O que é o nada? Muito mais complicado do que parece

Por , em 21.08.2013


Ative a tradução das legendas para português.

Lawrence Krauss foi o físico teórico que nos explicou como o universo pode ter vindo do nada e como a física quântica suporta estas afirmações. No vídeo acima ele explica como um conceito aparentemente simples como o nada — nada é nada, ora pois — pode ser tão complexo de se definir. O nada do vácuo do espaço sideral é cheio de coisas e pode vir a se tornar algo se houver tempo suficiente, de acordo com a mecânica quântica. No fim do vídeo Lawrence fala de um conceito de nada da física que pode ser o mais preciso que há.

45 comentários

  • Eduardo Moreno Neto:

    já está errado quando ele diz que do nada pode surgir algo se tiver tempo o suficiênte. mas se o nada é o nada então não existe tempo no nada.

  • Douglas de Oliveira Antunes:

    Durante toda a minha vida me interessei por ciência e por filosofia. Ciência para entender como o mundo e as coisas funcionam e filosofia para entender o que são coisas e o que é funcionar. Acredito que o que jamais será uma verdade absoluta (Além da superação do conhecimento acerca do universo) é a compreensão da mente humana. Uma notícia, discussão, troca de ofensas, religião. A ciência é meio para elucidar tudo que existe, a metafísica é para fantasiar e nós deveríamos apenas tentar compreender. Posso estar enganado, mas acredito que ninguém aqui tenha um currículo mesmo que próximo do cientista para argumentar de forma tão agressiva. Não concorda com o que ele disse? Estude e formule uma nova teoria, vai ser mais interessante e principalmente de mais valia para a ciência. Não misture conceitos próprios e impostos com ciência. Não misture conceitos científicos impostos como ciência. Discuta, leia e apresente argumentações. Argumentação e discordância são extremamente necessário, mas ninguém será o dono da verdade absoluta.

  • aguiarubra:

    JONATAS

    P.: “…Até certo ponto só continuou na mesma – só a metafísica responde e a física não serve pra responder sobre o NADA…”

    Comentário: eu respondi respeitando os cânones da melhor tradição em conhecimento empírico (vide na wikipédia, verbete “Ciência”, item 1.4.1 – Empirismo “…De acordo com o empirismo, as teorias científicas são objetivas, empiricamente testáveis e preditivas — elas predizem resultados empíricos que podem ser verificados e possivelmente contraditos …”.

    Se não há nada para a Ciência estudar, então a Ciência não estuda “O” nada ! (Vide sobre cientificismo na wikipédia).

    P.: “…pareceu criacionista falando, pois é bem assim – volta aos mesmos recursos *só a criação explica!!!*, o que deixa qualquer debate cíclico… um porre…”

    Comentário: aceito ser taxado de ter uma “religião do Ser”, contrário aos niilistas que tem “a religião do Nada”. Melhor seria dizer que meu dogma é: “só a ex-sistência explica a criação”. E o Método científico assim o exige.

    Mas vc conhece muito bem tudo isso! É inútil repetir isso a vc. Oponho-me à crença de que “só o nada explica a criação” (???) – comparativamente a sua frase: “…só a criação explica…”

    P.: de “…É CLARO, que eu SEI que uma Teoria Científica depende de encontrar Indícios Reais…[até]…faz tempo que não leio e não sei a situação atual da Teoria M e das Cordas (pessoalmente acho ela forte o suficiente pra sobreviver mais tempo mesmo sem indícios)…”.

    Comentário: fico perplexo aqui, pois não sei como entender o que vc escreveu nesta passagem com essa outra: “…Ciência tem todo o direito de pesquisar teoricamente tudo – até o que não existe…”. A Teoria M está centrada nas “cordas e supercordas”, que talvez não exista, mas tem o mesmo “status” de direito à pesquisa do Bóson de Higgs – que está “quase” sendo confirmado! Basta só um Nobel para Peter Higgs para se dirimir quaisquer sombras de dúvidas.

    Mas pesquisar “nada” é pior ainda que pesquisar “Deus”…Se o nada puder dar o ar das graças, por menos que seja, deixará de ser “O” nada e passa imediatamente ao reino do Ser.

    P.: “…mas no mais vou confiar no que tu escreveu *o que não gosto com essa tua história de armadilhas fico com medo…”

    Comentário: meu “mentor” nisso é um vídeo no youtuve de 1min49s chamado A RAZÃO: “José Miguel Wisnick – a razão e a alteridade / Programa Diálogos Impertinentes TV PUC-SP – A Razão” https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CDEQtwIwAA&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3Dle0T1AOm9Ys&ei=yasYUtmyJOT54AOBxYDoAw&usg=AFQjCNHfZdT0NxSAdZY_4zbU2ICiuR_Dtg&sig2=pmmiVKDUSA6zc4dHOdJEbA (estou tentando aprender a fazer o que vc faz nas referências, mas tá difícil prá mim).

    P.: em “…PONTO MAIS INTERESSANTE…”

    Comentário: anotei suas palavras, aos quais não tenho nada a reparar e tudo a apreender.

    P.: “…Pergunta A: O que acha disso que falei?…”

    Comentário: inquestionável! Não tenho como discordar.

    P.: “…Várias coisas do mundo filosófico e religioso passaram por testes, a milenar Meditação, por exemplo, se revelou altamente positiva *eu considero uma das melhores heranças deixadas pelas crenças de nossos antepassados…”

    Comentário: é o que diria um bom historiador das Ciências, consciente de que a Ciência é uma construção intelectual que aproveita o que é útil e critica o que não auxilia o progresso do conhecimento.

    P.: “…Pergunta B: Tu achas que o ego materialista anti-religioso, anti-metafísico e anti-filosófico é assim tão poderoso no mundo científico a ponto de impedir uma hipótese que revelaria algo tão incrível de progredir?…”

    Comentário: com certeza, não é tão poderoso. Thomas Kuhn estudou minuciosamente o problema social implícito nos “paradigmas” na Ciência em “A Estrutura das Revoluções Científicas” (vide análise de dois capítulos: “A Natureza e a Necessidade das Revoluções Científicas” e “As Revoluções como Mudanças de Concepção de Mundo” no Google está como: O conceito de revolução científica em Kuhn | http://www.arcos.org.br › Artigos‎ ).

    P.: em “…Ponto Crítico…”
    —> você apresenta uma degradação discursiva sobre essa frase até dizer que eu estou enganado –
    Pregunta C: o que quis com isso?…”

    Comentário: pareceu-me a mim mesmo um fanático (eu) defendendo seu lado dogmático de que “só o ser existe e pode existir”…Com agnóstico, vejo isso como o meu próprio “lado negro e sinistro” ao qual associei a característica “teista” aplicável a várias pessoas que se dizem agnósticas, como eu. Infelizmente, não consigo ser agnóstico puro e não consigo ser agnóstico ateista. Vc pode me atacar por esse lado frágil de meus pensamentos, ok? Essa parte de mim me deixa incontrolávelmente irracional. Mas vc me “puxar a orelha”, eu volto ao normal!

    P.: de “…Eu continuo considerando que a ciência tem esse direito…[até]…logo se algo derruba um contexto filosófico, a meu ver isso não parece um problema pra ela, é uma oportunidade, um novo campo…”

    Comentário: no geral, vc esteve corretíssimo nessa parte! Os filósofos que criavam sistemas fechados foram ‘abatidos’ junto com os cientistas que queriam se tornar “Demônios de Laplace” em Ciência do séc. XIX. Eu posso não aceitar a “existência do Nada”, mas há niilistas (cientistas, filósofos e ideologistas), ainda, afirmando isso. Sendo assim, é direito seu escolher uma linha de pensamento que esteja de acordo com eles…ou não. Aqui cabe um debate, uma discussão, mas estou aprendendo a não perder o respeito com vc pq. isso tem se tornado dolorosamente inútil para mim. Aliás, se pareceu a vc que perdi o respeito, culpo a minha inabilidade em escrever depressa, mas com clareza e coerência (algo que se “mede” nos vestibulares, não é mesmo?). Por conta disso, iniciei recentemente um curso de Redação, mas vai levar um certo tempo – meses, talvez – para começar a suavizar os meus textos “rápidos”…Além disso, a certos limites em meus domínios de conhecimento, principalmente em Filosofia da Ciência, que eu também estou corrigindo através de outro curso, “Filosofia da Física Moderna”, oferecido on line pelo site do CEDET, pelo Prof. Dr. Raphael D. M. de Paola (doutor em Teoria Quântica dos Campos). Desse curso eu tenho tirado ideias da aproximação do conceito de “nada” na Física e o conceito de “ato e potência” na metafísica de Aristóteles.

    Mas não é nada fácil alcançar uma síntese dessas informações, considerando que essa questão não é abordada com base aristotélica no meio acadêmico oficial!

    P.: “…Eu não conhecia Amiti Goswami *me servistes de referência, mas apenas li umas linhas e não posso tomar uma posição sobre…”

    Comentário: o programa da TV Cultura “Roda Viva” já o entrevistou duas vezes e estas entrevistas estão disponíveis, na íntegra e legendadas, no youtube. As transcrições em português estão disponíveis no site do “Memória Roda Viva”:

    Amit Goswami (2008)
    Indiano fala de física quântica buscando dar a ela um tom espiritual, já que considera possível provar cientificamente conceitos religiosos
    http://www.rodaviva.fapesp.br/materia_busca/187/Amiti%20Goswami/entrevistados/amit_goswami_2008.htm

    Amit Goswami (2001)
    Físico busca construir um heterodoxo e polêmico ponto de união entre a teoria quântica e os fenômenos paranormais
    http://www.rodaviva.fapesp.br/materia_busca/193/Amiti%20Goswami/entrevistados/amit_goswami_2001.htm

    Há muitas críticas “ateias” ao pensamento de Amiti Goswami, atacado por seu “Misticismo Quântico”, mas o professor Osvaldo Pessoa Jr., do departamento de Filosofia da USP, pareceu-me situar-se numa posição de esclarecimento neutro sobre esse assunto, sem pender para Amiti Goswami ou para os cépticos irascíveis dele.

    vide tb. Misticismo Quântico – Moodle antigo do Stoa – USP
    moodle.stoa.usp.br/mod/resource/view.php?id=20705‎

    Espiritualidade Quântica. Como aproveitar a moda do misticismo quântico para discutir física moderna na sala de aula? Osvaldo Pessoa Jr. Depto. Filosofia da USP https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CCwQFjAA&url=http%3A%2F%2Fmoodle.stoa.usp.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D20705&ei=SVwaUtqNJqTi2gXutYH4BA&usg=AFQjCNGu9-9-T6Z7SdnKIBj9FojHWqGGpA&sig2=OuMOHeYTHKrfrBgVdzwT7Q

    P.: “…e no final da tua postagem acho que temos um ponto de concordância, acho que fica meio que logicamente aceitável entendermos o meu NADA ‘inexistência’-‘pré-existências (no plural devido ao multiverso)’ como um Nada relativo – absoluto soa muito absolutista (desculpe o trocadilho)…”.

    Comentário: note que apareceu-me uma dúvida sobre o que eu percebi como uma “intuição intelectual” sua sobre o conceito do nada se distinguir entre “nada absoluto” e “nada relativo”. Na minha dúvida, achei que vc acreditava mesmo no “absoluto nada existe” e critiquei-o nessa ideia. Mas, se estivesse enganado, não poderia de deixar de dar-lhe razão. Então, eu estava enganado sobre vc, mais uma vez, não é mesmo?…Só que agora ficou muito complicado dirimir o que vc queria dizer com o “nada”, pois não sou tão inteligente assim para ler nas entrelinhas do que vc escreveu, ao que vc estava se referindo.

    Se temos um ponto de concordância, vc compreendeu subconscientemente o que eu estou, conscientemente, tentando compreender através de um curso on line que estou ainda fazendo!

    P.: “…Agora não entendo aqui faz tal afirmação “”–Completa ideia maluca, pois o “nada absoluto” não sustenta “coisas existentes”–”” primeiro essa certeza é uma lógica frasal-matemática (péssimo termo mas não consegui pensar num melhor), mas não temos como saber se é verdade verdade absoluta, Quanto a ideia maluca as maiores ideias da História um dia foram consideradas malucas… claro outras continuaram malucas mesmo…”

    Comentário: bom, aqui não critiquei o que vc tem como ideia a respeito do “nada”, mas o que alguns niilistas andam espalhando no meio cultural de divulgação científica.

