Como muitas estrelas, o sol é propenso a explosões repentinas. Em erupção na superfície da estrela, estes eventos, por vezes, jogam bolhas de partículas carregadas e “coisas solares” na direção da Terra. Se forem poderosas o suficiente, estas ejeções de massa coronal podem produzir tempestades geomagnéticas que danificam satélites e interrompem redes de energia.
Embora a gente conheça estas erupções há séculos (a mais poderosa já registrada ocorreu em 1859 e é conhecida como “Carrington Event”), os cientistas não tinham um bom controle sobre a mecânica por trás das erupções.
Agora, o astrofísico Tahar Amari, da Escola Politécnica de Palaiseau, na França, e seus colegas usaram uma combinação de observações solares e cálculos sofisticados para rastrear a evolução e a erupção de uma ejeção de massa coronal.
A equipe fez isso através do estudo de quatro dias de observações recolhidas por dois satélites espaciais e um observatório baseado na Terra, em 2006. As observações precederam uma ejeção de massa coronal. Em seguida, a equipe combinou essas observações com um programa de computador que pode rastrear a atividade dos elementos magnéticos individuais perto da superfície do sol.
Amari e seus colegas descobriram que filamentos magnéticos torcidos e preexistentes que estavam perto da superfície do sol de repente se expandiram a partir de uma área de instabilidade magnética, produzindo energia cinética que catapultou matéria para o espaço. A modelagem ajudou a resolver um debate em curso sobre se as erupções surgem de cordas magnéticas que já estão na superfície do sol, ou se essas cordas são produzidas durante os eventos.
A pesquisa, que a equipe publicou na semana passada na revista “Nature” e é destaque na capa do periódico, resultou em várias imagens espetaculares que ilustram a formação desses estilingues solares. Você pode conferir algumas delas abaixo. [Wired]