Piratas Pirados: Uma aventura com cientistas
Piratas e cientistas. Eis uma mistura incomum que parece ter dado certo em “Piratas Pirados”, a mais nova animação do estúdio britânico Aardman, onde foram criados filmes como “A Fuga das Galinhas”, “Wallace e Gromit” e “Por Água Abaixo”.
Esses dois elementos inusitados são personificados pelo barbudo Capitão Pirata, com uma tripulação de maltrapilhos adoráveis, e por um Charles Darwin esquisitão.
Embora crianças e adultos possam se divertir com o filme, piadinhas e menções à teoria da evolução são um prato cheio para os crescidinhos que gostam de ciência. Outro motivo para ir conferir a produção é que o filme é uma das primeiras animações em stop-motion (aquela de bonecos de massinha) filmadas em 3D.
Quê ciência?
A história se passa em 1837, quando o maior sonho do decadente capitão é ganhar o prêmio mais cobiçado por todos os corsários: “O Pirata do Ano”. Quem fizer a maior pilhagem, leva o título.
Nos saques pelos mares, os piratas dão de cara com um navio da marinha inglesa – “The Beagle” – e conhecem Darwin, retratado no pior estereótipo possível, mas, mesmo assim, divertidíssimo e imperdível.
Ao ver que Darwin mora com Bobo, um macaco de estimação – em uma licença poética que se refere à teoria da evolução –, o Capitão Pirata não resiste à piada: “Vocês são tão parecidos. Ele é seu parente?”.
Mas, como a riqueza maior de Darwin é sua sabedoria, e não o ouro, seu destino é a temida prancha dos piratas, para virar comida de tubarão. A fim de se salvar, o naturalista revela que o papagaio de estimação do Capitão é, na verdade, um Dodô, uma ave rara e extinta das Ilhas Maurício. Aí surge a proposta: que tal ir à Londres e levar o pássaro para disputar um valioso prêmio numa feira de ciências da Sociedade Real de Londres?
Vá conferir a animação e depois registre sua opinião aqui. [Veja, Folha, CinePop, ThePiratesBook, Foto]