    Quando assisti o documentário “O Universo Elegante”, o físico Brian Greene usou um elevador para descer abaixo do “tecido do Universo” e chegar no “nada”, para mostrar as tais “flutuações quânticas” que davam origem ao que percebemos como matéria e energia. Ele não corroborou os niilistas afirmando que esse nada é um nada mesmo, mas um nada “quântico”, um “algo”, portanto!

    Só que certos niilistas distorcem o Niilismo em si, afirmando a certeza da existência do que não existe, entende? Foi contra isso que me opus.

    P.: “…Feito, abraços *viu temos que pagar uma grana pro hypescience pelo espaço em disco que nossos comentários ocupam no banco de dados do servidor do site! hehe, brincadeira :p…”

    Comentário: rsrsrsrs…Acho que eles tem consciencia disso. Se não, talvez eu receba uma advertência seguido de um boleto prá pagar…Espero que seja brincadeira mesmo…rsrsrsrs…

    Abraços fraternos para vc também

  • PhysicistJB:

    Aguiarubra e Jonatas, permita que eu me intrometa no assunto. Só gostaria de destacar que discordo da afirmação de Aguiarubra que “A priori ciência ignora a filosofia”. Na verdade não. Se os cientistas deixarem de lado o poder questionador da filosofia (tipo: isso é assim mesmo ou poderia ser de outra forma?) então a própria essência do método científico é exaurida. Outro ponto é: “cosmologia ateísta”. Isso não existe. O que existe é a cosmologia e como toda ciência deve ser se baseia em ceticismo e teorias testáveis e falseáveis. Se algum cientista não procede assim ou não foi capaz de responder perguntas fundamentais, não precisamos tomar como correto, mas, também não precisamos apelar para filosofia ou religião achando que com isso respondemos por ele. Não pense que estou desqualificando os filósofos ou a filosofia. Estou apenas chamando atenção para o fato de que filosofia tem seu campo e seus métodos e nós só precisamos conhecer seus limites, assim como nossa boa e velha ciência. É como um físico dizer que o método de trabalho do médico não serve só porque usa-se a medicina e não física para resolver um problema de saúde (não confundir com interação entre física e medicina, por favor!). Também não concordo mesmo com as afirmativas “o nada não é assunto pra física porque nada não existe” e “os cientistas não sabem e nunca saberão sobre o nada”. Primeiro: sim, “nada” é assunto para física tanto quanto um “corpo parado”. Por que não seria? Por que “nada” não existe? Nós sabemos sobre o “nada” tanto quanto sabemos sobre o “tempo”. Entende? E finalmente, sobre os ateus afirmarem que “deus não existe e pronto” não é muito certo. O correto é dizer: “não há nenhum motivo lógico ou evidências concretas de que existe um deus como descrito pelos religiosos”. O que quero dizer é que qualquer ateu acreditaria no deus que for se ele descer do céu cheio de glória e tudo aquilo que o povo fala e fazer coisas fantásticas que não se vê na natureza. Logo, para um ateu, basta que deus pelo menos se apresente. não tem nada haver com “eu sei que deus não existe”.

    • aguiarubra:

      PhysicistJB

      P.: “…Aguiarubra e Jonatas, permita que eu me intrometa no assunto. Só gostaria de destacar que discordo da afirmação de Aguiarubra que “A priori ciência ignora a filosofia”. Na verdade não. Se os cientistas deixarem de lado o poder questionador da filosofia (tipo: isso é assim mesmo ou poderia ser de outra forma?) então a própria essência do método científico é exaurida…”

      P.: ok, vc entrou no terreno das especificações. Especificamente, nenhum cientista pode ignorar a “Epistemologia” e a “Lógica”, ambas áreas de estudo da Filosofia. Só que essas áreas são, apenas, o preâmbulo da Filosofia, a base necessária a quem vai se introduzir na Filosofia.

      As outras áreas, propriamente filosóficas, como a Cosmologia, a Psicologia, a Ética, a Política e a Estética, não interessam aos cientistas em seus trabalhos de pesquisa pq. não estão sujeitas à experimentação e quantificação: não há uma equação que descreva o “belo”, por exemplo (o astrofísico e matemático Mario Lívio, em “Razão Áurea”, relata experimentos em que os retangulos áureos não foram mais escolhidos do que figuras de outras formas).

      Mas a principal área da Filosofia (sua prima dona, por assim dizer) e a Metafísica, que trata dos primeiros princípios e das últimas causas. É a mais atacada!

      “Princípios” e “Causas” estão sendo violentamente atacados por alguns físicos quânticos, que pretendem substituí-los pela “Aleatoriedade” (ou seja, não há o princípio da ordem) e pelo “Acaso” (ou seja, tudo é caos).

      Não afirmo isso de todos os físicos quanticos (como os proponentes da Teoria M), mas posso afirmar isso de Lawrence Krauss, um grande defensor desse absurdo! Imaginar que isso deixa intacto a Ciência (que perde seu principio de ordem e razão) é um delírio esquizofrênico (pensar no não pensamento – vide Daniel C. “Demmett” – acreditar que o “não sentido” faz sentido, ao mesmo tempo que se nega que haja qualquer sentido no Universo é coisa para psiquiatras resolverem à base de eletrochoque. E esse tipo de físico jura que respeita a Lógica e a Razão, que não existe sem o princípio metafísico da ordem!!!).

      Nem preciso falar da Religião (em Metafísica), que também tem um nicho filosófico com o nome de “Teodicéia” ou “Teologia Natural” – ramos da Filosofia da Religião, simplesmente jogada no lixo em “Deus, um delirio”, de Richard Dawkins.

      Outra área atacada na Filosofia é a “Ontologia”, que trata do Ser enquanto existente: afirmar “o nada” é derruir com a Ontologia!

      Então, se os cientístas não podem deixar a lógica e a gnosiologia de lado (apesar dos esforços de niilistas como Lawrence Krauss e Daniel C. “Demmentt” de acabar com elas), varrem prá debaixo de suas concepções “científicas” tudo que envolve “valor” (ou juizos de valor, que dependem da subjetividade da pessoa – sentimentos e intuição – e é tema dos ramos filosóficos conhecidos como “Axiologia” e “Deontologia”).

      Portanto, respeitar os “vestíbulos” da Filosofia e ignorar o “resto” dela (como a Ética, por exemplo) não dá “razão” para o que vc acredita ser importante ao cientista em termos de pensamento filosófico: Filosofia não resolve os problemas da pesquisa da Energia Escura, por exemplo. Nem Craig Venter vai desenvolver a Engenharia Genética com auxílio de “Deontologia”…

      Outro ponto é: “cosmologia ateísta”. Isso não existe.
      Comentário: Para Dawkins & quejandos existe sim!!! Vá ler “O Relojoeiro Cego” prá constatar isso. Ele se contrapõe ao “Design Inteligente”, que é uma Cosmologia “teista”. Não discuto isso, discuto se ambos os proponentes dessas querelas estão se esquecendo do que a Cosmologia na Física realmente trata, que vai longe dessa polêmica “religiosa”!

      P.: “…O que existe é a cosmologia e como toda ciência deve ser se baseia em ceticismo e teorias testáveis e falseáveis…”
      Comentário: em “novilingua” (vide George Orwell na obra “1984”), Ceticismo vale só prá ateus que não acreditam em teistas, certo? Erradissimo. O termo “cético” é válido para todo e qualquer conhecimento estabelecido como fato inquestionável. Ateus admitem como verdade absoluta a inexistência de Deus (agora, a “inexistencia” se tornou alvo de estudos científicos, não é mesmo? rsrsrsrs…). Ora, se ateus são céticos para religiosos, os religiosos também são céticos para ateus, vc não sabia disso, né???

      P.: “…Se algum cientista não procede assim ou não foi capaz de responder perguntas fundamentais…”

      Comentário: concordo plenamente com essa parte.

      P.: “…Também não concordo mesmo com as afirmativas “o nada não é assunto pra física porque nada não existe” e “os cientistas não sabem e nunca saberão sobre o nada”.
      Comentário: aqui, começa o delírio tremens…rsrsrsrs…

      P.: “…Primeiro: sim, “nada” é assunto para física tanto quanto um “corpo parado”.

      Obs.: um corpo parado é alguma coisa. O nada, não é coisa nenhuma, parada ou em movimento!!!

      P.: “…Por que não seria? Por que “nada” não existe?…”

      Resposta: porque o nada é definido assim, não existe!!! Tenta comprar um carro na concessionária, dizendo ao vendedor que vc tem “R$ 40.000” de “NADA” na sua conta bancária!!! Se ele não compreender, convença-o que “…Por que “nada” não existe?…”. Ou melhor, tente convencer os policiais que virão averiguar esse seu “nada existe” e “deu um carro” prá vc…aff!!!

      P.: “…Nós sabemos sobre o “nada” tanto quanto sabemos sobre o “tempo”. Entende?…”
      Comentário: o que entendo é que o tempo é “algo” que se pode associar aos fenômenos que podemos observar! Mas, “observar o Nada” talvez seja só possível aos budistas em “Nirvana” ou para psicóticos internados no Juqueri!!! O Nada não é O Tempo. O nada é nada!

      P.: “…E finalmente, sobre os ateus afirmarem que “deus não existe e pronto” não é muito certo. O correto é dizer: “não há nenhum motivo lógico ou evidências concretas de que existe um deus como descrito pelos religiosos”…”

      Comentário: correto para agnósticos ateistas (ou mesmo para agnósticos teistas que, como eu, não tem fé nos deuses das religiões e duvida de um deus antropomórfico e cognoscível por qualquer modo).

      P.: “…O que quero dizer é que qualquer ateu acreditaria no deus que for se ele descer do céu cheio de glória e tudo aquilo que o povo fala e fazer coisas fantásticas que não se vê na natureza…”

      Comentário: tenho uma novidade prá vc: nem teólogos acreditam nessa “mitologia deista”! Eles seguem as crenças simplórias do povo, para não serem abandonados pelos fiéis! Faça um curso de Teologia prá vc entender ao que estou me referindo.

      Quanto ao ateu (dito “ateu forte”), não resta a ele a menor dúvida de que Deus não existe: uma dúvida qq. sobre isso o torna ag-nóstico. Mas o ateu é um “g-nostico”, ou seja, ele “sabe” que Deus não existe (sabe, mas não prova).

      P.: “…Logo, para um ateu, basta que deus pelo menos se apresente. não tem nada haver com “eu sei que deus não existe”…”

      Comentário: essa sua frase não tem nada a ver com o ateu. Se vc tivesse a menor razão nisso, Richard Dawkins não estaria execrando a iniciativa de Alan de Botton de erigir um templo ao ateus (vide “O Brasil precisa de uma igreja para ateus? https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&ved=0CDgQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.diariodocentrodomundo.com.br%2Fo-brasil-precisa-de-uma-igreja-para-ateus%2F&ei=GYcXUpKlGsLx2QXK4oGABw&usg=AFQjCNEp-YXw3NM2ZFcHgF9X_7S7lvnSHg&sig2=w0FkHwCz3vDWZQLJtOwJdA&bvm=bv.51156542,d.b2I

    • PhysicistJB:

      Aguiarubra

      Vou tentar comentar tuas respostas por partes e tentar ver se você entende o que eu quero dizer. Pra não ficar tão cansativo vou dividir em dois comentários maiores, ok?
      1-Apenas discordando em um ponto: cosmologia não é ramo da filosofia e sim da astronomia. As hipóteses sugeridas nessa área você pode até afirmar que são filosóficas, mas, não a cosmologia, pois para se tornarem teorias as hipóteses DEVEM ser testadas e aprovadas experimentalmente. Desculpe, mas, aí você vai precisar de um curso de física pra entender.
      2-Sobre a ciência não ignorar a filosofia, você basicamente concorda com o que eu falei: ela não ignora, apenas não deixa que o campo das várias possibilidades que a filosofia espalha ter a última palavra quando se fala do funcionamento da natureza. E eu realmente acho que deve ser assim.
      3-“Primeiros princípios e últimas causas”. Agora você abandonou totalmente o ideal da filosofia. Quem disse que houve princípio? Como garantir isso? Como sabemos que haverá um final? O Universo pode ser cíclico, por que não? Não sei. O mesmo se aplica a tal ordem. Não sabemos se existe uma ordem maior, que reina todo o Universo e além. O que se sabe é que a natureza tende a dispersar sua energia de tal forma que não se pode apontar uma direção preferencial (2ª lei da termodinâmica). Geralmente os religiosos confundem isso. Acham que essa lei mostra que a vida obrigatoriamente foi criada por um ser superior. E isso é algo que logicamente não tem sentido físico. Na minha humilde opinião, não vejo porque chamar de doido aquele que não crê em ordens universais, pois pra mim isso não é muito claro.
      4-Ética: se você fala em discordar do que é estabelecido como verdade, por exemplo, deus, então ferrou. É por causa desse tipo de barreira que temos no nosso Brasil tanta gente ganhando dinheiro as custas da inocência dos outros. Agora se tu falas de cuidados para não destruir uma vida por estudos inúteis ou que poderia ser feito de outra forma, ou mesmo meio ambiente em jogo, então devo te dizer que ética também não é ignorada pela ciência.
      5-Não, não existe cosmologia ateísta. O que existe são homens ateus que buscam basear seus argumentos contra teístas ou deístas nas várias ciências que se dispõe. Você está tão enfurecido com os caras que não percebeu que muitos deles não são nem físicos nem astrônomos para tratar de “cosmologia ateísta”. São biólogos e outras das mais variadas áreas. E design inteligente, meu caro, nunca foi ciência. E chamar isso de cosmologia é o mesmo que chamar de ciência a astrologia. Perdão, mas, novamente: curso de física pra saber diferenciar.

