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Por que a viagem espacial pode ser totalmente nojenta

Candidatos a astronautas da NASA devem ter graduação em algum campo da ciência natural, estar em boa forma física e ter entre 1,50m e 1,93m. Há também outras exigências mais subjetivas, como manter a calma sob pressão, mentalidade para revolver problemas e a habilidade de trabalhar em grupo. O que a NASA não divulga, porém, é que é preciso ter um estômago muito forte.

Viver na Estação Espacial Internacional exige que o astronauta não tenha nojo de limpar vômitos que ficam flutuando pela cabine ou conviver com pedacinhos de pele morta.

Cérebro dos astronautas muda de formato no espaço

“Os calos nos seus pés acabam caindo quando você está no espaço. Então a planta do pé fica macia como os pés de um bebê, mas a parte de cima vira pele de jacaré, porque usamos a parte de cima do pé para nos movimentar pela estação espacial, usando os apoios de pés”, diz o astronauta Scott Kelly.

Um calo flutuante com o potencial de entrar na boca de alguma pessoa distraída é o suficiente para causar agonia em muita gente, mas há situações ainda piores.

Assustador: um astronauta escapa pelo espaço?

Em abril de 1981, os astronautas John Young e Robert Crippen pilotavam o ônibus espacial Columbia com sucesso, quando o vaso sanitário entupiu e eles foram obrigados a usar sistemas de contenção de fezes, bolsas em formato de tubo que são afixadas nas nádegas para armazenar as fezes. Pior do que isso, durante o retorno para a superfície da Terra, partículas do material fecal seco da privada quebrada acabaram entrando no sistema de ventilação e na cabine principal.

Os sistemas de contenção de fezes também foram usados nas missões Apolo, com alguns probleminhas. Na Apolo 10, Tom Stafford, Gene Cernan e John Young orbitavam a lua quando alguns cocôs passaram flutuano no meio da cabine. O diálogo registrado naquele momento foi o seguinte:

– Me dê um guardanapo, rápido. Tem um cocô flutuando no ar –, diz Stafford.
– Não fui eu. Este não é um dos meus –, responde Young.
– Não acho que seja uns dos meus –, completa Cernan.
– O meu estava um pouco mais grudento do que isso. Jogue isso fora –, diz Stafford.

A situação é controlada e eles continuam com o trabalho normal, até que outra emergência acontece:

– Tem outro cocô maldito. Qual é o problema de vocês? –, reclama Cernan.

Graças aos vasos sanitários de vácuo desenvolvidos mais tarde e sistemas eficientes de filtragem, cocôs à solta não são mais problema na Estação Espacial Internacional atualmente. [Live Science]

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