O universo tem 13,8 bilhões de anos de idade, enquanto a Terra, nosso planeta, se formou apenas 4,5 bilhões de anos atrás. Alguns cientistas acreditam que este intervalo de tempo significa que a vida em outros planetas pode ser bilhões de anos mais antiga do que a nossa. No entanto, um novo trabalho teórico sugere que a vida na Terra é, na verdade, prematura de uma perspectiva cósmica.
7 teorias sobre a origem da vida na Terra
“Se alguém perguntar: ‘Quando é mais provável que a vida surja?’ você pode ingenuamente dizer: ‘Agora’ “, diz o autor Avi Loeb, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica. “Mas nós descobrimos que a chance é muito maior no futuro distante”, aponta.
A vida como a conhecemos se tornou possível cerca de 30 milhões de anos após o Big Bang, quando as primeiras estrelas semearam o cosmos com os elementos necessários para a existência dela, como o carbono e o oxigênio. A vida vai acabar daqui 10 trilhões de anos, quando as últimas estrelas desaparecerem e morrerem. Loeb e seus colegas consideraram a probabilidade relativa entre esses dois limites distantes de tempo.
O tempo das estrelas
O fator dominante provou ser o tempo de existência das estrelas. Quanto maior for a massa de uma estrela, mais curta sua vida útil. Estrelas maiores, com cerca de três vezes a massa do Sol, desaparecem antes que a vida tenha a chance de evoluir.
O surgimento da vida é um evento raro ou algo inevitável?
Por outro lado, as menores estrelas do Universo pesam menos do que 10% da massa do Sol. Estas anãs brilham por 10 trilhões de anos, dando tempo suficiente para que a vida evolua em qualquer planeta que elas abriguem. Como resultado, a probabilidade cresce ao longo do tempo. Na verdade, as chances são 1000 vezes maiores em um futuro distante do que agora.
Perigos
“Então, você pode perguntar, por que não estamos vivendo no futuro, próximos a uma estrela com massa pequena?” diz Loeb. “Uma possibilidade é que sejamos prematuros. Outra possibilidade é que o ambiente em torno de uma estrela dessas seja perigoso”.
Apesar de estrelas anãs vermelhas viverem por um longo tempo e terem pouca massa, elas também representam ameaças únicas. Em sua juventude, elas emitem chamas fortes e radiação ultravioleta que podem atingir a atmosfera de qualquer planeta rochoso na zona habitável.
A vida na Terra surgiu por acaso?
Para determinar qual possibilidade está correta – se nossa existência é prematura ou se os riscos nas proximidades de uma estrela com massa pequena são muito altos – Loeb recomenda que estudemos as proximidades de estrelas anãs vermelhas e seus planetas em busca de sinais de habitabilidade. Missões espaciais futuras como o Satélite de Pesquisa Transiting Exoplanet e o Telescópio Espacial James Webb devem ajudar a responder estas perguntas. [Phys.org]