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Por que há menos mulheres na ciência?

De acordo com um novo estudo, mulheres com níveis avançados em campos muito matemáticos abandonam a carreira de pesquisadoras porque querem ter filhos – não porque suas performances são piores ou são menos contratadas em entrevistas de emprego.

“Ser mãe – e as políticas que tornam isso incompatível com a difícil carreira de pesquisadora – gera um preço muito grande na vida profissional. Mesmo que um plano de ter crianças no futuro é associado com as mulheres deixando a carreira em um níveis duas vezes maior do que os homens”, comentam os professores Wendy Willian e Stephen Ceci, da Universidade de Cornell, responsável pelo estudo.

“É hora das universidades saírem do passado e pensarem sobe a falta da representatividade das mulheres na ciência, não apenas como consequência de preconceito na hora de contratar ou avaliar, mas como resultado de políticas criadas que geram a imagem de mulheres dona-de-casa”, afirma Williams, que criou o Instituto Cornell para Mulheres na Ciência.

Para o estudo, Williams e Ceci analisaram dados relacionados às carreiras, no campo acadêmico, de mulheres e homens com e sem filhos, incluindo aqueles em campos altamente matemáticos. Eles descobriram que antes de virarem mães, as mulheres tinham carreiras equivalentes ou até melhores do que os homens. “Elas são pagas e promovidas da mesma maneira que os homens, e têm mais tendência a serem entrevistadas e contratadas”, afirma Williams.

O estudo segue um anterior dos mesmos autores, que mostrou que mulheres em campos altamente matemáticos não sofriam discriminação na hora de serem contratadas, de publicarem artigos ou conseguirem recursos. [ScienceDaily]

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