Cultura envenena cérebro com racismo

Por , em 4.10.2011

Durante anos, cientistas sociais descobriram uma verdade inquietante. Não importa quão igualitária uma pessoa pretende ser, a sua mente inconsciente possui alguns pensamentos racistas ou sexistas.

Mas um novo estudo descobriu que isso pode dizer menos sobre a pessoa individualmente e mais sobre a cultura que a envolve.

A pesquisa descobriu que as pessoas são rápidas em associar pares de palavras que evocam estereótipos (por exemplo, “negro – pobre” ou “negro – imbecil”), mas essa tendência é baseada não no sentido social das palavras, mas na probabilidade das palavras que aparecem juntas na literatura e na mídia.

Ou seja, este preconceito implícito é mais influenciado pela cultura do que por qualquer maldade inata da pessoa.

Há uma ideia de que as pessoas tendem a associar os negros com a violência, mulheres com fraqueza, ou pessoas mais velhas com o esquecimento, porque elas são preconceituosas. Mas há outra possibilidade de que o que está em sua cabeça não é somente sua ideia, mas a cultura em torno de você. O seu conteúdo é, em grande parte, aquilo que você absorveu da leitura, do rádio, da televisão, da internet…

Nos estudos, as pessoas deveriam associar pares de palavras que trazem à mente alguns estereótipos. “Feminino” e “fraco” são mais rapidamente associados do que “feminino” e “mundano”, por exemplo. Esse preconceito implícito é diferente dos preconceitos explícitos, que os psicólogos indentificam perguntando às pessoas como elas se sentem em relação à diversos grupos sociais.

Mas a raiz do preconceito implícito não estava clara. De fato, as pessoas podem associar pares de palavras porque viram o significado compartilhado dentro deles – eles realmente pensam em “negro” e “pobres” como termos coincidentes. Mas as pessoas também podem ligar as duas palavras porque elas simplesmente veem as palavras juntas na literatura e na mídia com mais frequência do que as palavras “negro” e “imbecil”.

Os pesquisadores testaram a teoria, dando a 104 alunos de graduação um dos três testes. No primeiro, o estudante viu duas palavras brilharem na tela do computador, uma após a outra, e depois tinha que dizer se a segunda palavra era uma palavra real. No segundo, as palavras também apareciam como flash na tela e o participante devia classificar se a segunda palavra era positiva ou negativa. O terceiro experimento foi idêntico, mas os alunos foram questionados se as duas palavras eram relacionadas.

Os pares de palavras eram uma mistura de termos estereotipados sobre os homens, mulheres, negros, brancos, jovens e velhos. Alguns dos pares incluídos eram palavras sem sentido também.

Em todos os três experimentos, um menor tempo de reação à resposta para uma pergunta indica uma ligação mais estreita entre as duas palavras no cérebro. Como em outros estudos, os participantes foram mais rápidos em reagir a pares de palavras que provocaram estereótipos.

Mas esta experiência tinha um outro nível: os pesquisadores analisaram os resultados usando um programa de computador chamado BEAGLE. Este programa contém uma amostra de artigos de livros, revistas e jornais, cerca de 10 milhões de palavras no total, imitando a quantidade média de leitura que um estudante universitário deve ter feito em sua vida.

O programa analisa todas as palavras, incluindo a frequência com que duas palavras aparecem próximas umas das outras.

Comparando os resultados, o BEAGLE confirmou que, de fato, as palavras que aparecem mais frequentemente em conjunto no mundo real são o gatilho para uma reação mais rápida em laboratório. Isto é válido para estereótipos positivos e negativos, como “masculino – forte” e “feminino – fraco”, mas também para os pares completamente neutros, como “verão – ensolarado”.

Também não houve relação entre os preconceitos implícitos das pessoas, medidos pelo tempo de reação, e seu racismo explícito, medido através de questionários.

Isto mostra que pelo menos parte do suposto racista ou sexista dentro de todos nós é, na verdade, um monstro que não é de nossa própria fabricação, construído a partir de contatos com o nosso meio ambiente.

Embora limitada à população em idade universitária, os pesquisadores afirmam que os resultados pintam um retrato do preconceito como um ciclo doloroso: o pensamento preconceituoso gera discurso preconceituoso, que é então internalizado para gerar o pensamento ainda mais preconceituoso.

