A evolução é observada em ação
Enquanto passeava com sua família pelo sul da Escócia, o pesquisador Mario Vallejo-Marin fez uma descoberta inesperada: uma espécie de flor surgida recentemente e que pode nos ajudar a compreender melhor a evolução das plantas, fenômeno poucas vezes presenciado na história humana.
A Mimulus peregrines (“andarilha”, em latim) surgiu a partir do cruzamento de duas espécies vindas do continente americano (uma dos Estados Unidos e outra da região dos Andes) e, diferentemente da maioria dos híbridos, é capaz de se reproduzir.
“Ela nos dá a oportunidade de estudar como ocorre a formação de uma nova espécie”, explica Vallejo-Marin. Ele calcula que a flor tenha surgido no máximo há 140 anos – o que faz dela um “recém-nascido” perto da maior parte das espécies, que surgiu há milhares de anos.
O caso da Mimulus peregrines pode mostrar como um híbrido é capaz de se tornar fértil e, assim, ajudar a entender a evolução de plantas similares, como trigo, tabaco e algodão (que passaram pelo processo há muito, muito tempo).[LiveScience]
3 comentários
Exatamente!! Mas vc concorda que eles tendem a ficar cada vez mais distantes?? Com o tempo, essa distância ira caracterizar duas novas espécies (ou mais).
Caracterizaram duas novas espécies a partir do momento que os biólogos decidiram isso. A questão é: O que há de extraorinário? O que há de novo? A única coisa que parece haver de surpreendente, foi a surpresa das duas se reproduzirem gerando decendentes férteis, ou seja, decidiram considerar espécies diferentes precipitadamente, (ou não, ver Ursus artus e Ursus maritimus, Canis lupus e Canis familiaris) só isso.
Ué? Mas o que há de tão estraordinário nisso? Se as duas espécies se reproduziram e geraram descendentes férteis, certamente possuíam ancestrais comuns próximos (ainda arrisco dizer, mais semelhante com a prole do que com as duas), se não “temporalmente”, pelo menos geneticamente. Gostaria de ter o nome das plantas mães, mas vejo que o gênero Mimulu é bastante diversificado.