A enorme explosão da nave Falcon 9 que levava o satélite do Facebook no início do mês de setembro pode atrasar toda a programação da empresa SpaceX em até um ano.
Quem traz a informação é Tony Bruno, CEP da United Launch Alliance (ULA), principal competidor da SpaceX. “Tipicamente leva entre 9 a 12 meses para as pessoas voltarem aos lançamentos”, afirmou Bruno. Até agora, a SpaceX não respondeu a esta previsão da concorrência.
A ULA é uma joint venture dos gigantes Boeing e Lockheed Martin, que realizou nesta sexta-feira (9) o 110º lançamento com sucesso, do foguete Atlas 5, que leva equipamentos da NASA para o espaço em uma missão que pretende analisar amostras de um asteroide a 195km de distância da Terra.
Enquanto isso, a SpaceX se dedica a examinar os erros que levaram à explosão e como evitar que eles aconteçam no futuro. Até agora, a empresa não anunciou nenhuma novidade sobre o incidente, já que a investigação ainda está na fase inicial.
“Na hora da perda, o veículo de lançamento estava em posição vertical e no processo de receber combustível para o teste. Neste momento, os dados indicam que a anomalia se originou perto do tanque de oxigênio líquido superior. Por procedimento padrão, nenhuma pessoa estava na plataforma. Ninguém se feriu”, diz a nota publicada pela SpaceX logo após o problema.
A empresa diz que está revisando cerca de mil canais de telemetria e dados de vídeo cobrindo o período de apenas 35 a 55 milissegundos para analisar o incidente. A investigação também deve envolver a NASA, as Forças Aéreas e a Administração Federal de Aviação com outros 20 investigadores independentes.
A explosão resultou em prejuízo de aproximadamente US$200 milhões com o satélite Amos-6.
“Apesar disso parecer um retrocesso para a indústria espacial privada, isso é uma prova do quão longe chegou. Musk vai tentar novamente, e ele não estará sozinho”, diz Serge Plattard, do Instituto Espacial Europeu, sobre Elon Musk, dono da SpaceX. [Science Alert]