O USS Portland (LPD-27), um navio da Marinha dos EUA, derrubou um drone utilizando um “laser de estado sólido” no Oceano Pacífico na semana passada, durante uma demonstração inédita deste tipo de equipamento.
A arma de alta energia é chamada de “Technology Maturation Laser Weapon System Demonstrator” (algo como “Demonstrador do Sistema de Armas a Laser de Maturação Tecnológica” ou LWSD).
“Ao realizar testes avançados no mar contra VANTs [veículos aéreos não tripulados] e pequenas embarcações, obteremos informações valiosas sobre as capacidades do LWSD contra ameaças em potencial. Com esse avanço, estamos redefinindo a guerra no mar”, disse o capitão da marinha americana Karrey Sanders, comandante do navio, em um comunicado à imprensa.
Laser: a tendência
O Escritório de Pesquisa Naval concedeu à multinacional Northrup Grumman, uma companhia do ramo aeroespacial e de defesa, um contrato inicial de US$ 53 milhões para desenvolver um LWSD de 150 quilowatts em 2015.
Anteriormente, a Marinha testou outros sistemas de armas a laser em seus navios, incluindo o LaWS (Laser Weapon System), uma arma da classe de 30 quilowatts a bordo do USS Ponce.
E para que tudo isso?
De acordo com Sanders, esses sistemas de armas estão sendo desenvolvidos devido a “um número crescente de ameaças” que incluem VANTs, pequenas embarcações armadas e sistemas de inteligência, vigilância e reconhecimento de adversários de nações inimigas.
A ideia é que esses desenvolvimentos possam defender a frota americana de drones e até mesmo de mísseis de longo alcance lançados por rivais como a China. Atualmente, os mísseis terrestres chineses podem sobrecarregar a capacidade dos EUA de interceptá-los, de forma que a tecnologia a laser representaria uma proteção a mais.
Além do LWSD, o Exército dos EUA está em vias de criar sua própria arma a laser, o Indirect Fires Protection Capability-High Energy Laser (IFPC-HEL), que deve atingir 300 quilowatts e ser capaz de interceptar foguetes, artilharia e morteiros. [ScienceAlert]