Exame de sangue pode identificar Síndrome de Down antes de o bebê nascer
Cientistas holandeses esperam desenvolver para uso público, em menos de quatro anos, um exame de sangue preventivo para mulheres grávidas. Mas não se trata de identificar possíveis doenças nelas, e sim em seus filhos que ainda não nasceram. A ideia é fornecer um meio que possa dizer com antecedência qual a chance de a criança ser portadora de uma variedade de problemas de saúde, incluindo a Síndrome de Down.
Eles esperam que o teste possa ser acessível para a população, sem ter um preço muito alto (custo médio de 30 libras esterlinas, ou 80 reais atualmente), e minimize problemas que ainda existem em exames desse tipo, como o risco de haver aborto espontâneo.
Este novo exame deve extrair o DNA do feto, no sangue de sua mãe, e facilitar um processo que ainda é muito difícil. Por enquanto, se a mulher grávida quer saber se seu filho terá Síndrome de Down, tem duas opções de procedimentos: a primeira é amniocentese (em que se extrai o fluido da bolsa amniótica, onde o feto fica alojado), que incorre em alto risco de aborto espontâneo mesmo se o feto for saudável. Este novo exame utiliza os mesmos equipamentos do que a amniocentese, com a diferença de retirar sangue ao invés do fluido amniótico.
A outra alternativa é amostra de vilosidades coriônicas (CVS, na sigla em inglês), um procedimento em que se retira um pedaço da placenta. Ambos são complicados e onerosos comparados a esse novo exame. Essa medida pode ser útil não apenas para identificar a Síndrome de Down, mas também algumas graves deformações genéticas, distrofia muscular e hemofilia.
É claro que este procedimento, que começou a ser testado em 2009, pretende detectar tais doenças, mas não pode evitá-las. A vantagem é que este é de fato um teste mais seguro, indolor e barato para que se descubram previamente esses problemas de saúde. A despeito do exame, as crianças nascerão com as deficiências, pelo menos por enquanto. Mas pergunte a uma mulher grávida se ela não acha importante saber isso com antecedência. [Telegraph]
2 comentários
Muito interessante saber também que “nasser”se escreve com “sc” e “opsão”com cedilha.No mais,o artigo é uma boa notícia.
muito interessante ter tal diagnóstico antes da criança nasser, mas…infelizmente tem a opsão de muitas mães preconceituosas apartir de tal informação optar pelo aborto do feto.