Nem pão e nem circo

Por , em 23.06.2013

 

Nem pão e nem circo

Esses dias ao ler os jornais, tive a forte impressão de que a História realmente se repetia. Talvez como drama. Talvez como farsa. Não sei.

Alguns acontecimentos no Brasil lembraram-me Roma Antiga.

Por exemplo: em bom e alto latim o “panem et circenses” – a política do Pão e Circo – que imperou na Roma do Século I da era cristã.

O humorista e poeta Juvenal, contemporâneo dessa época, cunhou a expressão em uma de suas obras, a então célebre Sátira X, na qual criticava acintosamente a falta de interesse do povo romano aos assuntos da ciência, da cultura e da política, e que só se preocupava em comer bem e divertir-se, a ponto de que tal característica fosse utilizada como instrumento de manipulação e dominação.

Mesmo com a expansão econômica e o crescimento da “civilidade romana”, ironicamente os trabalhadores livres, formados em sua maioria por pessoas humildes e de poucas condições financeiras foram submetidas à dura realidade da periferia, vivendo em habitações precárias e insalubres, submetendo-se a empregos extenuantes e mal remunerados.

Para que esse povo submetido à exploração desumana de sua mão de obra e também às piores condições de sobrevivência, não se revoltasse, promovendo ações violentas e descontroladas, os governantes da época adotaram  a política do pão e circo.

Mensalmente distribuíam uma cesta básica de alimentos no Pórtico de Minucius, constituídas por uma quantidade de cereais o suficiente para que o povo não morresse de fome e também promoviam vários eventos populares, sempre com o objetivo de distrair a população dos problemas viscerais de sua condição de vida.

Nos tempos de crise as autoridades apaziguavam as tensões sociais com a construção de enormes arenas, nas quais se realizavam grandes espetáculos populares, tais como, por exemplo, a luta de gladiadores por sua própria vida.

Essa velha e sub-reptícia política era duplamente vantajosa. Ao mesmo tempo em que a população ficava apaziguada e mansa, a popularidade do governante entre os mais humildes ficava consolidada.

Foi nesse ponto de minha reflexão que então me perguntei: – será que isso tem a ver com o nosso Brasil de hoje? Será que a história romana está se repetindo, aqui, ora como drama e ora como farsa?

Não! Claro que não. É um lapso de quem busca, de forma insistente, por significados.

Não há nenhuma repetição da história romana aqui.  Pelo menos com o que tenho lido nos jornais.

Pois no Brasil desses últimos dias, a política é do “Nem pão e Nem circo”.

Afinal o pão na mesa está cada vez mais raro e o circo da praça cada vez mais caro.

Tanto que o glamour de frequentar as arenas modernas e assistir aos espetáculos mais populares ficou para a alta sociedade.

Outra visceral diferença:

São nas ruas, fora dessas arenas tão luxuosamente construídas, que as principais lutas estão acontecendo.

A luta diária e anônima para garantir a simples sobrevivência física. E uma outra, suprapartidária, que sob os holofotes distorcidos da mídia tenta resgatar a voz e a vigília há tanto tempo perdidas.

-o-

[Imagem por Semilla Luz]

[Leia os outros artigos de Mustafá Ali Kanso]

 

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Foi premiado com o primeiro lugar no Concurso Nacional de Contos da Scarium Megazine (Rio de Janeiro, 2004) pelo conto Propriedade Intelectual e com o sexto lugar pelo conto Singularis Verita.

25 comentários

  • Jose Cassimiro Braga Cassimiro:

    Alertemos para oque possa vim,dias melhores ou de guerras melhores,pois os jovens já não aguentam mais.

