Impressionante galáxia espiralada é fotografada pelo Hubble

Por , em 7.02.2012

Uma galáxia quase gêmea da Via Láctea é o objeto central de uma nova foto cósmica feita pelo Telescópio Hubble. A incrível foto mostra a NGC 1073, uma galáxia espiralada como a nossa, localizada a 55 milhões de anos-luz, na constelação de Cetus.

Ao observar objetos cósmicos similares à nossa galáxia, os astrônomos esperam aprender um pouco mais sobre nossas características, que podemos ver apenas do interior.

Essa galáxia é do tipo “barrado”, com centro em forma de barra. Os cientistas imaginam que essa característica acontece quando a gravidade puxa o gás para dentro, oferecendo bastante material para novas estrelas serem formadas. Esse movimento também alimentaria os buracos negros gigantes que os cientistas afirmam existir em quase todas as galáxias.

O universo é repleto de galáxias espirais, com centro em forma de barra ou não. Os cientistas pensam que esse formato acontece conforme as galáxias envelhecem, porque as muito distantes, do começo do universo, não apresentam esse tipo de formação. De fato, cerca de um quinto das galáxias espirais jovens contém barras, enquanto mais de dois terços das mais velhas têm.

Além do mais, é fato que as barras são mais comuns em galáxias bem ordenadas, vermelhas, e menos comuns nas azuis, mais jovens, cheias de estrelas novas.

A nova foto da galáxia NGC 1073 contém mais do que um espelho da Via Láctea. A imagem também revela uma estranha estrutura, parecida com um anel, ao redor da galáxia. Isso é resultado de formações estelares recentes.

Uma grande fonte de raios-X, conhecida como IXO 5, está dentro do anel, e é bem provável que seja um sistema binário composto por uma estrela e um buraco negro orbitando um ao outro.

No topo da imagem está uma série de objetos com uma coloração azul e vermelha, cada um sendo uma galáxia muito mais distante. Você pode ver também três objetos muito brilhantes, que não pertencem à galáxia.

“Na verdade, eles não são estrelas. Eles são quasars, fontes incríveis de luz causadas por matéria esquentando e caindo dentro de buracos negros supermassivos em galáxias que estão, literalmente, a bilhões de anos-luz de nós”, explicam os pesquisadores do Hubble. “O alinhamento da luz deles com a da galáxia pode dar a impressão de que eles estão juntos, mas eles são na verdade alguns dos objetos mais distantes do universo”. [MSN]

13 comentários

  • Carlos Veiga:

    O nosso conhecimento mulécular do universo e suas leis, permite-nos olhar o futuro com a ambição de um dia o poder interpretar/compreender. Somos seres inteligentes e como tal, talvez ainda tenhamos tempo, TEMPO.

  • Flor de Lis:

    Me pergunto quantas belezas como essas ainda podem estar escondidas dos olhos humanos…

  • Romário Huebra:

    Quantos segredos e quantas civilizações essa galáxia deve guardar?

  • Rodrigo Lenhard Piedade:

    Milagre a Nasa não ter colocado o nome da galaxia de Via Lactea 2 eles são tão bons com nomes que dá até gosto de ler pra depois se mijar de rir (podia falar mijar?)

  • Leo:

    “Os cientistas pensam que esse formato acontece conforme as galáxias envelhecem, porque as muito distantes, do começo do universo, não apresentam esse tipo de formação.”

    OH WAIT, as mais distantes não deveriam ser as mais velhas?!
    ‘-‘

    • Romário Huebra:

      Vc entendeu errado, elas estão tão longe qe a luz qe sai dela e qe estamos vendo é um “retrato” de como ela era bilhões de anos atrás

    • Walrus:

      Ou seja, as mais distantes são as mais velhas, Romário Huebra

  • Jonatas:

    Alguém já se perguntou o porque da forma Espiral?
    Eu não tenho certeza, mas acho que é na verdade por ondas de formação estelar. Esqueçam o modelo do Sistema Solar e suas leis keplerianas, em uma galáxia a massa do todo é muito maior que a massa do centro (diferente do sistema solar, onde 99% da massa está no Sol, no centro). Numa galáxia, a gravidade é distribuída por todo o corpo galáctico. A espiral na verdade é um disco, onde o turbilhão gravitacional de toda a massa galáctica cria uma taxa de formação de estrelas onde suas ondas de força formam regiões de estrelas jovens e luminosas chamadas braços da espiral galáctica. Basicamente, esse puxão gravitacional excita as nebulosas nas regiões onde a onda espiral passa e aquecidas iniciam um rítimo frenético de produção de estrelas. Onde a onda espiral não passa, a população estelar continua normal, pouco luminosa e pouco numerosa, criando esses vãos escuros entre os azuis e luminosos braços espirais.

    • Flor de Lis:

      Jonatas, atendendo a seu pedido aí está minha foto (fotinho, como vc mesmo disse)… deu um trabalhinho, mas consegui. Beijo.

    • Jonatas:

      Eu gostei. 😉

    • Flor de Lis:

      Obrigada.

    • André Luis:

      O que eu acho incrível é que muitas galáxias tem suas espirais baseadas na espiral logaritmica, que tem propriedades da Razão Áurea, proporção encontrada também na concha do molusco Nautilus, na concha de caracóis, de vários insetos, frutas, flores, furacões, seres unicelulares e até na procriação de coelhos, proporção das quantidade de abelhas e zangões e etc. É incrível saber que esta constante é encontrada desde microorganismos até as galáxias! É o universo em harmonia, existe um padrão!!!

  • Gustavo:

    Muito interessante!

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