas assim. Eu não vejo a situação em que de repente você tem uma crise existencial porque a sua máquina de lavar louça está começando a discutir Sartre com você”, brinca.

Singularidade?

Quanto à ideia discutida no meio científico de que a IA pode inaugurar uma “singularidade”, onde os computadores experimentam uma “explosão de inteligência” e descobrem como produzir qualquer objeto que desejarem em quantidades infinitas, Linus simplesmente acha que isso é baboseira.

“Evento de singularidade? É ficção científica, e não muito boa, na minha opinião. Crescimento exponencial sem fim? Que drogas aquelas pessoas tomaram?”, debocha.

E aí, em que lado do debate você está? Tem medo uma revolução das máquinas ou, como Linus, acha que o máximo que pode acontecer é seu próximo smartphone te ajudar a paquerar um estrangeiro na balada? [Gizmodo]

Sair da versão mobile