  • Andreia Medina de Oliveira:

    Desde o final da 2ª Grande Guerra os governos passaram de funções bem modestas como a prestação de serviços essenciais à coletividade, como segurança e justiça, para tomar a frente de ações econômicas que visavam combater a inflação e o desemprego. Em busca da promoção do bem-estar social os governos buscaram ampliar suas ações através das novas definições nas preferências da coletividade para a solução de problemas que retardavam o desenvolvimento econômico. Então ações que promovam essa melhor distribuição social, mesmo com R$70,00 são bem vindas às famílias que não tem nem si quer o essencial. Só que isso é apenas o ponto inicial. Afinal pra um pai que sai de casa em busca de trabalho, é melhor saber que os filhos tem pelo menos pão pra comer do que nada. Mas é preciso qualificar esse pai e também lhe dar oportunidade de trabalho, pra que ele não precise das bolsas assistenciais de nenhum tipo. O problema aqui no Brasil, é que dão os R$70,00 e querem que o povo se cale pra roubar todo o resto. Estimasse que 30% do dinheiro público é desviado pela corrupção.Como disse o Wagner a arrecadação de impostos é recorde na história de nosso país, fazendo com que cada vez mais pessoas reclamem da situação atual. A contestação do sistema tributário brasileiro muitas vezes se dá na verdade além da guerra constante de interesse entre as partes envolvidas onde o governo quer arrecadar o máximo que lhe permita a lei enquanto o cidadão quer pagar o mínimo possível, é que diferente de outros países que também tem carga tributária considerada excessiva, muitas vezes até mais alta que a nossa, é o benefício do retorno ineficaz que acontece por aqui. Enquanto que nossa carga tributária pode ser comparada a nível de países europeus o retorno em benefícios sociais fica a quem de muitos países com carga tributária bem abaixo da nossa. Pagar autos impostos? Quem se importaria se a educação pública fosse realmente eficiente, se houvesse segurança nas cidades, se houvesse emprego para todos, se houvesse um sistema de saúde que respeitasse seus cidadãos. Mas aí esse não seria o Brasil, seria o país Se Houvesse…
    No mês de abril, tive a grande oportunidade de fazer um trabalho acadêmico solicitado pelo meu querido professor Marco Antônio Ribeiro sobre as consequências que o Mundial de 2014 traria a economia de nosso país, e o que se percebe é que estão fazendo uma grande farra com o dinheiro público no país. O TCU já fala em “elefantes brancos”, Especialistas alertam que atrasos propositais elevam o custo das obras e facilitam a corrupção. Escândalos como o do Estádio do Engenhão que no Pan de 2007 estourou em 1000% o seu orçamento está prestes a voltar a acontecer.
    E Carlos Drummond de Andrade dizendo que futebol se joga “na alma”. Eh caro Drummond, aqui no Brasil além dos campos e praças, futebol se joga na maracutaia de políticos e empresários inescrupulosos. E a alma? Fica por conta do povo que vai levar gerações vendo seu corpo e alma serem açoitados pra pagar a chuva de dinheiro público que anda caindo em guarda-chuvas da corrupção.
    E pra quem faz a festa da gastança do Mundial de 2014 melhor seria uma outra famosa frase de Drummond: “Cuidado por onde andas, que é sobre os meus sonhos que caminhas”…
    Ao Mustafá, parabéns pela matéria!!
    Ao Cesar Grossmann que tanto defende o governo, não contestamos um ou outro partido, mas sim a má gestão dos mesmos. Concordo com você quando fala da importância dos programas de assistência social, mas fecho 100% com o Rafamar. Nem sempre elevar uma classe da super-hiper-ultra-mega pobreza pra super-hiper-ultra pobreza, é trazer bem estar social. Quero um país onde meus filhos estudem, trabalhem e tenham uma oportunidade digna de vida, e é isso que desejo a todos. Não queremos migalhas, queremos um país sem corrupção!! Viva o povo que foi pra rua, sem partido, sem migalhas!! Viva o Brasil!!

    • Cesar Grossmann:

      Andreia, e querem isto para ontem. É este o problema. Você não consegue mudar um país completamente em 4 anos. Pior, às vezes as pessoas nem mesmo vão atrás das informações, engolem tudo que as “campanhas de protesto” dizem porque, afinal de conta, se é contra o governo deve ser tudo verdade, não deve? Um exemplo é a história de querer que o orçamento da copa seja usado em saúde. O gasto do governo na copa é de cerca de R$ 7 bilhões (nos estádios) e o orçamento de saúde para este ano é de mais de R$ 78 bilhões. É muito bom que o povo vá à rua, mas é melhor ainda que ele vá para a rua consciente do que está acontecendo e o que está pedindo.

