Nazistas burros: mensagem secreta da 2a Guerra acaba de ser encontrada
Na Europa, muitos dedicam o seu tempo livre para encontrar objetos perdidos das Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Recentemente, equipados com detectores de metais e outros equipamentos de caça ao tesouro, fãs italianos fizeram uma descoberta bastante interessante no sul da Toscana.
Passeando por um campo, encontraram uma insígnia do 372º regimento de infantaria da Divisão de Infantaria 83 que, aparentemente, nunca lutou na Itália. Ela pertencia a um soldado com as iniciais “D M”. Até aí, nada fora do comum.
Poucos dias depois, eles voltaram para o mesmo local e acharam algo muito mais interessante: um invólucro de bala estranho.
Ao abri-lo, veio a surpresa: um papel dentro.
O que seria essa mensagem?
Contexto histórico
13 de agosto de 1944. O 8º Exército Britânico ocupa Florença. Os Aliados finalmente saem da Normandia. Enquanto isso, em algum lugar no sul da Toscana, um soldado escreve uma mensagem criptografada e a esconde dentro de uma bala.
Essa era uma prática relativamente comum na época. A bala era removida do seu invólucro e sua carga em pó era descartada. Em seguida, uma mensagem em código era escondida no invólucro vazio.
Como munição usada podia ser encontrada por todo o campo de batalha, era muito fácil esconder essas mensagens. Em caso de captura, era mais fácil ainda descartá-las imediatamente.
Mas o que essa mensagem em particular dizia?
Significado
Não dá para saber ao certo o que a mensagem secreta significa, mas temos uma boa ideia.
Um usuário de um fórum compartilhou uma postagem dizendo que seu avô serviu na Itália e que ele herdou seu equipamento militar. Como guardou todos os seus livros de códigos usados na guerra, resolveu pesquisar o que esse podia ser, e chegou a seguinte “tradução”:
QM é um código para o oficial encarregado de coordenar as forças em um evento particular. Esta é uma carta dirigida a um desses oficiais.
Já as letras, da esquerda para a direita, de cima para baixo, formam a seguinte frase:
ELES – LANÇAM – GRANADAS – NÓS – PUXAMOS – PINOS – E – LANÇAMOS – DE VOLTA
O código final na parte inferior é outra frase:
AVISAR PARA REFORÇOS AGUARDAREM – NÃO SÃO NECESSÁRIOS
O quê?!
A mensagem, à primeira vista, não parece fazer sentido. O inimigo estava jogando granadas ainda com seus pinos de segurança e os soldados aliados estavam as agarrando e jogando-as de volta com seus pinos de segurança removidos? Quem poderia ser tão burro?
Se o conteúdo da mensagem for mesmo esse, a explicação pode ser que algumas granadas italianas tinham dois pinos de segurança. Mas, se soldados italianos estivessem as manuseando, saberiam que tinham remover ambos. O que nos leva a pensar que os soldados não eram italianos. Eram alemães.
A maioria das forças italianas não estava lutando neste momento da guerra. Em 3 de setembro de 1943, o Rei Victor Emanuel III e o primeiro-ministro Pietro Badoglio assinaram a rendição incondicional da Itália em Cassibile. Alguns soldados italianos permaneceram leais a Mussolini e continuaram a lutar contra os Aliados. Enquanto isso, os nazistas confiscaram todos os equipamentos de guerra italianos, incluindo as suas granadas.
Em 13 de agosto de 1944, com Roma e Florença nas mãos dos Aliados, muito poucos soldados italianos estavam no campo de batalha.
As granadas foram então, provavelmente, lançadas das mãos de soldados alemães que não estavam familiarizados com o equipamento, e portanto não removeram o segundo pino de segurança apenas para receber as mesmas granadas de volta prontas para destrui-los em pedaços. De fato, reforços não eram necessários. [Gizmodo]
1 comentário
Que história, hein! A hipótese faz sentido.
Ótima matéria.