Mas, claro, a cultura não é desculpa para o racismo já que a influência da sociedade sobre seus indivíduos não os isenta de suas responsabilidades pessoais.

E, como sugere o estudo, fazer as correções políticas poderia ser uma boa ideia para não colocar esses estereótipos lá fora e incentivar mais a intolerância. [LiveScience]

42 comentários

  • Milena Karla:

    É realmente. Uma coisa que eu gosto sempre de dizer. É que preconceito não apenas do branco contra o negro. Eu sou branca e já sofri MUITO racismo. Já que morei em Salvador-Ba,e eu era a minoria branca,eu sofria muito. Era chamada de leite,fantasma,invisível,parede,transparente,branquela,loira aguada e mais uma pá de coisas.
    E eu? NUNCA fiz absolutamente NADA contra ninguém. Nem contra negros,nem idosos,nem gordos…
    Mas eu acho que,sofri isso tudo,porque na tv sempre passava novelas onde brancos xingavam negros,e os negros que assistiam,pensavam que eu era semelhante,e já chegavam chegando pra cima de mim. Tudo culpa da mídia.

  • Ligia:

    Até parece que isso é verdade mesmo!

    A TV influencia mas quem é influenciado que é o culpado. Ex: a droga vicia mas quem usa ela que é o viciado.

    Quem está preconceituoso tem uma visão muito rasa da vida. Desses, vai a dica: Vai para a rua fazer um passeio, olhe para as pessoas a sua volta e sorria para todas que você achar bonita (ignorando sexo ou idade) mesmo com medo de não receber o sorriso de volta, porque isso acontece é normal, sorria com sinceridade sem expectativa, apenas confiante do seu sentimento de que de certa maneira você gostou daquela pessoa. Quando você ver que receberá vários sorrisos de volta perceberá que não está sozinho no mundo, quem sabe assim descobrirá dentro de si algo mais profundo e intenso que esses preconceitos vazios.

  • Alexandre Söldann:

    O preconceito, como nos diz o próprio nome, é um juízo de valor que fazemos do outro antecipadamente, de forma a afastá-lo de nós. É um instinto de proteção, pois, ao fazer, queremos nos sobrepôr ao outro de alguma maneira. É o instinto competitivo humano – demasiado humano – entrando em cena.

    Sabe-se, por exemplo, que crianças de dois anos – e, portanto, pouco ou nada inseridas à cultura do ambiente – tendem a ser racistas, incomodando-se com rostos de pessoas que não se pareçam com ela.

    Dizer que o preconceito é algo “social”, por parte desses cientistas sociais (quanta pretensão nojenta nesse nome e nessa profissão!), é querer reduzir o comportamento humano ao mero determinismo.

    Com efeito, existem as relações psicossociais e estas nos influenciam em certa medida, contudo não se pode querer obscurecer ou sobrepujar a natureza humana, sob pena de nos transformarmos em “robôs lobotomizados”, passíveis de todo controlo por parte destes “engenheiros sociais”.

    • Filipe Freitas:

      “Sabe-se, por exemplo, que crianças de dois anos – e, portanto, pouco ou nada inseridas à cultura do ambiente – tendem a ser racistas, incomodando-se com rostos de pessoas que não se pareçam com ela.” – Sim, crianças de dois anos, não adultos conscientes e inteligentes. Tudo o que seu comentário faz é tentar justificar o preconceito, o que é triste, vendo que você já não tem mais dois anos.

  • Mim ser indígena:

    Vocês gostam mesmo de colocar a culpa de coisas ruins em coisas boas né?
    Primeiro falam que refrigerante faz com que adolescentes matem mais e agora isso…
    Sinceramente o mundo esta perdido

  • GUILHERME:

    O RACISMO É UM SENTIMENTO MESQUINHO, NÃO GOSTO NEM DE IMAGINAR QUE EXISTEM PESSOAS NO SÉCULO XX, TENDO UMA ATITUDE MENTAL IGUAL A DE ADOLF HITLLER.

    • Filipe Freitas:

      Mesquinho e fraco, porque ter que recorrer a rala pra fonte de auto-estima é o fim do fracasso.