      Sobre a má gestão do governo, algumas perguntinhas: quanto o governo orçou para este ano para saúde? Educação? Infraestrutura? Segurança? Quem é que alguma vez foi atrás destes números? Quanto é que foi investido no atual governo? Quanto foi investido no governo anterior? E no outro? O que acontece é que todo mundo gosta de reclamar. Reclamar e falar mal é um esporte nacional. Junto com se omitir e botar a culpa em outros.

    • Je:

      Cesar, você é a primeira pessoa que vem com esses números, 7 bilhões em gasto para a copa? De onde tirou esses números amigo?
      E também pelo que eu saiba ninguém quer que o dinheiro gasto na copa vá para a saúde mais sim que usem melhor o mesmo com coisas mais necessárias, ou seja, surge dinheiro para gastar com a copa, e saúde, educação, segurança entre outros a verba sempre está curta essa é a questão. Fora as olimpíadas que penso que os gastos será maiores.
      É isso.

    • Cesar Grossmann:

      Je, estes dados foram publicados. As pessoas confundem o orçamento com a copa com a parte que a União vai investir ou investiu em estádio. Parte do orçamento vem da iniciativa privada, e parte dele vai para infraestrutura e soluções de mobilidade.

    • Je:

      Cesar, engano seu veja este link http://www.portaltransparencia.gov.br/copa2014/home.seam com os dados do que já foi gasto e (pago), o que está contratado e o que está previsto, isso, faltando 344 dias para o inicio da copa. E a estádios a serem terminados. Penso que não está calculado aí o que vai precisar para acertos e erros durante a copa das confederações, ou seja, o que vai ser gasto ainda pois a mesma é para esse fim além de outros fatores.
      Isso tudo que você verá pelo link, ainda a o fator de confiança nesses dados que é o que todos nós acreditamos que seja esses números mesmo.
      E não estamos calculando com as olimpíadas.
      É isso.

  • Marcos Pedroso:

    Sobre o movimento nas ruas:

    Um sentimento difuso de algo insuportável.

  • Eric Souza:

    Textinho politicamente correto do baralho. Claro que distribuir trigo e dar entrada de graça para o MMA não funcionaria hoje. Mas o que é o bolsa família e todos os outros bolsas senão o pão público que davam os romanos? O que é o circo senão a TV aberta e suas estórias repetitivas manipulando as mentes do povo?

  • Je:

    A bolsa família se a olharmos por um prisma não é uma ma ideia, mas o problema é que tem gente se aproveitando do sistema de ajuda.
    Um outro fator é além dessa ajuda tem que ensinar essas pessoas a colocar a isca no anzol, para que elas possam saber se ajudar buscar o próprio desenvolvimento, ou seja, mostrar o caminho das pedras.
    Quanto a matéria estou me lembrando vagamente desse episódio na história de Roma por meio das aulas de história que tive.
    É isso.

  • Carlos Ossola:

    Muito boa exposição, a do Ali. Esse cara pesca. De minha parte morro de saudades do “velhinho”. Conservo o retrato dele na parede até hoje, mesmo aposentado. Não se foi imaginação, dia desses olhei pro velhinho e ele estava chorando. Perguntei, telepaticamente, por quê? O velhinho engasgou um soluço e respondeu: “choro de arrependimento por haver me matado em vão”. O Brasil não merecia o meu sacrifício e hoje estou consciente disso.” Não pude replicar. Fiquei calado.

  • Paulo Belohlavek:

    Inclusão social??? Extinção da miséria??? Peraí!!!…Alguém pode se convencer de que R$ 70,00 possa extirpar a “miséria existencial” do lombo de algum ser-humano?!!! Além disso, os avanços sociais nos últimos 20 anos se fazem presentes porque a roda gira e anda para a frente, ou seja: é OBRIGAÇÃO de qualquer governo promover tais evoluções…não vejo como algo a ser louvado (além disso, nossos políticos, os mais bem pagos do mundo e com as maiores benesses, já ganham mais que o suficiente pra tão insignificantes contribuições sociais). Então, pela primeira vez na vida, constato manifestações autênticas do verdadeiro POVO BRASILEIRO — um parcela social que pensa por si e não movida por ondas políticas que COMPRAM votos a troco de migalhas.
    POLÍTICOS, SE CUIDEM!!!

