Massa muscular prolonga a vida, diz estudo

Por , em 24.03.2014

Segundo um estudo recentemente publicado no American Journal of Medicine, massa muscular é sinônimo de vida longa para os idosos.

Massa muscular e longevidade

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram dados de mais de 3.600 velhinhos que participaram de um levantamento realizado nos Estados Unidos entre 1988 e 1994. Entre os participantes, estavam homens de 55 anos ou mais e mulheres de 65 anos ou mais.

Esse participantes, então, foram submetidos a testes para determinar seu índice de massa muscular, que corresponde à quantidade de músculos em relação à altura. Depois, em 2004, 10 anos mais tarde, a equipe de pesquisa voltou a consultar os participantes do levantamento, para constatar quais haviam morrido por causas naturais e como a massa muscular estava relacionada ao risco de morte.

O resultado

Como você já pode prever, o resultado dessa análise foi mais do que favorável aos vovôs e vovós chegados em uma academia. As análises mostraram que pessoas com altos níveis de massa muscular foram significativamente menos propensas à morte do que aquelas com baixos níveis de massa muscular.

“Em outras palavras, quanto maior for a massa muscular, menor é o risco de morte”, esclarece o Dr. Arun Karlamangla, professor associado da divisão de geriatria na Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, e coautor da pesquisa. “Assim, em vez de se preocupar com o peso ou índice de massa corporal (IMC), devemos tentar maximizar e manter a massa muscular”, ele aconselha.

Para os pesquisadores, esses resultados tornam ainda mais fortes as evidências de que a composição total do corpo é um indicativo mais eficiente para o risco de morte do que o índice de massa corporal.

Ressalvas

Antes de sair correndo para inscrever seus pais na academia, é importante perceber que o estudo mostra apenas uma associação – e não uma relação de causa e efeito – entre a massa muscular e o risco de morte.

“Como não existe uma medida padrão da composição corporal, vários estudos têm abordado esta questão utilizando diferentes técnicas de medição e obtiveram resultados diferentes”, disse o Dr. Preethi Srikanthan, professor clínico assistente na divisão de endocrinologia da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e autor principal dessa pesquisa.

O problema, segundo Srikanthan, é que muitos estudos que investigam como a obesidade e a massa corporal influenciam o risco de morte analisam apenas o IMC, quando existem outras variáveis a serem consideradas. “Nosso estudo indica que os médicos precisam se concentrar em maneiras de melhorar a composição corporal de uma maneira geral, em vez de o IMC sozinho, ao aconselhar seus pacientes idosos sobre comportamentos de saúde preventiva”, conclui.

Com base nisso, os pesquisadores preveem que futuras pesquisas se concentrem em identificar os tipos e as quantidades de exercício que são mais eficazes para melhorar a massa muscular em idosos. [WebMD]

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