Uma equipe de pesquisadores, trabalhando na Universidade Martin Luther, na Alemanha, descobriu acidentalmente uma nova forma de quasicristal de 12 lados.
Quasicristais são substâncias parecidas com cristais, mas com uma diferença fundamental: o padrão em sua estrutura não é repetitivo. A primeira descoberta de um quasicristal aconteceu em 1982, por Daniel Shechtman, e lhe rendeu o Prêmio Nobel em 2011.
Desde então, foram criados vários quasicristais em laboratório, bem como outros foram encontrados na natureza, como o que foi descoberto em um meteorito que caiu na Rússia. E, como mostrou este último, não é necessário a aplicação de calor para criar quasicristais.
A recente descoberta foi feita quando uma equipe investigava o comportamento da perovskita, usada como uma camada sobre uma base metálica. Após expor a amostra a altas temperaturas, eles perceberam que o material começou a tomar uma forma, que a princípio pensaram se tratar de um cristal.
Ao examinar com cuidado, perceberam que se tratava de um quasicristal, algo que até então não se pensava ser possível fazer a partir de óxidos da perovskita.
Com esta descoberta, aumenta os tipos de quasicristais conhecidos, apesar de nem todos terem 12 lados. Os quasicristais, com sua estrutura incomum, permitem a construção de materiais com propriedades também incomuns, que os cientistas apenas estão começando a entender.
No caso específico dos quasicristais feitos de óxidos da perosvkita, agora chamados de titanato de bário, espera-se ser possível desenvolver isolamentos e revestimentos para circuitos eletrônicos. [Phys.org]