  • Santo:

    Nem pão nem circo? eu acho que temos os dois!Bolsa-Família e futebol, mas no fundo tudo não passa de camuflagem para que quem está no poder possa esconder a falta de compromisso para com os que os elegeram.Se daqui para a frente algo irá mudar, só o futuro dirá.Mas que tanta gente saindo às ruas para protestar assusta, e isso assusta e muito aos que mandam.

  • Decio Oscar Haas:

    Acredito no pão e circo, estão enganando o povo, anestesiando ele e deixando de investigar tantas roubalheiras de dinheiro, com superfaturamento atrás do outro, um STF que julga mas não manda ninguém prática prisão, etc, etc, etc,.

  • André de Santa:

    É mais interessante relacionar a revolta brasileira com a Revolução Francesa, sendo a duas questionando o status-quo e iniciadas pela parcela intelectual da população, ou seja, os estudantes, e depois conquistando os setores populares. Será que teremos um novo Napoleão?

  • zuleica:

    O amigo com nome de imperador romano apenas confirma o que a matéria contém: dá-se a parte da população o pão através dos badaladissimos programas sociais. Já pararam para pensar à custa de quem? Do governo com certeza não, já que se encastelam e se alimentam da corrupção generalizada. Temos que mudar é o legislativo. E, certamente, não elegendo o Tiririca como forma de protesto. Nossa vida está nas mãos dos legisladores, nossos procuradores que trabalham apenas em proveito próprio.

    • Cesar Grossmann:

      Zuleica, tem uma coisa que me deixou confuso… Se um programa para diminuir a miséria realmente está diminuindo a miséria, isto é só “pão”?

      Com certeza é dinheiro dos nossos impostos, e é para isto mesmo que ele serve, ou deveria servir: para promover o bem estar. Agora, veja só o dilema que se constrói: se o governo não faz a promoção do bem-estar, está falhando com o seu objetivo e razão de ser (o que eu concordo), mas quando ele faz a promoção do bem-estar, então é só uma medida eleitoreira (como já vi alguns acusarem)??? Como fica, se não faz, está errado, mas se faz está errado também?

      Quero lembrar que, ao contrário das propagandas anti-petistas que tem por aí, a Bolsa-Família não promove o ócio, pelo contrário, pesquisa do IPEA apontam que a maior parte dos beneficiários tem emprego (traduzindo: trabalha) e a maioria com carteira assinada. Não só isso, mas parte dos beneficiários do Bolsa Família está procurando emprego melhor, tentando se profissionalizar, etc.

      Eu diria que o Bolsa Família (e o pacote de medidas que o acompanha) é uma medida correta, e tem dado bons resultados, mas precisa ser ampliada. Uma discussão que eu pouco vejo é sobre a destinação dos royalties do petróleo, principalmente do “pré-sal”. O governo anterior queria que fosse TODO ELE dedicado à educação. Se isto fosse feito, seria a maior revolução na educação já vista. Mas o que aconteceu com estes royalties? Estão sendo discutidos no Congresso, os Estados querem “flexibilizar” o uso do mesmo.

      Entenda o projeto que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação

    • Wagner Ribeiro:

      Tens razão amiga, o legislativo é um problema sério, cercado de aproveitadores e oportunistas descarados que só pensam em se dar bem nas custas do povo. Mas não podemos esquecer do sistema judiciário, impotente, na mesma medida corrupto e inaceitavelmente demorado. Eu vejo o executivo como um problema menor dentre os três poderes, mas também anda mal das pernas e precisa de reforma urgentemente.

  • Cesar Grossmann:

    Eu discordo que o pão esteja cada vez mais raro na mesa. Só se estiver sendo substituído pelo bolo, o que eu acho que não está acontecendo.

    Com as medidas de inclusão social adotadas pelo governo nos últimos 20 anos, principalmente na última década, milhões de brasileiros deixaram a miséria, um dado que é constatado mesmo se usarmos as definições de “miséria” do Banco Mundial”. Os dados de emprego também tem melhorado muito na última década.

    Mesmo os investimentos em infraestrutura tem aumentado, com o Programa de Aceleração do Crescimento. Na minha cidade, por exemplo, as verbas do PAC estão sendo usados, entre outras coisas, para a pavimentação de ruas em bairros mais humildes.

    Mas isto você não vai ver na mídia.