    • PhysicistJB:

      6- Sim, sabia que ceticismo serve para qualquer área do conhecimento. Porém, lembre-se de um detalhe: o que os ateus afirmam taxativamente mesmo? Ora, que deus não existe é claro! E como se resolve esse problema? Mostrem que deus existe e pronto, pois, caso contrário, não há porque acreditar. É exatamente o mesmo exemplo que Carl Sagan citou: “eu tenho um dragão indetectável na minha garagem”. Então um pensador responde: “Ora, então ele não existe”! Aí o defensor diz: “claro que existe, me prove que não”! Compreende? Nesse aspecto, aquele que tem fé não se faz cético contra ateus porque ateus não estão afirmando nada. Apenas que tudo indica que não há deus já que faltam evidências concretas. Se a evidência é a bíblia ou a ordem do Universo, lamento, são fontes muito fracas.
      7- Sim, eu sei muito bem como funciona a máquina religiosa. Ou você acha que um crédulo não vai cuidar pra que suas profecias mesmo que falhas não passem despercebidas pelos fiéis?!
      8- Sim, para um ateu basta os acontecimentos milagrosos e acabou a discussão com eles. Ateus não alimentam uma ideologia de modo que possam se encontrar em uma espécie de igreja. Ateu é só o cara que não acredita que existe um deus ou deuses. Só.
      9- Finalmente deixei pro final o papo do “nada”. Cara, acho que estamos falando de duas coisas diferentes: você está pensando no “coisa alguma” e eu estou pensando no “nada” como o que pode ser “o mais fundamental na natureza”. Você falou que a teoria das cordas te parece ser mais próximo da realidade, né? Pois bem, você sabia que a teoria das cordas trata necessariamente de uma distância que se confunde com a menor distância calculada pela ciência (comprimento de Plank)? E mais do que isso, não se sabe se esse vazio (nada) que me refiro é vazio mesmo ou se uma forma de energia de valor mínimo que interage com o “não vazio”. Em outras palavras, to te dizendo que não se sabe se o que pensamos ser o “nada” (ausência de tudo) é isso mesmo ou se o “nada” não existe e na verdade é um estado de mais baixa energia. Entende? Logo, se isso é possível de se medir é um campo da ciência. É a ciência que deve dizer: olha cara, “nada” não existe, como você ta defendendo agora. O problema é que não sabemos como definir o nada do mundo real, se é possível ou não. Compreende? Não é a filosofia que mostra se eu posso dizer que o “nada” é só ausência. Não sabemos se as coisas são indefinidamente fracionadas. Em suma: nós não sabemos.

    • aguiarubra:

      PhysicistJB / 27.08.2013

      P.: “…Aguiarubra
      Vou tentar comentar tuas respostas por partes e tentar ver se você entende o que eu quero dizer. Pra não ficar tão cansativo vou dividir em dois comentários maiores, ok?

      Resp.: ok. Mas estou com pouco tempo e, para não deixar de responder, vou também responder aos poucos, até ficar mais livre. Então, comentarei brevemente o ítem 1:

      1-Apenas discordando em um ponto: cosmologia não é ramo da filosofia e sim da astronomia.

      Obs.: em Astrofísica e Astronomia há um ramo de pesquisa chamado de “Cosmologia Científica”, que trabalha com questões empíricas, ou seja, aquelas questões que derivam do que é percebido pelos 5 sentidos (auxiliados ou não por instrumentos) e testadas em laboratório para entender o COMO SE PROCESSAM: são os seres enquanto fenômenos sensíveis.

      MAS há uma “Cosmologia Filosófica” que trata dos seres enquanto fenômenos inteligíveis. Veja que a Física está procurando saber COMO A MATÉRIA ADQUIRE MASSA, e chegou ao Bóson de Higgs. A Cosmologia Filosófica quer ir mais longe e trata do PORQUE A MATÉRIA PRECISA DE MASSA PARA EXISTIR (ou seja, qual a sua essência), algo que está completamente além do que a Física de Partículas é capaz de fazer, pois só o que lhe interessa é a “existência” da massa e não da natureza essencial dos corpos.

      Além disso, a Cosmologia Filosófica se interessa pelo tema da Quantidade (contínuo e indivisível, descontínuo e divisível, número e multidão, extensão geométrica e substância corporal, o todo e a parte) o Lugar e o Espaço (impenetrabilidade e multiplicação dos corpos, o finito e o infinito, o vácuo absoluto e o vácuo relativo, o local e o não-local, realidade e virtualidade), o Movimento (ação e reação, ação por contato e ação à distância), o Tempo (duração e eternidade, mudança e sucessão, permanência e impermanência) e o tema da Qualidade (disposição e hábito, potência e impotência, figura e forma, cor, som, sabor, calor, etc.)

      É interessante ver que, o que é entendido como “Ciência”, na verdade são considerações filosóficas sobre os processos relacionados através da Matemática feito pelos experimentalistas. O denominado “mecanicismo científico” consiste em explicar todos os fenômenos naturais por razões de ordem mecânica. Na realidade, isso é um só um ponto de vista metódico, um modo de simplificar (vide “reducionismo científico”) a descrição dos fenômenos por meio de definições matematizadas. Qualquer definição “qualitativa” dos fenômenos depende dessa área da Metafísica chamada de “Cosmologia Filosófica”.

      P.: “…As hipóteses sugeridas nessa área você pode até afirmar que são filosóficas,…”
      Obs.: precisamente

      P.: “…mas, não a cosmologia,…”
      Obs.: se quer dizer “cosmologia científica” e não “cosmologia filosófica”.

      P.: “…pois para se tornarem teorias as hipóteses DEVEM ser testadas e aprovadas experimentalmente…”

      Obs.: não há testes em Cosmologia Filosófica

      P.: “…Desculpe, mas, aí você vai precisar de um curso de física pra entender…”

      Obs.: Desculpe, mas, aí você vai precisar de um curso de Filosofia para entender!!!

    • PhysicistJB:

      Aguiarubra 30.08.2013, gostei mais dessa tua última resposta. Acho que agora estamos conversando na mesma língua. Do jeito que você explicou eu concordo sobre as cosmologias. Mas, não acho necessário um curso de filosofia pra entender, uma disciplina de filosofia já é o bastante. Vou ficar feliz em ler tuas outras respostas.

    • aguiarubra:

      PhysicistJB / 31.08.2013

      P.: “…Aguiarubra 30.08.2013, gostei mais dessa tua última resposta. Acho que agora estamos conversando na mesma língua. Do jeito que você explicou eu concordo sobre as cosmologias…”

      Comentário: ok, a Cosmologia Filosófica está, em grande parte, relegada à História da Cosmologia, mas isso é bastante injusto, pois ela depende dos resultados da Ciência para prosseguir. Ocorre que a mídia dá mais visibilidade à Cosmologia Científica e fica-se com a péssima ideia de que a Cosmologia Filosófica não existe mais ou só pode ser feita por cientistas sem graduação em Filosofia!!!

      P.: “…Mas, não acho necessário um curso de filosofia pra entender, uma disciplina de filosofia já é o bastante…”

      Comentário: ok, eu concordo com vc a esse respeito.

      P.: “…Vou ficar feliz em ler tuas outras respostas…”

      Comentário: essas respostas são bem trabalhosas e ocupa muito espaço aqui! Por isso, vou bem devagar, até ser impedido pelo Hypescience. É dificil ser sucinto e consequente nesse assunto.

      P.: “…2-Sobre a ciência não ignorar a filosofia, você basicamente concorda com o que eu falei: ela não ignora, apenas não deixa que o campo das várias possibilidades que a filosofia espalha ter a última palavra quando se fala do funcionamento da natureza. E eu realmente acho que deve ser assim…”

      Comentário: apenas faço um reparo aqui na frase “…apenas não deixa que o campo das várias possibilidades que a filosofia espalha ter a última palavra quando se fala do funcionamento da natureza…”.

      É que há uma separação entre o que a Ciência pesquisa e os objetivos da Filosofia nos mesmos assuntos abordados por astrofísicos. Os cosmologistas da Ciência não tem como interpretar seus dados empíricos só com matemática quando se dirigem ao público (que “normalmente” detesta matemática…rsrsrs). Precisam lançar mão do cabedal filosófico (qualitativo) para transmitir um mínimo de conhecimento e, nisso, podem escolher entre as várias possibilidades que os sistemas de cosmologia filosófica oferecem (inclusive as linhas de pensamento que corroboram o “nada absoluto” como fundamento da realidade, o que é bastante auto-contraditório, mas não deixa de ser uma das metafísicas apresentadas!).

  • Thyago Freire:

    A criação e um milagre e não uma dadiva de um possível criador de barba branca todos sabem os princípios da criação do Universo com o big bang agora vamos ampliar isso imagine vários universos isso e o multiuniverso e praticamente infinito e como si fosse uma cebola o universo so si importa com o espaço que oculpa para mim deus e energia pois a energia entra na forma e sai da forma mas cada um crer no que quiser pois somos livres não e?.eu acho que deveríamos questionar mais os nossos lideres tanto religiosos ou não pois quem não questiona aceita e quem questiona e livre o homem necessita si libertar por isso eu apoio a ciência!

  • Addy Holder:

    Se tiver alguma coisa não é nada…… nunca vi um estrume explicar como saiu do intestino do boi…

  • PHAS:

    “Pseudo-físico…”, “Físico de bolso…”, “Sem qualificação…”.

    Não custa informar aos possíveis especialistas das frases acima que o MIT, o qual concedeu a Krauss um PhD em física em 1982, bem como a American Physical Society, a American Association of Physics Teachers, e o American Institute of Physics, os quais lhe concederam prêmios por sua atuação tanto em pesquisa quanto em ensino, discordam de vocês. (sendo Krauss, aliás, o único físico no mundo a angariar prêmios das 3 maiores Sociedades de física nos EUA)

    • aguiarubra:

      PHAS

      “…PhD em física…” NÃO É AUTORIZAÇÃO para afirmar que o nada “existe”! E PhD em fisica não torna Lawrence Krauss em um “sacerdote da verdade” até mesmo sobre a Física!!!

  • Jonatas Almeida da Silva:

    Ele explicou o nada do ponto de vista do habitante desse Universo, ou seja, a ausência total de coisas universais – isto é, leis da física, energias, matéria, partículas, *campo quântico, tempo e espaço.
    Na verdade, é fácil de entender o conceito apresentado do nada, o antes daquilo que consideramos e sentimos e pensamos como “existência”, que são essas coisas e o próprio espaço-tempo entre elas *Lembrem, a maior parte de você é vazio – átomos são muito mais energia que massa em si – sendo essa apenas uma residual de energias contidas.
    É o suficiente pra evitar o dilema de entender a inexistência (o nada absoluto)?

    Não, isso está num vasto campo de estudos que tenta entender um processo fundamental dos mecanismos existenciais, a essência das coisas *A estranha Física Quântica*, nós somos apenas espectadores, os físicos quânticos se dedicam a real pesquisa, que é teórica, mas é Teoria Científica, e tem toda a validade de um trabalho científico – incluindo o ponto de falseabilidade, quem quiser tentar, terá que entender física quântica tal qual Lawrence Krauss.

  • Thyago Freire:

    E um assunto complicado para algumas pessoas…..