    • Filipe Freitas:

      Raça*

  • Skill:

    hummmm…

    o racismo existe por que existe diferença entre as raças. Como na natureza há competição e como somos e fazemos parte da natureza para sobreviver temos o racismo que na verdade na natureza se chama “competição”, defesa contra os concorrentes.

    Nosso ambiente é diferente dos outros animais, pois somos racionais e mudamos a natureza conforme nossa necessidade…neste ambiente de sobrevivência procuramos empurrar a outra raça ou até mesmo a própria raça para a desgraça, tudo em nome da sobrevivência (que para nós pode ser uma simples vaidade como um bom emprego, mulheres, etc).

    Senhores, acreditem…isto é a luta da evolução em andamento. Claro que surgirão muitos para defender os mais fracos…tentando igualar os gêneros, os gostos, etc…

    o resultado por mais frio muito aqui possam considerar é um só: a evolução poderá atrasar alguns anos na hipotética possibilidade impossível de podemos conviver com as pessoas e povos diferentes.

    Nunca vamos deixar de competir e ter o preconceito é nossa natureza, como acontece nos demais animais.

    • Magda Patalógica:

      Cara:

      Juro que fiz um esforço terrível para tentar entender o que você pretendeu dizer, mas não consegui.

      Da próxima vez, que tal usar menos adjetivos e ser mais objetivo?

      Fui

  • Mr.Green:

    Bem, há muito tempo comento em minhas conversas sobre este assunto que o problema é cultural.. As pessoas são ensinadas assim e por isso não tem tanta culpa de serem assim.

    As nossas leis e governos – que nós fazemos – tem muita culpa nisso tudo, pois em vez de trabalhar com a igualdade, respeito mútuo e reeducação, a preferência é criar cotas para pessoas de pele escura, leis para proteção de determinados indivíduos e a cada dia mais barreiras são criadas para dividir a sociedade que, por isso, caminha rumo a perca de controle e consequentemente mais problemas que impedem nossa evolução social.

    É preciso mudar a maneira que tratamos os problemas da sociedade.. Não se resolve problemas racistas e afins com ações também racistas e afins.

    Os homossexuais sofrem mais agressões, claro, trabalhemos a reeducação nas escolas e na mídia com mais efetividade e, para solucionar o problema a curto prazo, que leis sejam ajustadas para tentar evitar estes problemas, não só para um grupo, mas para todos… Como? Fulano bateu em uma mulher, será penalizado pela lei X, bateu num homem, pela mesma lei, num homossexual, pela mesma lei X. Deve-se ajustar a lei a todos ao invés de torná-la cada vez mais complexa e cheia de furos.

    Ainda acredito na evolução do ser humano. Um dia seremos dígnos de sermos chamados de “espécie inteligente”.

  • Magda Patalógica:

    AGRADECIMENTO

    Obrigado a quem nos ensinou a inserir um avatar personalizado.

    Brigadão mesmo, mu brother.
    Não lembro quem fez essa gentileza e peço a quem souber, que divulgue o seu nome, com toda a nossa gratidão.

    Beijos carinhosos da Magda.

    Fui

    Fui

  • Silvio RC:

    Caro “Eu Mesmo” (deverias assinar um nome, não achas?)

    NÃO ACREDITO MUITO NA SUA ESTÓRIA:

    Os profissionais (digo profissionais MESMO) paulistas de qualquer área, são muito bem aceitos e procurados pelas grandes empresas do Brasil.
    Paulista é bem recebido por ser considerado referência e mais experiente em todas as áreas.
    Isso devido às nossas universidades e uso de alta tecnologia em nossas empresas.

    Eu viajo muito a trabalho e ao chegar em qualquer cidade do país, ao dizer que sou de São Paulo, as postas se abrem.

    O preconceito dos paulistanos e cariocas com os nordestinos tem explicação.
    A maioria dos que migram para o “Sul Maravilha”, é constituída de semi analfabetos, culturalmente atrazados, não continuam aqui os estudos, não lêm nem jornal e são desprovidos de instrução profissional. Mas aqui chegam com a esperança de “enricar”.
    Vão morar em loteamentos clandestinos à beira de mananciais e da represa Billings (que fonrnece agua para a capital), cujos esgotos despejam nessa represa.

