Poder da net: homem é processado por manter seguidores do Twitter da empresa

Por , em 3.01.2012

Um homem está sendo processado por manter seguidores no Twitter. Noah Kravitz trabalhava para uma empresa de notícias por celular. Quando saiu da companhia, mudou o nome da conta, levando consigo 17 mil seguidores.

A empresa o processou em cerca de quatro reais por usuário, por mês – dando um total de aproximadamente 500 mil reais.

Kravits afirma que seu ex-chefe havia dado permissão para que ele continuasse a usar a conta depois de sair. Ele disse ao jornal New York Times que a empresa Phonedog o deixou manter a conta contanto que “twitasse algo favorecendo a empresa de tempos e tempos”.

Os 17 mil, que com o tempo viraram 22 mil seguidores, foram adquiridos nos quatro anos de Kravitz na empresa, trabalhando com redes sociais.

Porém, oito meses depois da demissão, a empresa entrou com um processo afirmando que os seguidores da conta eram consumidores, e que gastos “substanciais” foram para consegui-los.

Em declaração a empresa diz que: “Os custos e recursos investidos pela Phonedog Media para conseguir mais seguidores, fãs e conhecimento de marca através de mídias sociais são substanciais e são considerados propriedade da Phonedog Media. Nós pretendemos proteger com força nossas listas de consumidores e informações confidenciais, de propriedade intelectual e de marca”.

O controle corporacional de contas no Twitter tem sido um tema de grande debate. Especialistas legais acreditam que esse caso pode abrir precedentes para futuros casos de propriedade.

“Empresas agora vão pensar com cuidado se quiserem twittar com uma conta conjunta”, afirma a advogada de propriedade intelectual, Barbara Cookson. “Para negócios comuns, é muito difícil ganhar seguidores sem uma personalidade forte. Você precisa ser uma marca muito forte para isso funcionar”.

A advogada argumenta que é difícil apontar um valor para os seguidores do Twitter, já que não é claro porque eles seguem uma conta. É discutível se uma lista de seguidores é comparável com uma de e-mails. “Se a Phonedog tem usado o Twitter para oferecer ofertas, talvez seja uma lista de contatos de valor”, diz.[BBC]

3 comentários

  • Eduardo:

    Antes dele deixar a empresa o twitter tinha o nome de “Phonedog_Noah”, ou seja, deixava claro q era o twitter de Noah que era funcionário da Phonedog.

  • Gyver:

    Pela foto parece-me a conta de twitter pessoal do senhor, logo ele tem razão em ficar com ela.
    Mas ele poderia era ter deixado a empresa continuar a twittar em nome dele para depois os processar.

  • asdf:

    isto acontece muito nos contratos verbais. um rabisco em um papel de rascunho matava o ponto. falta de costume.

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