Propriedades quânticas: objetos macroscópicos possuem?
Um vídeo da PHD Comics mostrou um experimento quântico feito pelos pesquisadores Amir Safavi-Naeini e Oskar Painter, do Instituto de Informação Quântica e Matéria da Caltech (EUA), antes considerado impossível por especialistas do assunto.
Como eles eram novos na área, não sabiam que a discussão apontava para uma impossibilidade da experiência – e acabaram conseguindo resultados surpreendentes.
Amir e Oskar resfriaram um objeto macroscópico ao zero absoluto. Teoricamente, não deveria haver nenhuma energia ali, já que zero absoluto é o mesmo que energia zero. Portanto, não deveria haver absolutamente nenhum movimento.
Porém, o laser usado pela dupla para analisar o objeto detectou energia – uma vibração, onde não deveria haver nenhuma. Eles concluíram que esta vibração é quântica, o que indicaria que objetos macroscópicos possuem as bizarras propriedades quânticas – se isso for verdade, tem grandes implicações para a física, já que até agora os cientistas achavam que apenas o mundo subatômico se comportava dessa maneira.
Apesar da quântica ser um ramo da física que lida com coisas microscópicas, muitos cientistas já acreditam que ela também pode descrever fenômenos macroscópicos. Um estudo publicado em fevereiro na revista Science, por exemplo, demonstrou que o princípio da incerteza, uma das regras mais famosas da física quântica, também opera em objetos macroscópicos, visíveis a olho nu.
Segundo os cientistas, um crescente conjunto de provas mostra que a mecânica quântica está envolvida em processos biológicos como a fotossíntese, a migração das aves, o sentido do olfato e possivelmente até mesmo a origem da vida. E, se toda a vida é feito de átomos e outras partículas pequenas, parece realmente lógico.
Vale lembrar que nenhum artigo sobre o último experimento foi publicado em nenhuma revista científica, portanto o experimento ainda não foi revisado por outros pesquisadores da área.
Abaixo, é possível ver o vídeo em que Amir e Oskar falam sobre a experiência (em inglês):[io9]
5 comentários
Eu concordo perfeitamente que sempre se pode explicar classicamente um efeito quântico. Veja o efeito da fenda dupla: Eu, como Einstein, não creio na explicação padrão. Seria até mesmo fantasmagórica. Eu explicarei de outra maneira mais lógica. O fóton caminha no espaço em três dimensões. Assim uma frente de onda seria muitas partículas de luz lado a lado, formando uma esfera luminosa que vai se abrindo no espaço à medida que caminha por ele e se tornando cada vez menos concentrada. Após esta esfera vem outras, indicando a freqüência da luz. É assim que a luz caminha no espaço. Esta frente de onda passará pela fenda dupla ao mesmo tempo. As partícula de luz passarão por cada fenda ao mesmo tempo. Se você colocar apenas um fóton, ele vai caminhar em três dimensões também, pois ele será visto de qualquer lugar que for observado e uma frente de onda deste fóton será visto com uma intensidade de luz quase imperceptível. Terá partículas lado a lado também. Sendo assim as partículas de luz passarão pelas duas fendas ao mesmo tempo. Assim você encontra uma explicação mais lógica.
Falei sobre pontos da Hipótese Holográfica aqui que reascendem a questão do entrelaçamento quântico, que na mesma reportagem é citado como explicação a considerar o comportamento instintivo dos seres vivos. Uma diferença é que a quântica considera conexões virtuais entre partículas do Universo distantes entre si, enquanto a hipótese holográfica desconsidera a necessidade de “conexão”, porque a distância entre os objetos seria uma ilusão do observador, senda cada estrutura na verdade um reflexo de um todo substancial.
“Amir e Oskar resfriaram um objeto macroscópico ao zero absoluto. ” por si só isso já foi mais bizarro pra mim. Isso realmente é possível?
Cientistas alcançam uma proeza “impossível”: temperatura abaixo do zero absoluto
eu mesmo pensava que só o yoga de cisne fazia isso!