  • Rodrigo Botecchia:

    Eu acho engraçado como teorias como esta tem aceitação entre ateus militantes: quando apoia algo que descarte um possível “criador”, é aceita. Quando é qualquer outra coisa, é pseudo-ciência.
    Tem uma leva MUITO CHATA de ateus e religiosos militantes na internet, nos últimos anos.

    • Jonatas Almeida da Silva:

      É claro que tem aceitação, é teoria científica, serve perfeitamente como apoio ao pensamento ateísta – qual o problema? A Religião militante sempre faz isso – pelo menos isso equilibra as coisas.
      E qualquer “ciência” criacionista que criaram, como geologia do dilúvio, criacionismo, design inteligente, não foram categorizados pseudo-ciências por cientistas ateus do mal, mas pelo próprio princípio do método científico.

    • aguiarubra:

      RODRIGO BOTECCHIA

      Essas teorias do Nada tem grande aceitação entre ateus pq. “interessa” aos argumentos deles contra a Religião: se há o Nada, então não há Deus. Isso em termos de Cosmologia científica.

      Mas fica pior quanto o assunto é mudança climática. Veja que há um grande aparato midiático em torno (e a favor) daqueles que vão contra os 2500 cientistas que trabalham para o IPCC e tentam “mitigar” o que está sendo divulgado a respeito da degradação da Natureza pelo mau uso da tecnologia.

      Então, dá prá ver que há “ideologia” entremeada no meu científico, um a favor do Ateismo, outro a favor da irresponsabilidade com o meio ambiente (a indústria “fóssil” tem seus defensores).

  • Eliel Miranda:

    Do nada nada vem.

    • aguiarubra:

      Eliel Miranda

      P.: “…Do nada nada vem…”
      Comentário: há gente por aqui que diria que vc tem só uma mera opinião, ou seja, deveria considerar a alternativa de que “…do nada, o Universo vem…”, pois isso é o que os quânticos dizem, é a mais pura “Ciência”!!!

      …mas isso é completamente irracional.

  • JOTAGAR:

    Este é o “físico de bolso” preferido do Richard Dawkins…Enfim, falou, falou e … nada!

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Ou você entendeu nada. 😉

    • Fred:

      Físico de bolso? Suahsuhasusha…Conte-me me mais sobre suas qualificações para tachar esse cientista de tal maneira inescrupulosa e mesquinha?

    • João Pedro:

      Interessante. Seria legal um argumento seu para contrariar o argumento do Krauss, e o senhor não apresentou. Garanto pra você, um “físico de bolso” não teria os títulos que ele tem. Não os que Dawkins descreve.

  • lucianno_frss:

    Eu li uma matéria aqui no hypescience dizendo que , o que chamamos de nada , no caso o vácuo , na verdade é preenchido por , partículas de eletron e outras partículas de positron que ficam bem comprensadas preenchendo todo o vácuo e podem ser liberadas através de uma técnica elaborada pelos cientistas que formularam essa idéia .

  • PHAS:

    E é por essas e outras que faz tanta falta nesse site um botão de thumbs down…

    \/

  • aguiarubra:

    Um físico (ou qualquer outro cientista)não tem a mínima qualificação para tratar de assuntos clássicos de Metafísica como esse conceito do “nada”.

    O que dizem não pode ser levado a sério.

    • Cesar Grossmann:

      Ele não está falando de “assunto clássico de metafísica”, está falando do conceito físico de nada. Mas mesmo que estivesse falando do “nada metafísico”, por que os cientistas não tem “a mínima qualificação” para tratar do assunto? Você conhece todos eles, de onde vieram, qual o histórico, o que já leram e estudaram, quais suas visões metafísicas e assim por diante, para poder desqualificar TODOS eles? Acho que não…

    • PhysicistJB:

      Peraí, essa foi de lascar! E quem você acha que tem qualificação para falar sobre o conceito de “nada”? Me perdõe a sinceridade, mas, de onde vem a tua autoridade pra qualificar ou desqualificar os critérios de avaliação de um cientista? Olha lá!

    • Jairo Roberto Etchichury Morales:

      “Um físico (ou qualquer outro cientista) não tem a mínima qualificação para tratar de assuntos clássicos de Metafísica como esse conceito do nada.

      O que dizem não pode ser levado a sério.”

      “Com certeza, e um verdadeiro cientista jamais levaria a sério um raciocínio tão torpe e patético quanto o deste pseudo-físico Lawrence Krauss.”

      Somente a título de curiosidade para os demais leitores do Hypescience, um Argumentum ad hominem (latim, argumento contra a pessoa) é uma falácia identificada quando alguém procura negar uma proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo: Um argumentum ad hominem é uma forte arma retórica, apesar de não possuir bases lógicas.

      A falácia ocorre pois conclui sobre o valor da proposição sem examinar seu conteúdo, o que é absurdo.

      O argumento contra a pessoa é uma das falácias caracterizadas pelo elemento da irrelevância, por concluir sobre o valor de uma proposição através da introdução, dentro do contexto da discussão, de um elemento que não tem relevância para isso, que neste caso é um juízo sobre o autor da proposição.

      Pode ser agrupado também entre as falácias que usam o estratagema do desvio de atenção, ao levar o foco da discussão para um elemento externo a ela, que são as considerações pessoais sobre o autor da proposição.

    • aguiarubra:

      Cesar Grossman

      P.: “…Ele não está falando de “assunto clássico de metafísica”, está falando do conceito físico de nada…”
      Comentário: taí, não existe um “conceito físico de nada”, pois eles mesmos, os fisicos (vide “o universo pode ter vindo do nada”
      https://hypescience.com/como-ter-um-universo-inteiro-do-nada/ )aceitam que “O nada do vácuo do espaço sideral é cheio de coisas”, ou seja, uma trapalhada total de conceitos que são tratados com precisão apenas em Filosofia! (vide filósofos, camarada, FILÓSOFOS – ex: NIETZSCHE ou JEAN PAUL SARTRE, se não quiser recuar aos gregos antigos, como Górgias).

      P.: “…Mas mesmo que estivesse falando do “nada metafísico”, por que os cientistas não tem “a mínima qualificação” para tratar do assunto?…”

      Comentário: pq. a Ciência, a priori, ignora a Filosofia, que para eles não passa de uma duvidosa “especulação”, ou seja, é irrelevante pq. não pode ser sujeitada à experimentação laboratorial ou receber tratamento estatístico-matemático por menor que seja. Quando um “físico” (tipo Stephen Hawking) se mete com Filosofia (via Física Cosmológica) é para tentar “provar” e “demonstrar” a inutilidade do pensamento filosófico! E o cara “nem precisa” se graduar em Filosofia???? Tsk.tsk.tsk. Dá dó de quem acredita que isso seja possível! ANULAR A FILOSOFIA é também um tema para filósofos!!! (vide Auguste Comte).

      PORTANTO, esse assunto, o “nada”, é ASSUNTO RESTRITO A FILÓSOFOS METAFISICOS (ou seja, não um filósofo qualquer, mas apenas dos versados em Metafísica).

      SÓ QUE Lawrence Kraus parece se esquecer desse fato: ele é físico, não filósofo! No máximo, um ateu à caça de falsos argumentos filosóficos contra a Religião (e contra a Filosofia do Ser – vide Ontologia)

      Mas há algo muito pior que isso: o assunto “O Nada” é tratado em livros de Filosofia PARA INICIANTES, ou seja, tem uma longa tradição formada por pensadores especializados em Filosofia. Há milênios de trabalhos ininterruptos envolvidos nessas “especulações”, pró e contra o Nada, que se tornaram didaticamente acessíveis hoje em dia!!!

      COMO um sujeito desses, em nome das doutrinas ATEISTAS (que se aproveitam de “calculoses” físico-niilistas) esse Lawrence Kaos, simplesmente se arroga ao direito de REFORMULAR 2.500 ANOS de METAFÍSICA, eliminando-a em nome da Ciência, petulantemente resolvido a ser o tal que vai acabar com o pensamento filosófico EM SI???? (Ele diz: “…Nós já fomos tão longe, que responder essa pergunta – ou fazer questões similares – virou parte da ciência…” FOMOS LONGE??? JÁ ACABOU A FÍSICA, DE NOVO??? (vide: “O Fim da Ciência”, de John Horgan)

      Ora, o próprio Kraus reconhece nessa frase: “…Porque existe algo ao invés de nada? O cientista afirma que essa questão implica uma pesquisa que não está realmente no propósito científico. “O ‘porque’ nunca é realmente um ‘porque’… de verdade, quando dizemos ‘porque’, estamos querendo saber ‘como’”…

      A quem ele quer enganar??? A mim, não! Não há propósito científica na investigação do “Nada” (absoluto) e por isso mesmo permanece no terreno metafísico.

      Saber “como” fenomênico não responde o “porquê” noumênico, camarada, pois a Física é muito restrita a sua metodologia mecanicista (necessariamente REDUCIONISTA e atualmente ligada ao aparato industrial-militar para desenvolver tecnologias de todo tipo!!!).

      É uma grande falta de senso crítico de quem lê esse tipo de artigo (pois não leva em conta o fato de que o universo de discurso se insere na polêmica entre ateus x religiosos) confundir a pesquisa científica (que busca O COMO É o “nada relativo” do vácuo quântico) com a busca da verdade metafísica sobre o Nada Absoluto (a Metafísica busca O DEFINITIVO PORQUÊ É ASSIM E NÃO DE OUTRO MODO, ou seja, PORQUÊ não pode haver um Nada Absoluto coexistindo com o SÊR essencial das coisas existentes).

      Ora, o “algo perceptível” está atrelado as “LEIS” estabelecidas pelos próprios cientistas como a da “CONSERVAÇÃO DE ENERGIA” e “CONSERVAÇÃO DA MASSA”!!! Ensinado até para COLEGIANDOS!!! Tais “leis” são também “PRINCÍPIO’ DA CIÊNCIA FÍSICA!!! Um “conceito da Física do Nada” NÃO PODE REVOGAR TAIS LEIS E PRINCÍPIOS, e continuar sendo “Ciência”!!

      Dai que o que Lawrence Kraus está tentando fazer é o que? Jogar areia nos olhos dos incautos que o “adoram” como uma “autoridade científica”??? rá-rá-rá…

      Entonces…

      P.: “…Você conhece todos eles, de onde vieram, qual o histórico, o que já leram e estudaram, quais suas visões metafísicas [ter “visões metafísicas” é suficiente prá desqualificar qq. físico perante seus pares! Veja o que ocorreu com Amiti Goswami, por exemplo, que foi transformado em “místico”, apesar de uma carreira bem sucedida como físico nuclear!] …que e assim por diante, para poder desqualificar TODOS eles? Acho que não…”

      Comentário: quem não se deixa levar pela PRÓPRIA ingenuidade, SABE conhecer a onça pelas pintas, meu caro.

      É exagero levantar um “dossiê” prá classificar físico por físico, na tentativa de achar um “metafísico” entre eles. Prá quê? Prá “expulsar” o cientista que tenha outros ideias diferentes de seu campo de especialidade? Ridículo! Mesmo pq. há muitos religiosos fazendo Ciência de primeira qualidade, como o fez Lemaitre no passado!

      Eles, os padres cientístas da atualidade (não me refiro aos criacionistas, que fraudam a Ciência com a mesma gana dos ateistas – prá mim, gatos do mesmo saco da manipulação de massas), no mínimo tem uma graduação de 3 anos em Filosofia e podem falar sobre “o Nada” de maneira muito mais competente do que esse “físico ateu” (que só tira da Filosofia o que lhe interessa para a militância ateista) metido à tarefa inglória de revogar as Leis de Conservação de Energia e da Massa ao propor a “inexistência” como “essência da realidade” e fazer disso um “conceito da Física do Nada”, “precisamente” um positivo se cancelando com um negativo (um embuste teorético, já que há contradição de termos que implica na anulação da Física, que só forma conceitos sobre “coisas” que existem…E o Nada não existe!!!)

    • aguiarubra:

      Alessandra Reis

      Meu comentário para vc saiu em local errado (mea culpa), mas eu reposto-lhe novamente no local mais indicado:

      P.: “…Com certeza, e um verdadeiro cientista jamais levaria a sério um raciocínio tão torpe e patético quanto o deste “pseudo-físico” Lawrence Krauss…”

      Comentário: fico pasmo com a propaganda ateista, pois eles incensam Lawrence Krauss (por ele ter previsto e defendido a ideia da Matéria Escura vide na wikipédia https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CC4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FLawrence_Krauss&ei=KUIWUraFEpKp4AOQx4HACg&usg=AFQjCNGoxKg1sswuBi1VjAJ_0xJWm7oL4Q&sig2=HpX2pE5iXJD4_wenVt1lsg&bvm=bv.51156542,d.dmg ).