    Emporcalham bueiros e córregos, não participam da vida cultural da cidade e alguns roubam peças de bonze de monumentos (que sequer sabem o signiicado) para vender no ferro velho.

    Os nordestinos que estudam, fazem faculdade e têm uma profissão, (médicos, engenheiros, advogados, etc) esses não vem para cá. E se vierem, serão bem recebidos no mercado de trabalho.

    Quanto ao “baianos” apelido de qualquer nordestino em Sâo Paulo e “paraíba” nordestinos do Rio de Janeiro, semi analfabetos, o mercado de trabalho nas construções já lhes é restrito, pois a construção civil passou a implantar novas tecnologias, que esses migrantes não conseguem absorver.

    Restam-lhes poucas opções de trabalho: porteiros de prédios residenciais (que não possuem computdor como os comerciais), varredores de ruas, empregadas domésticas e camelôs, etc.

    Nem todos servem para atuar como eletrecistas, encanadores e pedreiros, pois nunca exerceram a profissão em seus estados.
    Estou falando de CAPACIDADE DE TRABALHO na metrópole.
    Meu irmão, diretor do Senai, informou que 90% dos alunos da entidade são paulistas.

    Do ponto de vista humanitário, os nordestinos são pessoas com maior potencial de amor ao próximo, bondade e humildade, que supera a maioria dos paulistanos arrogantes.

    Falo aqui como paulistano.

    Abs:
    Silvio

  • Senhor Spock:

    Desculpem o exagero…mas há algum tipo de racismo entre coelhos brancos juntos de coelhos pretos?

    Já sei…questão cultural, certo?

    Me ajudem então para corrigir esta lista dos 10 países mais racistas do mundo!

    1- ÁFRICA DO SUL > E olha que lá elegeram Mandela muitos anos antes de Obama nos EUA. Mas por tradição…

    2- EUA > Não tem como a onipresente suporpotência que herdou a filosofia nazista tão bem ficar de fora.

    3- ALEMANHA > Preciso dizer mais?

    4- INGLATERRA > De lá saíram muitos para morarem na África do Sul!

    5- HOLANDA > Ídem ao comentário acima.

    6- JAPÃO > Os amarelos japoneses não gostam nem dos chineses que são da mesma raça amarela…

    7- ESPANHA > Acreditem…o racismo deles não se limitam aos jogos de futebol!

    8- ARGENTINA > Racismo latino-americano, se é que se pode usar esse termo, de um país que ” se acha ” europeu e assim expõe aquele racismo bonachão!

    9- FRANÇA > Liberdade, Igualdade e Fraterinidade!!! Pra quem?

    10- AUSTRÁLIA > Junto com os Neo zelandeses…os australianos são os que mais expõem o racismo cultural inglês.

    Saudações!

  • Val Brand:

    Este texto por si só já é racista. Dá a impressão de que somente os brancos são racistas, e isso não é verdade… Eu poderia dar dezenas de exemplos, mas aí eu seria considerado racista… (pesquisem) e não acreditem em tudo o que a mídia fala, esta mídia vêm martelando em nossas cabeças apenas a metade de uma verdade muito maior.

  • Dedwe:

    Não importa o que se passa no cérebro, desde que o indivíduo ame e respeite o próximo.

  • Silvio RC:

    Para Felipe:

    Todos nós possuímos algum tipo de preconceito. Uns em maior e outros em menor grau. É coisa difícil de se lidar, pois suas raízes se perdem na noite dos tempos.

    Dostoievski, tido como o fundador do existencialismo, escreveu:
    “O preconceito tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento. Seja fundamentado num argumento ou num raciocínio”.

    Acredito que o preconceito seja parecido com as nossas unhas. Elas crescem, a gente as corta, apara, mas continuam ali, crescendo e aderidas à pele.

    O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é baseado unicamente nas aparências e na empatia.
    No mundo selvagem animal, as espécies não se misturam, não se acasalam nem caçam com estranhos, que são repelidos. Seja entre felinos, aves, cervídeos, num formigueiro ou numa colméia.

    Nós, humanos somos um tanto parecidos. Ficamos incomodados com pessoas, grupos, cujo comportamento e modo de ser, são diferentes dos nossos padrões.