    -oOo-

    Apesar dos avanços, um dos problemas mais sérios da sociedade brasileira é a brutal desigualdade entre quem ganha menos e quem ganha mais. É uma das maiores do mundo, e explica bastante bem a agitação social do país. O que precisamos é de uma reforma tributária urgente, e de uma reforma política. As duas, nas gavetas dos políticos atuais em Brasília (do Congresso, não do Planalto, que quem faz isso são os Deputados e Senadores, não a Presidenta).

    • Wagner Ribeiro:

      Não há como negar o descaso que a população humilde do Brasil sobre, esse povo tem fome não só de pão, mas tem fome de educação, justiça, saúde, oportunidade, respeito e dignidade. Com recordes batidos a cada ano em arrecadação de impostos, que ultrapassam 1,5 trilhões de reais ao ano, uma minoria ínfima de obras prometidas pelo PT se desenvolvem de maneira insustentável, tamanha demora e orçamentos astronômicos, isto é quando não são abandonadas pela metade como é o caso da transposição do rio são francisco. Olha a infração dando as caras…bolsa família ajuda sim muita gente necessitada, mas oque tem de acomodado se encostando nesse bolsa é impressionante e cade a fiscalização?.Fazendo um balanço da evolução do Brasil nesses últimos anos não temos muito que comemorar.

    • Marcelo Ribeiro:

      Cesar, sei que estou saindo da linha em uma conversa séria, mas não resisti:

    • rafamar:

      Melhorar realmente melhorou, assim como melhorou da Idade Média pra cá. Essas medidas de inclusão social não passam de farsa para manter o povo mais humilde sobre controle. O governo tirou milhões da super-hiper-ultra-mega pobreza e os colocou na super-hiper-ultra pobreza. Ou seja, deu R$10 a mais para “subir” alguns de nível. E outra, esta história de melhorar educação é outra farsa. Alunos são aprovados de qualquer maneira, até o absurdo da aprovação automática existe em diversas escolas. Nível superior ? Distribui-se vagas e qualquer um entra, mesmo sem saber escrever, e são aprovados de qualquer maneira. Vende-se a ilusão do conhecimento e da possibilidade de melhora. A chave é a educação. O dia que isso realmente for bom eu acredito em melhora.

    • Julio Barone Neto:

      Mas mesmo assim, a idéia do “pão e circo” está aí, entremeada. Bobeasse, o aumento dessa prática estaria presente.

    • Cesar Grossmann:

      Rafamar, isto que o governo do PT fez é muito mais do que já foi feito até hoje na história deste país. Em nenhum outro governo o número de miseráveis diminuiu, só aumentou. Pode procurar, até no governo do sociólogo, do partido que criou o bolsa-família, o número de miseráveis aumentou (e o desemprego também).

      Esta é uma medida populista? Tanto quanto uma medida que dá certo é.

      É preciso perder o medo de concordar que uma política tem feito mais bem do que mal a este país. Este complexo de vira-lata tem que acabar, é preciso olhar OBJETIVAMENTE para o que tem sido feito. Demonizar o governo por que é deste ou daquele partido, e jogar todas as ações na vala comum das “medidas populistas” é ser tão cego quanto a velhinha de Taubaté.

  • Guilherme Ferreira:

    Sinto discordar, mas infelizmente, vivemos ainda numa tentativa de política do Panem et Circenses. O povo sacrifica sua vida para conseguir o pão de cada dia, mas vive sob pressões de entretenimento que o fazem esquecer da precariedade que sua vida se tornou gastando seu tempo com um circo ainda mais barato que antes.

    O Circo da Televisão.

    este é capaz de manipular ainda mais a vida do cidadão para seu próprio bem e do governo que o auxilia.

    Mas o ciclo se repete, estamos saindo do Pão e Circo e adotando mais notoriamente a política do Nem Pão Nem Circo, e em breve a Revolução estará a vista de todos.

    Espere e verá. Ou melhor, Revolucione e verá.

  • Wagner Ribeiro:

    Triste realidade meu caro, sim é verdade que no Brasil o pão está raro, realmente, mas o circo não, esse nunca deixará de ser acessível, pelo menos não o circo da podridão intelectual, circo esse que se encaixa a maior parte da mídia do Brasil, que desde o principio possui o objetivo único e eterno da alienação e desinformação das massas.

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