      Mas a “mensagem” dele é só para os papalvos ateus, que encontram “armas” para digladiar como os papalvos cristãos!
      Não posso culpar muito esses bobocas que “embarcam” na polêmica “lucrativa” entre ateus x cristãos. Eu mesmo admiro muito o Lawrence Krauss que escreveu “A Física de Jornada nas Estrelas”, um livro que me empolga ainda hoje!

      Por “A Fisica de Jornada nas Estrelas” eu tb. incenso Lawrence Krauss. Mas por esses artigos sobre o Nada divulgados aqui no Hypescience, eu deploro o falso-metafísico Lawrence Krauss por querer distorcer a Cosmologia para favorecer os ateistas.
      E olha que sou um tipo de ateista (“fraco”), pois sou agnóstico!
      No entanto, desconfio de um sujeito desse que escreve sobre “o nada”, ao mesmo tempo que trata da Ciência da Moralidade: no mínimo, desconhece e/ou ignora Nietzsche (vide o pdf. “Para uma caracterização do niilismo na obra tardia de Nietzsche” https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CC4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.fflch.usp.br%2Fdf%2Fgen%2Fpdf%2Fcn_05_05.pdf&ei=mkQWUrygDYXb4APo5IHQDg&usg=AFQjCNFCp4RRvaZwwYmh6WdV9rhfRHTXLg&sig2=6P7BdFiKN9iI6HiUnzsMsg&bvm=bv.51156542,d.dmg Destaco a frase no resumo desse artigo: “… Ao mostrar que o niilismo provém da moral, o filósofo alemão afirma que a ambigüidade inscrita nesse termo, bem como as suas diversas
      formas e disfarces, constituem uma necessidade para a afirmação da existência…” E Krauss quer afirmar a “inexistência” como a base para a “existência” do Universo??? E é um defensor da Ciência da Moralidade??? Nietzsche via o Niilismo como uma doença. E Krauss? Sei lá, entende?)

    • Jonatas Almeida da Silva:

      É formidável a pretensão das pessoas… Se um físico fala da maravilha da natureza, do equilíbrio do universo com aquela visão criacionista clássica, ele é o máximo, ele é o cara…
      Quando ele contraria algo de sua concepção, não é nem algo que você sabe mas algo que você quer acreditar que sabe, que sente e considera racional – ou seja, o mundo relativo à sua visão – ele é um falso cientista…
      Não, isso está errado, Lawrence Krauss não é um pseudo, ele é Físico, PHD, e mais graduado em sua área que qualquer um que comentou aqui, e sem falácia do apelo a autoridade, longe disso, descordar é um direito – mas argumente, defenda sua posição -, mas rotular um cientista como pseudo é falta de respeito – ele não lê, mas outros estudiosos que concordam ou descordam de sua tese leem.

      Desculpe a linguagem seca, mas foi preciso.

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Aguia tu fala demais… e não que eu queira critica-lo por isso, você na verdade forma uma linha de raciocínio pra defender tua ideia *há quem provavelmente acuse isso de articulação, mas não sou bom crítico sobre esse aspecto, rsrs…
      Mas qual a tua ideia? ela fica difusa diante dum comentário vasto com várias referências terceirizadas em relação ao tema. Em suma, seria melhor ter uma síntese do que quer dizer antes de iniciar a argumentação *e links menores, pode usar as tags e atributos *é mais demorado, porém mas mais agradável ;).
      Acho que a síntese melhor seria o primeiro comentário – só que um “eu considero que” seria melhor que um “é”.
      “Nada” ser um assunto só da metafísica, você falou falou mas ficou só na primeira visão simplificada – o nada estaria fora da ossada da física quântica porque ela pesquisa apenas elementos e leis “existenciais”, logo não poderia responder pela “inexistência”, e argumenta que a definição da filosofia é melhor… e talvez mesmo que seja… mas qual a validade de definição?

      Filosofia define, mas não conclui nada, filosofia é puro raciocínio + interpretação, um princípio que em nada define que algo “é, e pronto!”. E essa propriedade é que faz da filosofia algo mais válido que a religiosidade, e não só – a filosofia faz parte do molde do arcabouço da ciência – em outras palavras, a ciência tem sua própria filosofia. Por sinal ela nasceu no meio religioso, mas não da religião em si, mas da filosofia, ou simplesmente “desejo pelo saber” – a diferença é o arcabouço científico ser fundamentado no empirismo antes da interpretação lógica, logo, como base para a mesma.

      A metafísica, você a cita… mas a ciência não pode adota-la, ela não é uma ciência teórica, ela é um ramo da filosofia, essencialmente teoria interpretativa, mas não científica. Você acha que os cientistas iriam cruzar os braços e esperar uma não-ciência trazer as respostas sobre o NADA? usando métodos que são apenas interpretativos? nada disso, isso não aconteceu, e nem vai acontecer.
      ———-
      Logo: Interpretação NÃO da respostas – ela pode dar uma definição melhor (você cita: a definição da filosofia é melhor)? claro que pode ser!, afinal sobre esse aspecto é muito mais fácil pensar do que descobrir… não?

      Me lembro a Hipótese do Universo Holográfico, ele é tão bacana que se o real não é assim… que pena, devia ser!
      ———-
      Competências, a Física Quântica não vai usar da filosofia pra fazer suas definições (descobertas), vai interpretar, descrever filosoficamente os princípios talvez, mas descoberta e visão científica se e somente se forem empíricas – do contrário continuará sendo Teoria Científica, tão logo, com o seu ponto de falseabilidade – terão que usar de Física pra falsear a visão científica do NADA, mas não de princípios filosóficos.

      Da posição do “fora da ossada” descordo de sua visão, a Física pode sim usar de princípios da existência (a estranha física quântica) pra estudar a inexistência e descobrir que essa é a origem, se for.

    • aguiarubra:

      Jonatas

      P.: “…Mas qual a tua ideia?…”

      Comentário: sucintamente, é a de que o Nada Absoluto não existe e não pode existir.

      Só que isso não é ideia minha, mas é a ideia que aceito nas discussões entre os filósofos que tratam de Metafísica, ou seja, dos primeiros princípios pelos quais podemos pensar e entender a realidade. O nada, é nada. Portanto, não pode ser o princípio da realidade.

      Lawrence Kraus sabe que “…O nada do vácuo do espaço sideral é cheio de coisas…”. Daí, pq. ele “…afirma que essa questão [a do nada absoluto] implica uma pesquisa que não está realmente no propósito científico…”??? Ora, é pq. isso é assunto filosófico, considerando que “…Os cientistas ainda não têm uma forma de testar essa hipótese…”. Um cientista que não testa, tá fora da Ciência!!!!!!!!!!

      Se ele, um físico e cientista, não tem uma forma de testar a própria hipótese, então ele não está fazendo Ciência, repito. No mínimo, está confundindo Cosmologia na Física (que ele conhece bem) com Cosmologia na Filosofia (algo que ele não domina bem!!!) São assuntos diferentes.

      Por mais diplomas que ele tenha na Ciência, ele é tão leigo em Metafísica filosófica como qq. outro que não tenha uma graduação em Filosofia, entendeu?

      Eu não diria a mesma coisa de Daniel C. “Demmentt” ou Sam Harris, estes sim, filósofos.

      Para me defender da ideias niilistas deles, apoio-me em Mario Bunge, que não é só filósofo, mas um físico também (coisa que Lawrence Krauss não é).

      P.: “…Filosofia define, mas não conclui nada, filosofia é puro raciocínio + interpretação, um princípio que em nada define que algo “é, e pronto!”…”

      Destaco “…é, e pronto!…”.

      Fiquei curioso, agora, em saber O QUÊ, nas capacidades humanas, consegue dizer isso ou aquilo “…é, e pronto!…”?

      Se vc ACHA QUE a Ciência é diferente da Filosofia, pois diz que isso ou aquilo “…é, e pronto!…”, então vc está profundamente equivocado. Essa pretenção dos cientistas foi tão arrazada por filósofos da Ciência (e pelo lógico-matemático Kurt Gödel) que há muito tempo não se fala mais em “teorias” como verdades, mas de “modelos teóricos” que podem mudar de cara de uma hora para outra.

      Se por “…é, e pronto!…” se refere a tecnologia derivada de Ciência Aplicada, não há o que discutir.

      Mas quando um Craig Venter diz que a vida é uma propriedade dos arranjos de moléculas e isso “…é, e pronto!…” (pois ele faz “tecnologia” como isso), está se arriscando a cometer o mesmo erro dos alquimistas que acreditavam na possibilidade de criar vida humana artificial a partir de materiais inanimados (os “homúnculos”)!!!

      Cara, concordo que a Filosofia não conclui definitivamente sobre nada, mas a Ciência também não!!!

      O que está além da Ciência, a Filosofia “pega”. O que está além da Filosofia, é a Religião que “pega”.

      A Religião, sim, trata do Supremo Absoluto como aquilo que “…é, e pronto!…”. Ateus, por exemplo, são religiosos, pois “Deus não existe” é aquilo que “…é, e pronto!…”!!!

      Conclusões definitivas e verdades absolutas são da alçada das religiões.

    • aguiarubra:

      Jonatas

      P.: “…Da posição do “fora da ossada” descordo de sua visão, a Física pode sim usar de princípios da existência (a estranha física quântica) pra estudar a inexistência e descobrir que essa é a origem, se for…”

      Comentário: “inexistência” não se estuda, pois não é medível, não é detectável, pois não existe! Dos princípios da existência só se pode descobrir outras existências.

      E o “nada” não é principio de qualquer existência.

      Mas vc está militando até contra o próprio Lawrence Krauss, que reconhece que “…O nada do vácuo do espaço sideral é cheio de coisas e pode vir a se tornar algo se houver tempo suficiente, de acordo com a mecânica quântica…”. Vc se atrapalhou aqui, camarada?

      P.: “…quem quiser tentar, terá que entender física quântica tal qual Lawrence Krauss…”

      Comentário: prefiro muito mais deixar Lawrence Krauss de lado para entender física quântica como Leonard Susskind, o proponente do Universo Holográfico, e seus colegas da TEORIA M.

      Lawrence Krauss defende uma linha de Cosmologia “ateista”, ou seja, Ciência contaminada com Religião (apesar de ser um cara completamente contra o encontro de Religião com Ciência – algo realmente irônico no pensamento dele).

      Os físicos da Teoria das Cordas são muito mais coerentes consigo mesmos!!!

    • Jonatas Almeida da Silva:

      —————–
      “Comentário: “inexistência” não se estuda, pois não é medível, não é detectável, pois não existe! Dos princípios da existência só se pode descobrir outras existências.”.

      Isso é opinião tua *ou filosófica (saco pouco de filosofia), MAS a Física pode estudar Inexistência dentro do campo teórico, da Quântica e da Matemática – noutro post tu defende ou sem proposição passa a ideia de que tudo na ciência depende do campo da “detecção”, o que não é verdade.

      Isso confunde muito “fato científico” com “teoria científica” – a clássica confusão de “evolução (que é fato científico)” com Darwinismo ou Evolucionismo “que é Teoria Científica estudando os mecanismos desse fato diretamente observado *mas que não conhecemos em sua totalidade ainda”.

      Krauss faz ciência sim – Muita coisa não detectável é estudada, a Matéria Escura, por exemplo – sim é teoria, mas Teoria Científica, algo com um rigor e uma respeitabilidade muito maior que uma simples teoria convencional. O mesmo vale pro princípio quântico do Nada, isso é sim uma Teoria Científica, e é falseável *dentro do campo da Teoria, e não vai sair daí tão cedo – a muito mais difundida e antiga matéria escura ainda não saiu, mas tem mais validade apenas porque sobreviveu mais tempo ao processo de falseabilidade – uma teoria NÃO necessariamente precisa ter seu objeto detectável pra sofrer os processos de falseabilidade. E mesmo quando um objeto é detectado – Higgs e Archaeopiterix – a teoria não torna-se fato instantaneamente, pois apesar da teoria ter passado nesse teste de falseabilidade forte *a descoberta dum elemento*, ainda tem outros pontos, incluindo as teorias concorrentes e as suas próprias lacunas – sei lá, lá no Gráviton na Física das partículas, ou no ancestral dos mamíferos na evolução…

      —————–

      Eu não milito a favor ou contra, sou até de outras visões *do Universo Holográfico e do Modelo das Bolhas (Universos cíclicos nascendo uns de outros)*, mas isso não muda o fato de ele ser uma referência no seu campo, e se a Física Quântica tem outra visão a respeito do nada – um Nada quântico, eu vou considerar mais ela que a filosófica, nada contra, apenas tenho mais confiança no método científico pra montar a ideia do que na ideia vinda da interpretação filosófica. Característica minha, eu sou cientista, metódico e chato, aplico essa metodologia em tudo *até na imaginação.