    Acredito que uma forma de combater o nosso preconceito é trabalhar a mente para aceitação do outro. Não é fácil, mas para mim funcionou em alguns casos.
    E é difícil, porque as pessoas e os grupos vítimas do preconceito, também possuem os seus preconceitos e muitas vezes são mais arraigados. (talvez como autodefesa)

    No caso dos gays, rir é o melhor remédio. (não confundir com o riso debochado).
    Minha esposa e eu estávamos assistindo ao filme gay “A gaiola das loucas”.
    Ela recriminava tudo. O modo de falar, os trejeitos, as roupas do protagonista, as situações, etc. Começou a ficar impaciente e nervosa.
    Sugeri que ela tentasse ver pelo lado humorístico da coisa. Ela concordou e acabou dando boas gargalhadas.

    Há uma enorme diferença entre compreender e se envolver.

    Abs:
    Silvio

  • Cesar:

    O problema do ovo e da galinha…

    A cultura reflete os pensamentos das pessoas e acaba influenciando os pensamentos das pessoas. O racismo que está nas cabeças das pessoas “vaza” para a cultura, e daí vai infectar novamente a cabeça das pessoas.

    Um círculo vicioso, com certeza.

  • André:

    O racismo e intolerância religiosa são os piores defeitos da humanidade.

  • gloria:

    Penso e ajo como o Felipe, tento ñ dizer o q penso, ñ gigo , mas no meu coração sei q sou preconceituosa, e assumo isso, é ruim agir de uma maneira e pensar de outra, as palavras me soam falsas, aí tenho medo da pessoa envolvida descobrir q estou fingindo uma aceitação q eu ñ tenho.

    • Filipe Freitas:

      Pena Gloria, muita pena.

  • Joe:

    A palavra é empatia, se todos praticassem com certeza o mundo seria outro.
    empatia
    Significado: Capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias.

  • Eu mesmo:

    Preconceito é uma palavra engraçada, eu fazia de tudo para repudiar firmemente a ideia de ser preconceituoso contra negros, nordestinos, tratar as mulheres com igualdade, sincero mesmo…
    fui instalar um sistema em Goiás, logo na chegada, fui recebido por uma moradora dizendo que paulista nao presta sem eu sequer ter dito algo para ela, tipo, bom dia, vc nao presta…
    fui morar em curitiba, bom programador como sou, nos meus dois meses de estada la fiz 54 entrevistas, chegava a ter entrevista de domingo, mas misteriosamente apos saberem que eu sou paulista, a vaga sumia, o cliente nao fecheva negocio e por ai vai, incluindo a positivo que eu iria ser coordenador de setor tecnico, varios tweets por ai dizem que pailista deve morrer, bom eles conseguiram, todos que me tratarm com racismo apenas por eu morar em sao paulo, sao tratados da mesma forma hoje em dia…o racismo nao esta na midia esta no tratamento que se dipensa aos outros

  • Nik:

    Onde está a CENSURA nessas horas… :\

  • Felipe:

    Galera, por favor, não me julguem, apenas leiam e tentem me ajudar.
    Eu tenho grandes tendências preconceituosas ( religiosas, xenofóbicas, homofóbicas, e etc. Só não conta racismo ). Eu tento ao máximo evitar isso, eu sei que é errado, mas não consigo me consertar. Quando não têm nada disso acontecendo, eu não ligo. Porém, se eu estiver vendo alguns homossexuais brincando e etc ( por exemplo ), eu já faço algum comentário negativo.
    Pessoal, eu peço por favor, eu não estou fazendo apologia a preconceito, só estou aqui me abrindo e pedindo ajuda! Alguém sabe algum tipo de ‘ terapia ‘ para isso ? Eu queria muito reverter essa situação, por favor, me ajudem.

