Ela é uma supernova super nova. Com apenas 140 anos é a o objeto deste tipo mais jovem encontrado na nossa galáxia.
Agora os telescópios de rádio na Terra e o Observatório Chandra de Raios-x, em órbita, fotografaram os destroços estrelares, revelando que ela é a remanescente de supernova mais jovem conhecida na Via Lactea. Hubble fotografa galáxias colidindo (veja)
O objeto ainda se expande para o exterior a um passo inesperadamente rápido de 48,3 milhões de km/h, ou seja, quase 5% a velocidade da luz. Esta rápida expansão mostra que o gás interestelar ao redor da estrela era tênue e não freou a remanescente como de costume.
Além dessa veloz expansão, a remanescente está crescendo mais brilhante nas freqüências de rádio: como é muito jovem ainda está se aquecendo.
O objeto foi observado pela primeira vez em 1985 pelo professor de física Stephen P. Reynolds, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA. Na época ele estimou que o objeto tivesse entre 400 e 1.000 anos de idade.
No ano passado o Dr. Stephen apontou o Chandra para a mesma remanescente, conhecida como G1.9+0.3. A imagem mostrou que o objeto estava consideravelmente maior (aproximadamente 16%), com relação a seu estado em 1985. Continue lendo…
É possível extrapolar regressivamente para descobrir a idade do objeto.
A estrela estava a 26 mil anos-luz da Terra. Portanto a explosão ocorreu, em realidade, há 26 mil anos atrás e sua luz viajou esta mesma distância, chegando à terra a cerca de 140 anos atrás.
Uma imagem da G1.9+0.3 composta pela foto do Chandra tirada em 2007 (laranja) e pela do Very Large Array em 1985 (em azul). Crédito: NASA/CXC/NCSU/S.Reynolds et al./NSF/NRAO/VLA/Cambridge/D.Green et al.
As descobertas serão relatadas em duas revistas científicas: no The Astrophysical Journal e na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
A remanescente G1.9+0.3 anda é formada apenas de destroços da estrela que explodiu. Em remanescentes mais antigos o brilho surge por causa dos gases interestelares aquecidos pela onda de choque ao invés de pedaços da estrela morta.
“Você está podendo ver, em realidade, a pedra que fez o splash, e não a onda que ela forma na água”, disse Robert P. Kirshner, professor de astronomia de Harvard que não teve relação com o estudo. “Isso é uma morte estrelar, e seu corpo ainda está quente.” Gigantesco buraco negro é catapultado para o espaço
A descoberta ajuda a preencher o déficit de supernovas em nossa galáxia, em que a taxa de explosões parece ser bem menor do que em galáxias espirais similares.
“Essa carência é um quebra-cabeças significante”, disse o Dr. Stephen. Ou os astrônomos não foram capazes de identificar as remanescentes ou a Via Láctea é, de alguma maneira, diferente.