      Certeza “é, e pronto”… aí você tem sua razão, tvz eu tenha expressado mal – nem ciência nem filosofia montam certezas sem fatos observados – só a religião faz isso. Eu quis destacar e destaco aqui de novo: Ciência é diferente da Filosofia no ponto da experimentação, no mais ela tem em seu arcabouço todas as demais heranças positivas dela. Quando eu disse tem que entender no NÍVEL DELE, eu não quis dizer tem que SER ele – os teóricos que você citou são exatamente desse nível, não muda nada – e se eles não concordam com o Nada Quântico, e a Quântica não concorda em totalidade com as cordas, fantástico – se encontram e se falseiam *testam, aparam as arestas e se encaixam quando surge a clareza de ideias* mutuamente em prol do progresso da Ciência – Einstein morreu negando a Quântica, pena não ter vivido pra ver a Quântica se fundir com a Relatividade.

      —————–
      Tua ideia:
      “sucintamente, é a de que o Nada Absoluto não existe e não pode existir”
      – isso é uma interpretação claramente filosófica, o dilema o Nada não existe porque é “inexistência”, eu acho.
      Mas qual a obrigação da ciência em aceitar essa visão, se a filosofia não afirma nada com certeza suprema?

      —————–

      Leigo em metafísica – seria complicado estudar tudo nessa vida. Ainda não entendi essa certeza de que só metafísica pode falar do nada…

      —————–
      Ateísmo infecta a cosmologia e a torna religiosa? hã? dizer que ateísmo, mesmo o militante, é crença é que nem dizer que careca é um tipo de penteado… O ateísmo militante não é religiosidade, pode chamar do que quiser – até dawkinismo rrsrs. O ateísmo militante parece com a religiosidade por defender ativamente certezas das quais não temos *uma reversão do ônus da prova??? 😀 *, mas a religiosidade (religare!!) sempre vai pegar o sobrenatural de alguma forma, o ateísmo primariamente não – eu classificaria de qualquer outro jeito, até doutrina ou gnosticismo ainda passa…

    • aguiarubra:

      JONATAS

      P.: “…“Comentário: “inexistência” não se estuda, pois não é medível, não é detectável, pois não existe! Dos princípios da existência só se pode descobrir outras existências.”.
      Isso é opinião tua…”

      Comentário: não entendo uma Física que tem como objeto de estudo “O NADA”. Não havendo matéria, energia, espaço, tempo e nenhum fenômeno, pode haver uma Física???? É a maior novidade que já encontrei na vida e, isso sim, é alegação apenas sua!!! Em nenhum outro lugar eu ouvi sequer falar nessa possibilidade. Não sei que “Ciência” é essa que estuda “nada” e ainda por cima conclui alguma coisa.

      P.: “… *ou filosófica (saco pouco de filosofia)…”

      Comentário: aqui já não se trata mais de alguma disciplina. É o bom senso o que vc perdeu.

      P.: “…MAS a Física pode estudar Inexistência dentro do campo teórico, da Quântica e da Matemática…”

      Comentário: Coisas que não existem, existem para a Física? Há uma Física para os Unicórnios cor-de-rosa então??? Afinal, eles podem ser estudados dentro do campo teórico “científico”, segundo a sua certeza, não? Há a “quântica” dos gnomos, uma matemática das fadas-madrinhas, etc. Isso é sério, mesmo, camarada? Estou me referindo a coisas inexistentes na Natureza (embora sejam produtos imaginários da mente humana).

      Mas o “nada” é pior que isso: é a inexistência mesmo, algo inimaginável e impensável. Estudar o que não existe é total perda de tempo, mesmo em se tratando de teoria “científica”.

      Estudou-se Astrologia, Alquimia, Magia e tudo isso se perdeu literalmente no nada, embora tenha influenciado por milhares de anos a Humanidade. Eram “erros”, pois não existiam na realidade os fatos alegados por essas “ciências”. Cara, vc acredita mesmo que o “fantástico” e o “irreal” ainda podem dar boas teorias científicas??? Tudo isso é nada!!!

      P.: “…noutro post tu defende ou sem proposição passa a ideia de que tudo na ciência depende do campo da “detecção”, o que não é verdade…”

      Comentário: não é verdade que o Bóson de Higgs, para ser considerado realidade, precisou de um aparato como o LHC para ser detectado?

      P.: “…Isso confunde muito “fato científico” com “teoria científica” – a clássica confusão de “evolução (que é fato científico)” com Darwinismo ou Evolucionismo “que é Teoria Científica estudando os mecanismos desse fato diretamente observado…”

      Comentário: fato é fato. Só recebe o adjetivo “científico” quando atrelado à uma teoria, científica ou não. A teoria é “científica” se consegue previsibilidade sobre os fatos. Dai que “fato científico” é a visão teórica explicando determinado fato e prevendo outros fatos encadeados. Quando uma teoria não consegue mais fazer isso, então nova teoria surge. Não se pode observar fatos em si mesmos, sem a necessária teoria por trás. Quem ensinou isso foi Einstein. Antes, as teorias se seguiam aos fatos. Hoje, os fatos é que seguem as teorias, como ocorre com o Modelo Padrão da Física de Partículas que preveu o Bóson de Higgs.

      Mas não conheço uma única teoria científica que pressuponha ou preveja o “nada absoluto” como um fenômeno da existência, já que incorreria em completa contradição. Nem a Matemática, camarada, consegue fazer do zero absoluto o divisor de números inteiros!

      P.: “…*mas que não conhecemos em sua totalidade ainda”…”
      Comentário: isso é totalmente desnecessário em Ciência.

      P.: “…Krauss faz ciência sim…”
      Comentário: ele próprio afirma que o “nada” não é um estudo científico, camarada!!!

      P.: “…Muita coisa não detectável é estudada…

      Comentário: mas o “nada” não existe!!!

      P.: “…a Matéria Escura, por exemplo – sim é teoria, mas Teoria Científica, algo com um rigor e uma respeitabilidade muito maior que uma simples teoria convencional…”

      Comentário: dá uma olhada nos artigos sobre a Matéria Escura do Hypescience. Conte o número dos que duvidam dela, mesmo contra todas as evidências instrumentais! Eu fui lá defender a existência da Matéria Escura e vi um monte de gente contra. Para os que duvidam, a Matéria Escura é um completo equívoco cosmológico.

      P.: “…O mesmo vale pro princípio quântico do Nada…”
      Comentário: o Efeito Casimir enterrou para sempre a ideia de que o Nada existe. O que parece o nada, segundo o próprio Lawrence Krauss “…O nada do vácuo do espaço sideral é cheio de coisas…”.

      P.: “…Tua ideia:
      “sucintamente, é a de que o Nada Absoluto não existe e não pode existir”
      – isso é uma interpretação claramente filosófica, o dilema o Nada não existe porque é “inexistência”, eu acho…”

      Comentário: precisamente! Mas os niilistas de todo tipo ainda insistem na “existência” do que não existe. Isso é um problema ideológico!

      P.: “…Mas qual a obrigação da ciência em aceitar essa visão, se a filosofia não afirma nada com certeza suprema?…”

      Comentário: a Ciência ou faz descoberta de coisas existentes ou prevê a existência de coisas que não consegue detectar em um dado momento, como o Bóson de Higgs ou a Matéria Escura ou mesmo planetas com seres vivos. Se não há, mesmo, Matéria Escura e Energia Escura, não se pode fazer Ciência com a inexistência desses fenômenos. Dai que a Ciência não tem condições de revogar o princípio metafísico de que o Nada não existe pq. não é um ser existente.
      —————–
      P.: “…Leigo em metafísica – seria complicado estudar tudo nessa vida. Ainda não entendi essa certeza de que só metafísica pode falar do nada…”
      Comentário: tudo o que a Ciência não consegue tratar é objeto de estudo da Metafísica. A Biologia não sabe o que é a Vida, então a Vida é objeto metafísico. A Física não sabe o que é carga elétrica, matéria, energia, espaço, tempo, movimento – então esses conceitos são tratados na Metafísica. O máximo que a Ciência consegue fazer com esses fenômenos e propriedades é quantificar: energia é matéria em movimento, segundo a relação matemática E = M.C² Não há definição do que seja energia, que hoje apresenta variedades “não bariônicas”, como a Energia Escura. A massa está dando tanto trabalho para se saber o que é que até construiram o LHC para encontrarem a partícula que dá massa à matéria, que é outra “coisa” indefinida, que até “escura” (não bariônica”) pode ser.

      —————–
      P.: “…Ateísmo infecta a cosmologia e a torna religiosa? hã? dizer que ateísmo, mesmo o militante, é crença é que nem dizer que careca é um tipo de penteado… O ateísmo militante não é religiosidade, pode chamar do que quiser – até dawkinismo rrsrs. O ateísmo militante parece com a religiosidade por defender ativamente certezas das quais não temos *uma reversão do ônus da prova???…”

      Comentário: qualquer ideia que afirme uma certeza absoluta e inquestionável é ideia religiosa (pois se refere a algo que não pode ser falseado). O Ateismo crê firmemente na ideia de que Deus não existe, desafiando os que acreditam com o tal ônus da prova. Ora, se Deus não existe, então o Ateismo se torna irrefutável, não é mesmo?

      Se é irrefutável, automaticamente é religioso. Então, qual é o ‘deus’ do ateu? É o nada! Antigamente, no tempo de Auguste Comte, idolatrava-se a “razão científica”. Hoje, nem isso é mais aceitável, pois o “acaso” e o “aleatório”, os filhotes do Nada, é que tomam conta da “razão científica” atéia. Alan de Botton, por exemplo, até propõe a criação de “templos ateus” na Inglaterra!!!

      P.: “…mas a religiosidade (religare!!) sempre vai pegar o sobrenatural de alguma forma, o ateísmo primariamente não – eu classificaria de qualquer outro jeito, até doutrina ou gnosticismo ainda passa…”

      Comentário: não há “religare” no Ateismo, mas sim um “desligare” em direção à morte eterna. Tudo, para o Ateu, é morto e ilusóriamente animado: é “mecânico” e “inconsciente” (vide Daniel C. “Demmentt”, o filósofo da não-consciência e da não-intencionalidade intrínseca).

      Prá vc ver, é uma religião ao contrário, uma religião sem deus (como o Budismo).

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Aguia – só pontos interessantes

      “não entendo uma Física que tem como objeto de estudo “O NADA”. Não havendo matéria, energia, espaço, tempo e nenhum fenômeno, pode haver uma Física???? É a maior novidade que já encontrei na vida e, isso sim, é alegação apenas sua!!! Em nenhum outro lugar eu ouvi sequer falar nessa possibilidade. Não sei que “Ciência” é essa que estuda “nada” e ainda por cima conclui alguma coisa.”

      – Não entende ou não aceita? Tanto filosofia, ciência e a matemática tem sua própria definição pro nada, e cada uma vai estudar de seu jeito. É detectável? NÃO – estudamos o Bóson por anos antes de descobrirmos *detectá-lo – sumariamente, o detectamos na teoria, igual o “nada” pode vir a ser considerado. Não sei porque me acusa de mal senso…

      “Coisas que não existem”

      – Aqui não vou nem me aprofundar… Unicórnios existem *rinocerontes. Brincadeira – cara você parte SÓ do PONTO de vista filosófico pro nada, e define ciência pra estudar só existência – já estou achando tua argumentação vazia e repetitiva. Ciência tem todo o direito de pesquisar teoricamente tudo – até o que não existe, e Inexistência pode ser apenas um estado prévio da “existência”, ou a existência depende da inexistência pra ter sentido – filosofia chinesa?

      “Bóson de Higgs” – precisou da descoberta só pra ser um fato científico, foi estudado por anos, e muito bem, apenas pela Teoria.

      “Só recebe o adjetivo “científico” quando atrelado à uma teoria, científica ou não.” Errado, só ciência define fato científico.

