Cientistas fazem computador entender arte como os humanos

Por , em 27.09.2012

A compreensão de arte semrpe foi considerada uma tarefa para seres humanos, mas quando os cientistas da computação Lior Shamir e Jane Tarakhovsky da Universidade Tecnológica Laurence, em Michigan (EUA), resolveram abordar a questão “máquinas podem entender arte?”, o resultado foi um algoritmo que mostra que os computadores podem, sim, compreender arte de uma forma semelhante à que os historiadores da arte fazem suas análises, igualando a percepção de críticos especializados de arte.

O novo “especialista” foi alimentado com 1.000 pinturas de 34 artistas reconhecidos, e a sua análise foi surpreendente. Ele separou corretamente pintores modernos de pintores clássicos, e dentro dos grupos maiores, agrupou corretamente pintores que fazem parte da mesma escola.

Pintores renascentistas, como Rafael, Leonardo e Michelangelo, foram agrupados, assim como os pintores barrocos Vermeer, Rubens e Rembrandt. Pintores mais modernos também foram separados corretamente, com o pós-impressionista Gauguin sendo classificado junto com Cézanne, e os surrealistas Salvador Dali, Max Ernst e Giorgio de Chirico juntos em outro grupo.

O algoritmo funciona analisando as imagens e criando um conjunto de 4.027 descritores numéricos, que traduzem em números conceitos como textura, cor e forma. Com estes números, técnicas de reconhecimento de padrões e métodos estatísticos permitem identificar padrões complexos de similaridade, e diferenças entre os estilos artísticos são detectadas e quantificadas.

O teste mostrou que as máquinas conseguem classificar corretamente os pintores melhor que humanos não treinados, que tem dificuldades, por exemplo, entre diferenciar obras do início e do fim do renascentismo, ou do maneirismo e romanticismo. Com isto, a pergunta tem uma resposta surpreendente: os computadores conseguem compreender a arte, e com uma performance semelhante à de um especialista.[Science Daily]

3 comentários

  • Johny Tedezqui Rodrigues:

    Se essa máquina não é capaz de sentir, tudo que está descrito aqui como “entender arte como os humanos” é besteira, porcaria.

  • Marte:

    Interessante, mas o título leva a um engano. O computador consegue distinguir, mas não entender.

    E mesmo com o avanço da inteligência artificial, está longe o dia em que uma máquina se emocionará, ou será levada a um questionamento ao analisar uma obra de arte.

    Hoje, algumas máquinas até pintam, mas não podem jogar emoção na tela: capacidade exclusiva para humanos, e com talento, para poucos.

  • digiomni:

    Isso é fácil afinal são características únicas em cada estilo é como fazer um programa para colocar estilos de musicas, mas o sentimento que cada um passa e até mesmo o nível de complexidade que exigiu do autor da obra e o quanto isso também afeta o quanto é importante uma peça tanto no valor como para a compressão da obra como um todo garanto que ele não faz e quando fizer vai ter inteligencia emocional artificial e vai achar tudo isso uma abobrinha como boa parte das pessoas kkkkk

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