E volta à pauta de discussões o Projeto Big Bang, que criou um equipamento chamado LHC (sigla em inglês para Grande Colisor de Hádrons), um acelerador de partículas que custou 10 bilhões de dólares e pretende recriar, em pequena escala, o que foi o Big Bang, explosão que deu origem ao universo. O LHC, que está instalado no subterrâneo de uma região no interior da Suíça, deve ficar em funcionamento até 2030. Mas os cientistas já pensam sobre o que irá substituí-lo.
Primeiro, vamos falar do futuro do LHC. Ele seguirá coletando informações sobre as colisões de prótons, sem interrupção, até 2012. Neste ano, haverá um desligamento para reparos, durante 15 meses, e funcionar sem paradas até 2015. Nova parada de 15 meses para atualização, e mais um período de funcionamento contínuo até 2020, quando então haverá uma melhora na capacidade, no aumento da taxa de colisão das partículas e no fornecimento de dados. Com essa reforma, ficará funcionando até 2030, quando enfim será desativado.
Quando esse dia chegar, novas máquinas estarão em operação. Há duas grandes opções: O Colisor Linear Internacional (ILC, na sigla em inglês) e o Colisor Linear Compacto (CLIC, na sigla em inglês).
A maioria das diferenças entre os dois são de ordem técnica, mas basicamente o que os separa é o seguinte: O ILC deverá ter um comprimento de 35 km, o que permitirá experimentos que, devido á falta de espaço, o LHC não pode fazer. O CLIC, por sua vez, não tem o mesmo tamanho do ILC, mas terá a capacidade de acelerar as partículas a energias maiores, o que também deverá levar a descobertas inéditas. Como ambos os projetos ainda estão em fase de testes, a decisão sobre qual será usado não será tomada agora. Os cientistas esperam ter dados suficientes para escolher uma das opções em 2012, para que em 2015 o acelerador escolhido possa entrar em operação. [New Scientist]