    • Rock:

      Vejo que o mais salientou diz respeito às suas reações contra homossexuais.De cara te falo:Cada um faça o que achar melhor mas, na minha opinião, homossexualismo é o mau uso da energia sexual.Agora voltamos a seu pedido.Embora eu tenha o julgamento acima , que sei muitos condenarão, não me ocorre atacar, humilhar , zombar ou agredir homossexuais.Estas reações dizem mais respeito a incertezas sobre a própria sexualidade por parte de quem as pratica.Por aí pode começar teu estudo sobre ti mesmo.Pessoas com tendencias homossexuais ocultas quando veem um homossexual reconhecem algo que tem em sua propia psicologia e que não podem aceitar.As vezes isto esta muito inconsciente e nem se dão por conta. De qualquer forma perturba gerando zombarias , piadinhas agressão . Quanto mais forte tem estes aspectos psicologicos mais perturbados ficarão,chegando até a agressão fisica.Normalmente fazem isto quando estão em grupo justamente para se afirmar perante ao grupo.Vejam que as incertezas são maiores na adolescencia ou no começo da vida sexual.Ao longo da vida estas incertezas podem se manter apoiadas na incerteza de satisfazer uma mulher, etc.Assim, não é raro ver velhos de cabeça branca se prestando a zombar de gay ,ou quem achem seja gay,que passe.Atestam assim já algum grau ou total impotencia.Todos temos facetas psicologicas que não gostamos nem um pouco.Escondê-las dos outros e de nós mesmos em nada as muda ou nos faz melhor. O importante e compreendê-las dando assim o primeiro passo para eliminá-las. Te parabenizo por tua iniciativa que demonstra tua vontade de se superar e mudar o que seria impossivel com a hipocrisia. Grande abraço

    • Felipe:

      Na verdade, eu tenho mais preconceito com judeus e cristãos do que com homossexuais. Sei que isso é um grande erro, mas sempre estou tentando acabar com isso, pois isso é errado.
      E valeu pela compreensão da galera 🙂

    • Magda Patalógica:

      Uéééééé! Mudou o foco agora?

      Cara, parece que você tá mais é querendo chamar atenção do people.

      Seu “pobrema” não deve ser o preconceito, não.
      É careência afetiva. Sacou?

      Tou fora dessa discussão.

      Fui.

    • Felipe:

      Eu não estou tentando chamar a atenção de ninguém, isso aqui é um assunto sério. Queria ver se você estivesse no meu lugar.

    • Z:

      “Rock: De cara te falo:Cada um faça o que achar melhor mas, na minha opinião, homossexualismo é o mau uso da energia sexual.”
      Ah então quer dizer que usa toda a sua energia sexual para procriar? Nem uma masturbação de vez em quando (já que isso é realmente um grande desperdício de esperma)? É realmente triste saber, não sei nem se quem é da Opus Dei ainda prega o sexo só para procriação, mas acho que muitos deles ficariam orgulhosos de ti.

    • DANIEL:

      Eu acho que é a primeira vez que vejo alguém reconhecer isso! já é um grande passo.
      A homofobia tem ligação ao machismo que é algo cultural no país, provavelmente você é mais uma pessoa que se deixa influenciar pelas igreja$ e pela sociedade hipócrita em que vivemos.
      1 hora e duas vezes por semana fazendo psicanálise poderia ajudar 🙂

    • jjmm:

      A ‘sociedade hipócrita’ em que vivemos nasceu de um homem e uma mulher.
      Desta união vemos FAMÍLIAS sendo formadas.
      Esta célula, que deveria ser a BASE firme de toda a sociedade, absurdamente vem sendo COMBATIDA E MASSACRADA sistematicamente.
      As ‘igreja$’, de um modo geral, conseguem ‘apaziguar’ ou pouco ou muito, concluindo em um saldo positivo, a princípio. Incrivelmente NENHUMA igreja obriga alguém a dar dinheiro. Fato é q se o dinheiro é seu e assim o utilize. Na verdade o meu dinheiro eu me reservo a doar a quem EU QUISER e TENHO O DIREITO e da mesma forma isto tem que ser RESPEITADO.
      Quantos aos ‘homossexuais’, por vezes utilizando-se da bandeira do ‘preconceito’ procuram ter PRIVILÉGIOS maiores do que a FAMÍLIA. Não veremos uma sociedade evoluída se defendermos e privilegiarmos homossexuais ainda mais do que as FAMÍLIAS.

    • Nik:

      Apesar de ter notado o seu PRECONCEITO (ou PÓS-CONCEITO se preferir) gostei do seu ponto de vista ao defender as FAMÍLIAS, cada vez mais desvalorizadas.

