Aviões “bolha dupla” são o futuro da aviação?

Por , em 15.04.2012

Esse avião rechonchudo aí em cima é o D8, também chamado de “bolha dupla” pelos seus projetistas do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT, na sigla em inglês).

A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) tem dado suporte a esse projeto, como também a outros, que prometem revolucionar as viagens comerciais aéreas, a fim de que, até 2035, tenhamos um avião com uma eficiência de 70%.

A ideia é ter uma fuselagem mais larga para ganhar maior sustentação. As asas serão mais finas e, assim, irão diminuir o peso e o arrasto da aeronave. Outro fator que contribuirá para isso são os motores terem sido levados para a traseira. E 50% da eficiência energética prometida vêm justamente dessas mudanças no design.

Além disso, as promessas dessa nova aeronave são: redução de 71 decibéis abaixo da norma atual de ruído, redução de 75% para as emissões de óxidos de nitrogênio – o que melhora a qualidade do ar, principalmente em torno dos aeroportos –, redução de 70% no consumo de combustível e capacidade de utilizar as pistas dos aeroportos de uma forma otimizada, o que permitirá que mais aviões utilizem as pistas.

Agora a NASA e o MIT testarão um modelo da “bolha dupla” em escala menor em um túnel subsônico de ar. Em até 33 anos, você poderá estar voando em um desses. [Dvice]

7 comentários

  • Marcos-DF2:

    Olá a todos !
    Muito bons comentários !
    Valeu !
    Abraços a todos !

  • Sr. Paradoxo:

    2035 – 2012 = 23

    creio que seja em até 23 anos…

  • Valdeir:

    O controle vertical do avião feito pelas asinhas menores que ficam na cauda nos aviões modernos empurra o ar para cima, e pela lei da reação, empurra a cauda para baixo, para contrapor o maior peso que ele tem na parte da frente (do bico até a asa).
    Acontece que na hora de carregar um avião eles não se preocupam em mais peso na parte frontal do avião do que na parte traseira do avião. Assim, o que acontece é que este controle vertical terá que colocar um vetor maior de força empurrando a cauda para baixo para contrabalançar o peso dianteiro.
    O que sustenta o avião e a asa deslocando uma massa de ar para baixo para obter o vetor reação igual ao peso(P) mais outras forças deste avião que chamaremos por T
    .
    Só que o que empurra o avião para baixo não é só seu peso, mas também aquela força feita pela cauda mencionada acima que chamemos de c
    Assim temos que
    T=P + c

    Assim quanto mais desiquilibrado para frente estiver o avião, maior será c e assim maior terá que ser o a força T exercida pela asa, mas isso implica ter que usar um ângulo de ataque maior o que implica maior gasto de combustível.
    Só que quem administra cias aéreas parece que tem pouca noção de física.Porque eu tenho visto cada coisa feia na hora de carregar aviões.

  • Marte:

    Que design. Que solução (um nó de Alexandre).

  • Cesar:

    Com uma fuselagem assim grande, ela acaba afetando a sustentação. Pelo menos é o que diz o texto original…

  • CMagalha:

    A sustentação, pelo que eu saiba, é dada pelas asas e não pelo corpo do avião.

    Quanto maior o corpo, maiores as asas.

    • Carlos Wroblewski:

      A fuselagem também gera grande parte da sustentação … Por exemplo o caso do Piaggio Avanti II,a forma da fuselagem gera em torno de 5% da sustentação da aeronave,e também por causa da forma da fuselagem e o uso da configuração canard a área das asas foi reduzida em 34%.

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