      “O nada do Krauss está cheio de ‘coisas'” – na verdade ele seria um campo de ‘total ausência’ – um estado de “não-lugar”, mas ainda assim um estado. Na física teórica, existem as partículas virtuais que variam entre o estado existente-inexistente (e a mudança de estado pode gerar um universo inteiro de existência) será que esse debate todo não é só uma confusão entre a definição filosófica de nada e a definição quântica – será que estamos falando da mesma coisa?

      “Metafísica responde ao que a Ciência não sabe” – cara não consigo nem de longe concordar com um argumento desses.
      Metafísica: é ramo filosófico, ela NÃO pode responder questões da Ciência, pois só tem um pedaço dela – a interpretação.
      A Ciência moderna NÃO depende nem tem necessidade muito menos obrigação de aceitar a metafísica pra responder suas incertezas, é pra ISSO que existe a Teoria Científica.
      Vida: Química pré biótica e Abiogênese – não metafísica.
      Física: estás chamando os físicos de retardados – sabemos essas coisas sim – modelo padrão, acho que se expressou mal. Teorias Científicas – não metafísica.

      Você aposta demais apenas em interpretação, em um pedaço primário do processo científico.

      O “NADA” não é deus pra ninguém – o ateu militante só quer provar que deus não existe – mas nem percebeu que o universo oriundo do nada não faz isso, pois o religioso geralmente acredita que deus criou o universo da onde? do nada – ou seja, da no mesmo. E o caos gera ordem – não necessariamente aleatoriedade *se é que ela existe. Mas discutir a Teoria do caos não valeria apena aqui.

    • aguiarubra:

      JONATAS

      P.: “…Tanto filosofia, ciência e a matemática tem sua própria definição pro nada…”

      Comentário: e o ponto em comum estre essas áreas de estudo é a de que O NADA NÃO EXISTE E NÃO PODE EXISTIR!

    • aguiarubra:

      Alessandra Reis / 22.08.2013

      P.: “…Queridos colegas leitores, me desculpem pois me excedi nas palavras e fui mesmo desrespeitosa ao caracterizar o acadêmico em questão…”

      Comentário: considerar Lawrence Krauss um pseudo-físico foi exagero! Mas talvez vc quisesse se referir a ele como um pseudo-metafísico, já que ele está emitindo opiniões sobre o conceito do Nada. Faltou-lhe observar na wikipédia as qualificações dele! Ele “…é um físico norte-americano (…) ceticismo científico (que não é o mesmo que ceticismo filosófico) , biologia educacional e da ciência da moralidade (isso necessita de alguma base em Filosofia, no entanto desenvolve teorias “científicas” sobre “O Nada”, ou seja, se mete em uma área estritamente metafísica pois o NADA NÃO EXISTE)

      Ex-titular da cadeira de Física na Case Western Reserve University, nos Estados Unidos da América, ficou famoso ao sugerir que a chave para entender o surgimento do Universo é um tipo de matéria impossível de detectar da Terra, conhecida como matéria escura [portanto, não é um físico qualquer! É um tremendo de um físico. Talvez tão genial que “dispensa” com asco os temas metafísicos, certo?]

      Lawrence defende a ideia de que o universo foi criado por acaso, e a partir do nada [em Filosofia, ele está comprando uma briga milenar e, ao que parece, o “nada” na Física só vem confirmando cada vez mais o “nada” aristotélico, que é o “ser em potência” vide ATO E POTENCIA https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&ved=0CFAQFjAD&url=http%3A%2F%2Fwww.webartigos.com%2Fartigos%2Fato-e-potencia-aristotelico%2F10066%2F&ei=2KMYUoqECqH_4AOzkoHoDg&usg=AFQjCNEmKsnap0BFGUoQgm7g1bUTyVtI6w&sig2=zxDXmkhuAoyWITeqVof8iw&bvm=bv.51156542,d.dmg ]. Os cientistas em geral e os físicos em particular tentam destruir a metafísica aristotélica desde, pelo menos, 1637 com a publicação de “Discurso do Método”, obra do metafísico Rene Descartes!!! E agora, como o “nada” tem “flutuações” capazes de fazerem surgir Universos, Aristóteles é ainda mais relevante nessas discussões.

      Trecho: “…Personalidade polémica, Krauss também se dedica a combater a aproximação entre ciência e religião fazendo campanha contra o criacionismo, que contesta a teoria da evolução de Darwin. Sobre esse assunto, manifestou sua preocupação até em uma carta aberta enviada ao Papa Bento XVI em 2005…”

      Comentário: infelizmente, é mais um a misturar “ciência” com “anti-religião”. Tentar combater a aproximação entre Ciênca e Religião exige a eliminação da Religião nos debates de âmbito cultural, o que é extremamente injusto, pois está sub-entendido nisso o ser a Ciência “mais verdadeira” e “mais competente” que qualquer outra forma de pensamento humano para influenciar os caminhos da Humanidade, algo profundamente falso: nas mãos dos cientistas pagos pela indústria e pelos exércitos está a “espada de Dâmocles” que ameaça a Humanidade ou com o desequilíbrio do ecossistema ou com a dissuasão nuclear que ameaça pender para o recrudescimento das ditaduras nos paises do 1º mundo (sem contar a Coreia do Norte ou o Irã, detentoras de tecnologia de armas de destruição em massa). Afinal, a Ciência sempre foi “serva fiel” das ambições de poder de muitos industriais, desde a Revolução Industrial inglesa!

      Juntando o desprezo total dos cientistas com os metafísicos, o combate da Religião mal esconde o combate à Filosofia inteira também. E o combate à Religião leva de roldão os trabalhos acadêmicos de sociólogos, antropólogos, historiadores da Religião, mitolólogos e até de arqueólogos…

      Lawrence Krauss não vê a mínima necessidade de cotejar seu “combate” com os esses cientistas sociais citados acima, que fazem o estudo empírico da sociedade. Será que ele não conhece o movimento do Ateismo 3.0 https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CC4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FAte%25C3%25ADsmo_3.0&ei=7acYUp_9D5ix4APs7YHwCw&usg=AFQjCNGsX-__VJ47jNBZLiupxfz8nP2URA&sig2=xJAxD8vY2J1dFEtrGPTzWg&bvm=bv.51156542,d.dmg que tem colocado “os pingos nos ii” dessas questões? O que autoriza Krauss e os neo-ateus a empreenderem este pérfido combate à Religião é a política global conhecida como “neo-liberalismo” (ironicamente comandado por protestantes – vide o filme “Trabalho Interno” que mostra a decepção que eles tiveram quando provocaram a queda do sistema financeiro nos paises de 1º mundo).

      P.: “…Só pra deixar claro: não sou soberba nem criacionista! sou atéia convicta! Apenas acho que pela lógica nada vem do nada, nem a energia, nem muito menos as leis da mecânica quantica… também acho, logicamente, que a ciência, assim como a filosofia, conjectura muito! Normalmente uma verdade científica só é verdade se for reproduzida e assistida repetidamente com rigor técnico. Se não for então pertence aos domínios das teorias, da filosofia… Será que Krauss conseguiu reproduzir o que afirma com todo rigor técnico? Não! Então ele está apenas conjecturando, afirmando uma teoria filosoficamente com base em alguns cálculos físicos!…”

      Comentário: ao menos, vc ainda sua autonomia de pensamento. Jonatas, Cesar Grossmann pecam por falta de conhecimento em Filosofia. PhysicistJB está um pouco melhor, mas não se pode culpá-los por isso, considerando que a educação brasileira nos torna, a todos, vítimas dessa ignorância generalizada em quase tudo o que se refere à intelectualidade. No entanto, vê-se claramente que eles não pensam mais por si mesmos e se deixaram deslumbrar com Krauss a respeito do “nada”. Jonatas nem leu direito o artigo de Lawrence Krauss e já acha que “o nada existe” sim, coisa que Krauss está negando!

      P.: “…Enfim, eis aqui um assunto para debate interminável! E quem gosta de debates intermináveis não possui espírito científico mas sim vive pela emoção dos duelos de egos, de ter sempre a palavra final! Pra mim isso não faz sentido pois no fim das contas eu você e todos nós estaremos no cemitério e ali, vamos nos decompor igualmente! Quem estiver certo e quem estiver errado (cientificamente) não irá fazer a mínima diferença!…”

      Comentário: realmente, vc tem toda a razão. Por uma questão de “disputa de ego”, eu provoquei uma polêmica por aqui (ou melhor, alguns incautos não perceberam que distorci propositadamente o que está escrito sobre as opiniões de Lawrence Krauss transformando-o em um niilista, coisa que ele não é. Há passagens no texto como “…O nada do vácuo do espaço sideral é cheio de coisas e pode vir a se tornar algo se houver tempo suficiente, de acordo com a mecânica quântica…” [e outras passagens] que me torna, no mínimo, em um embusteiro…rsrsrsrs…

      Eu tenho uma “desculpa” para esse comportamento pérfido baseado neste vídeo do youtube “José Miguel Wisnick – a razão e a alteridade / Programa Diálogos Impertinentes TV PUC-SP – A Razão” https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CDEQtwIwAA&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3Dle0T1AOm9Ys&ei=yasYUtmyJOT54AOBxYDoAw&usg=AFQjCNHfZdT0NxSAdZY_4zbU2ICiuR_Dtg&sig2=pmmiVKDUSA6zc4dHOdJEbA As disputas aqui no Hypescience, mesmo “egóicas” (coisa de machos…rsrsrsrs…) tem me rendido muito aprendizado! Observo que eles são tão fanáticos quanto qualquer outro religioso, e isso vem a confirmar tudo o que ouço nos programas do “Invenção do Contemporâneo” e “Café Filosófico” da TV Cultura. Realmente, não tenho a menor pretenção de convencer ninguém. Mas num debate que sustentei com o Jonatas, por exemplo, descobri um livro chamado “Essencialismo Naturalizado: Aspectos da Metafísica da Modalidade, de Desidério Murcho/Coimbra: Angelus Novus, 2002, 104 pp” que tem sido um grande tesouro em conhecimentos para mim. Outros, citaram de passagem o livro “Imposturas Intelectuais, de Alan Sokal e Jean Bricmont
      Lisboa: Gradiva, 1999, 300 pp. e tb. Rio de Janeiro: Record, 2006, 322 pp.”.

      Mas consegui isso através de ‘disputas de ego’. De vez em quando, eu pago por isso tendo que me retratar. Isso me acontece frequentemente quando “perco a mão” como o Jonatas e sou obrigado a pedir-lhe desculpas. Aqui, por exemplo, eu me contive. Não o “xinguei” pela convicção dele de que “o nada existe”, p.ex…!!!

      P.: “…A diferença estará no legado às gerações futuras, portanto vamos deixar um legado científico de união em vez de um legado de disputas de egos! Concordam? vamos deixar o rigor científico trabalhar e produzir. Ele não depende de nossas disputas. As disputas de egos atrapalham a ciência mais que a própria religião!…”

      Comentário: não tenho o que contestar sobre o que vc escreveu acima.

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Isso aqui me revoltou:
      “Jonatas nem leu direito o artigo de Lawrence Krauss e já acha que “o nada existe” sim, coisa que Krauss está negando!” – Krauss está negando o NADA filosófico, mas eu NÃO me baseio em Krauss, não sou um discípulo dele ou coisa assim.

      – O que tu achas que sabe sobre mim? – não sou marionete de conceitos pré-estabelecidos, desenvolvo meu próprio jeito de ver, e por isso muitas vezes não sei tenho todas as informações do que esses especialistas disseram, eu trabalho pelos pontos de interesse, não pelo culto ao cientista.

      Nada na Filosofia: uma não existência, inexistência, logo não existe.
      Nada na Ciência: quase que a mesma definição – aqui fica interessante – e não dependo mais de Krauss *porque ele pega daqui pra frente, eu vou pegar daqui pra trás.
      NADA = Ausência da Existência (bem de acordo com a filosofia, né? não sei porque ela quer morrer aqui, poderia ir mais longe)
      Existência = nossa concepção de existência: espaço, tempo, matéria, energia, campos quânticos, emaranhamento (ou holograma depende), ou seja – Universo.

      Logo, ausência de existência implica em ausência do que entendemos por existência – e por isso o nada pode estar cheio de coisas, pode ter até mais coisas que nossa existência, mas todas são inexistentes – estados inexistentes, simplesmente estados que não conhecemos como existências.
      No modelo do Multiverso, cada vez mais aceito pelos físicos – ainda não li mas está na Scientific Americam Brasil – agosto, cada Universo que se forma desenvolverá dentro de si a sua existência *leis, campos, energias ou muito mais provavelmente coisas que pra nós seriam inimagináveis – não podemos nem sequer compôr tais signos pois estão totalmente não só adversos de nossa própria realidade, mas completamente fora do que podemos entender – uma total inexistência do ponto de vista de nossa existência, mas poderíamos ser mais honestos com os habitantes desses universos distintos e chama-los de ‘outras-existências’.