      Os homosexuais não constituem famílias porque ao que me parece só querem ser FELIZES (dane-se a sociedade), mas aí eu me lembro de uma frase…

      “Sanidade e felicidade são uma combinação impossível.” Mark Twain

      A solução talvez fosse a ADOÇÃO, se no Brasil isso não fosse tão difícil ou tão estranho para “a criança”…

    • eduardo:

      Cara, terapia?… sinceramente, não acho que terapia irá ajudá-lo… uma vez que cultura faz parte de convívio social… ou seja, se vc é desse jeito é pq provavelmente vc convive com pessoas que agem dessa forma tb… vc deve fazer parte de um grupo de pessoas que pensam de forma preconceituosa…
      E já que vc se propõe a mudar, o aconselho a procurar novas amizades… novos relacionamentos, com pessoas diferentes das que andam com vc atualmente…
      Tente fazer amizade com pessoas que vc está acostumado a ter preconceito… e não se preocupe em tomar cuidado com suas palavras. O próprio convívio com essas novas amizades o farão rever seus conceitos…

    • Felipe:

      É, eu sei que não existe terapia, por isso coloquei em aspas, é que eu não sabia que palavra usar mesmo 🙂
      Mas valeu, vou seguir seu conselho, tomara que dê certo. Valeu mesmo

    • Filipe Freitas:

      Felipe é um bom trollador. Ou então louco de pedra.

  • Amauri:

    Que a Verdade seja dita… Desde que nascemos sofremos fortes Influências!
    E isso não ocorre só comigo ou com o “fulano”, ocorre com todos!
    Afinal, é normal uma mãe com seu filho, encontrar um homem maltrapilho, digamos que talvez um suposto mendigo… Qual o ato que a mãe fará? Irá retirar a Criança de perto do indivíduo!
    Ou pode ainda dizer: “Não! Saia de Perto!”, ou um: “Vem cá…” um pouco mais discreto…
    Mas ambas as situações, não só mães, filhos ou parentes, é normal ocorrer com qualquer pessoa na rua.
    Pense para si mesmo(a), alguma vez uma pessoa mal vestida ou suja se aproximou de você, e qual foi seu ato? Um simpático “Olá!” olha… Digo que não, talvez seje mais comum afastar-se do que ficar próximo, afinal, por estar sujo e mal vestido, a pessoa não valhe nada e pode lhe assaltar, não é? (Ironizando, ok?)
    São infelizmente costumes, herdados de geração em geração e impostos pela sociedade…
    Ainda que seje tarde, deve se parar para pensar sobre o assunto… Enquanto o visual e o esteriótipo estiverem aos olhos de quem vê, o preconceito e a desigualdade sempre existirão!
    Pense Nisso.

    • Elizabeth:

      Amauri,
      penso que o problema das pessoas se afastarem dos maltrapilhos é mais de medo que preconceito.
      Eu já dei muito prato de comida para eles, inclusive para os garotos cheiradores de cola que perambulavam pela vizinhança.
      O problema é que a violência vem aumentando muito e, por consequência, aumenta a desconfiança. Hoje já sinto medo de convidar essas pessoas para entrar na minha área e servir-lhes um prato de comida. Não nego comida, mas apenas passo o prato para que comam onde quiserem.

    • Nik:

      Mas o precoceito é isso, um mecanismo de defesa que serve para evitar problemas a sua pessoa, que nem o medo. Você não usa o preconceito para prejudicar alguém, usa para se proteger!

      O real problema é que muitos PASSAM DO LIMITE, mas eu dúvido que ninguém nunca tenha tirado pelo menos uma conclusão antecipada que já lhe evitou um problema. Até porque hoje em dia até mesmo um homem bem arrumado e articulado pode ser um grande golpista…

    • Filipe Freitas:

      “Você não usa o preconceito para prejudicar alguém, usa para se proteger!” – Depende do tipo de discriminação. A racial, levando em conta os estudos científicos que revelam que a diferença entre ‘raças’ é de no máximo 0,01%, é com certeza feita com maldade. No entanto tudo têm volta, e muitos ‘brancos’ já sofrem na pele muito do mal que fizeram aos ‘índios’ e ‘negros’. Uma pena no entanto, pois raça e etnia nada tem a ver com caráter. Link para estudo, em inglês: “http://partners.nytimes.com/library/national/science/082200sci-genetics-race.html”

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