      O que eu veria como o Nada antes das existências seria o estado prévio de não-existência entre os Universos (aqui é coisa do Jonatas, ainda não entendi o que o multiverso estima entre os universos – mas seja o que for é inexistente de qualquer ponto de vista, pois existências só se formam nos universos). O estado da completa Inexistência pode ser a prévia não só dessa existência, mas de todas as outras possíveis (e estimo profundamente que inúmeras partículas de nosso de Outros Unversos podem vibrar entre Estados, resgatando essa Inexistência e depois voltar ao Estado existente desse Universo, sem podermos saber se por um instante ela vibrou pra inexistência OU pra pra uma outra existência – entrando em outro Universo *sinistro…). Não sei se a isso Krauss refere-se NADA não existe, e é claro que não existe, pois esse é seu Estado – dele não extraímos algo, podemos só imaginar, sem nem saber se acertamos, pois até o pensamento é uma existência.

      Ufa, acho que é isso, eu acredito na Inexistência, e que não seríamos existentes sem ela. Falous… Um abraço procês;

    • aguiarubra:

      JONATAS

      P.: “…Isso aqui me revoltou:
      “Jonatas nem leu direito o artigo de Lawrence Krauss e já acha que “o nada existe” sim, coisa que Krauss está negando!” – Krauss está negando o NADA filosófico, mas eu NÃO me baseio em Krauss, não sou um discípulo dele ou coisa assim.
      – O que tu achas que sabe sobre mim?…”

      Comentário: sobre vc, nada sei. Mas sobre esse seu argumento, tenho como replicar: “…Ciência tem todo o direito de pesquisar teoricamente tudo – até o que não existe…”

      Obs.: acho estranho ter que lembrar vc, aqui, de conceitos da ciência como o reducionismo materialista, o fisicalismo, a Navalha de Occam…
      Não vou fazê-lo pq. sei que vc conhece muito bem esses conceitos. Portanto, estudar o que não existe é cabe mais para um criacionista respondendo aos evolucionistas do que vc acreditando mesmo nesse absurdo! Eu mesmo já disse que : o Espiritismo tem direito de desenvolver uma Ciência Espírita! Ao que os ateus costumam responder: mas os espíritos não existem e cientistas sérios não pesquisam o que não existe! Além disso, ateus dizem a torto e a direito que “Deus não existe”, portanto não há Ciência possível para tratar de Deus…

      Mas vc afirma peremptóriamente que: “…Ciência tem todo o direito de pesquisar teoricamente tudo – até o que não existe…”.

      Ok, “TEORICAMENTE”, sim. O físico teórico francês Jean-Emile Charon apresentou teoricamente o conceito de neguentropia, onde cabia a existência “teórica” de Deus e dos espíritos.

      Mas ele teve o mesmo problema que está tendo a Teoria M hoje em dia: cadê as provas empíricas? Ora, o Modelo Padrão da Física de Partículas estava indo para o banco dos réus pq. não se achava o tal “Bóson de Higgs”. A coisa ficou tão crítica que o físico Leo Lederman (Nobel em Física de 1988) escreveu um livro ao qual denominou Goddamn particle (Partícula maldita), por causa da dificuldade em se detectá-la, ameaçando seriamente toda a teoria de Peter Higgs!

      Dai vem vc ACHAR QUE: “…”…Ciência tem todo o direito de pesquisar teoricamente tudo – até o que não existe…”.

      TEORICAMENTE até certo ponto! Não demonstrou experimentalmente, babáu prá teoria!!! Não se ouve falar mais de Jean-Emile Charon e seu “Deus-elétron”. Mas Peter Higgs está cotadíssimo para receber um Nobel pela confirmação experimental de sua teoria em Física.

      Lawrence Krauss está longe disso: ele não está afirmando que “o nada existe fisicamente” (e não conseguir derrubar o ponto de vista metafísico sobre o Nada) e não corre o risco em continuar sua pesquisa teórica, coisa que não aconteceu com outro físico teórico, Amiti Goswami, que é taxado de “místico” pela mesma comunidade científica ao qual pertence Krauss!!!

      “…Ciência tem todo o direito de pesquisar teoricamente tudo – até o que não existe…”: ENGANO SEU.

      P.: “…e Inexistência pode ser apenas um estado prévio da “existência”, ou a existência depende da inexistência pra ter sentido – filosofia chinesa?…”

      Comentário: se é filosofia chinesa eu não sei! Sei que o “nada búdico” se refere ao ego que percebe o mundo externo. Eliminar esse ego ‘interpretador’ é mergulhar na “não-diferenciação” como os objetos externos, o que equivale a voltar ao estado de consciência de bebês de 6 meses (após 6 meses, aparece o ego “interpretador do mundo externo”). Isso não é afirmação do mergulho da psiquê no Nada Absoluto, onde alcança-se a “inexistência do eu”, como entendemos aqui no Ocidente. Alcança-se a indiferenciação entre o eu e os objetos, algo similar ao que entendemos como uma “objetividade plena”, mas sem um eu a reconhecer tal objetividade (impossível, para nós, compreender – exatamente por faltar esse ego). Mas o “sujeito psiquico” ainda existe, como centro de percepção e vontade, e não está relegado à inexistência.

      Inexistência é aquilo que é inexistente em qq. sentido que se possa imaginar. Não é um “estado”, prévio ou não, de qualquer “existente”! Em Física (ou em Criminologia, p.ex.) ao se constatar que algo não existe, não se perde mais tempo procurando-o para testes em laboratório (a criminologia também faz testes em laboratório: mas eles precisam de algo para trabalhar!).

      P.: “…não sou marionete de conceitos pré-estabelecidos, desenvolvo meu próprio jeito de ver, e por isso muitas vezes não sei tenho todas as informações do que esses especialistas disseram, eu trabalho pelos pontos de interesse, não pelo culto ao cientista…”

      Comentário: se não é marionete de conceitos pré-estabelecidos, não teria caido na minha “pegadinha” contra Krauss, ao insinuar que ele procurou provar, na Física, que o nada existe e pode criar um Universo. Se vc tivesse mesmo lido o artigo e entendido o que está escrito lá, teria rebatido o que eu escrevi com algo como “…mas Krauss não está dizendo isso…”! O Cesar Grossmann parou no “conceito físico do nada” e ficou por aí, não se arriscando mais (o conceito físico do nada renega o “absoluto nada” metafísico). Mas vc, acredita mesmo na existência do nada absoluto e isso demonstra o quanto está influenciado por opiniões absurdas e nem sabe que está!!!

      P.: “…Nada na Filosofia: uma não existência, inexistência, logo não existe.
      Nada na Ciência: quase que a mesma definição – aqui fica interessante – e não dependo mais de Krauss *porque ele pega daqui pra frente, eu vou pegar daqui pra trás.
      NADA = Ausência da Existência (bem de acordo com a filosofia, né? não sei porque ela quer morrer aqui, poderia ir mais longe)
      Existência = nossa concepção de existência: espaço, tempo, matéria, energia, campos quânticos, emaranhamento (ou holograma depende), ou seja – Universo.
      Logo, ausência de existência implica em ausência do que entendemos por existência – e por isso o nada pode estar cheio de coisas, pode ter até mais coisas que nossa existência, mas todas são inexistentes – estados inexistentes, simplesmente estados que não conhecemos como existências…”

      Obs.: se estivesse se referindo ao “ser em potência” ou a “essencia” aristotélica, então vc estaria correto nessa concepção desse “nada” (relativo). Certa corrente niilista sub-repticiamente qualifica o “nada absoluto” usando argumentos de Aristóteles sobre o “ser em essência” e diz que nosso Universo é uma “ilha de ser” flutuando no Nada Absoluto, onde ao final de certo tempo desvanece como se nunca tivesse existido.

      Completa ideia maluca, pois o “nada absoluto” não sustenta “coisas existentes”. Mas o “nada relativo” pode permitir que “coisas” possam surgir nele. Se a Ciência pode mesmo tratar de Metafísica, essa Ciência é algo como a Física Quântica. Mas, sendo a Física Quântica insuficiente para explicar O TODO (como o faz a Metafísica), então a Teoria M é a melhor candidata para tirar a Metafisica do campo filosófico (ela abarca a totalidade quântico-relativistico). Só que a Teoria M abole completamente o absurdo da auto-contraditória ideia do “o nada existe”…

      E o “ser ontológico” tem todas as características das cordas e supercordas da Teoria M. Os niilistas absolutos estão com os dias contados.

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Até certo ponto só continuou na mesma – só a metafísica responde e a física não serve pra responder sobre o NADA – pareceu criacionista falando, pois é bem assim – volta aos mesmos recursos *só a criação explica!!!*, o que deixa qualquer debate cíclico… um porre. Mas melhora no final.

      É CLARO, que eu SEI que uma Teoria Científica depende de encontrar Indícios Reais, eu nunca disse que não depende, e a teoria do Universo vindo do Nada pode cair no esquecimento relativo com o passar do tempo – pois tal evidência é dificílima. Mas ela provavelmente não vai pra um banco dos réus, como você afirma, ela vai pra um Banco de Dados – ela só vai pro dos réus quando encontra algo chamado “FALSEABILIDADE”, o destino dela depende de indícios prós ou contra, ou de uma Teoria melhor colocada em indícios ou pontos de falseabilidade pra explicar o que ela tenta explicar.

      O mesmo vale pra teoria M – ela é muito melhor colocada nos pontos de falseabilidade teóricos, até por ser mais antiga, *faz tempo que não leio e não sei a situação atual da Teoria M e das Cordas (pessoalmente acho ela forte o suficiente pra sobreviver mais tempo mesmo sem indícios), mas no mais vou confiar no que tu escreveu *o que não gosto com essa tua história de armadilhas fico com medo. 🙂

      —————————————————————————————————————————————– PONTO MAIS INTERESSANTE
      Porque o Espiritismo não pode ser ciência? porque ele afirma religiosidades como fatos, igual o criacionismo, não da pra tornar isso ciência. Mas se alguém modelar um campo metafísico ou espiritista *ou as duas coisas* de forma matemática e logicamente aceitável, coeso, que tenha alternativas de explicar o Universo num contexto não contraditório e apresentar pontos de falseabilidade – dando chances ao bom senso de ser avaliado por outros especialistas, pode se tornar uma Hipótese Científica, pode sobreviver e se tornar uma teoria, procurar indícios e bases pra se sustentar, procurar pontos de falseabilidade, porque não?
      Até porque a religião geralmente é aquela “verdade inquestionável!!!” e não se sujeita a falseabilidade – MAS o Espiritismo difere, ele é falseável! ele cita acontecimentos que podemos aplicar uma experiência legítima – e houve episódios, mas nenhum foi reconhecido, só deu fraude ou azar gerando uma péssima credibilidade. Gostaria que houvesse testes hoje, no entanto, temos máquinas melhores e mais conhecimento sobre o cérebro, inclusive, o que aumenta o teor de falseabilidade sobre uma experiência do sobrenatural. Pergunta A: O que acha disso que falei?
      ——-
      Várias coisas do mundo filosófico e religioso passaram por testes, a milenar Meditação, por exemplo, se revelou altamente positiva *eu considero uma das melhores heranças deixadas pelas crenças de nossos antepassados.
      ——-
      Pergunta B: Tu achas que o ego materialista anti-religioso, anti-metafísico e anti-filosófico é assim tão poderoso no mundo científico a ponto de impedir uma hipótese que revelaria algo tão incrível de progredir?
      Eu duvido disso, sempre há argumentos melhores ou piores, probabilidades maiores ou menores – e esse jogo prossegue até as provas, os fatos científicos, e só eles colocam teorias no banco dos réus ou elevam uma a prosseguir por mais tempo – o que aconteceu com o Evolucionismo e o Big Bang.

      —————————————————–Ponto Crítico, campo arriscado to Interpretando Estudos que Não fiz – favor corrija alguma definição errada sobre a Filosofia
      “…Ciência tem todo o direito de pesquisar teoricamente tudo – até o que não existe…” você apresenta uma degradação discursiva sobre essa frase até dizer que eu estou enganado –
      Pregunta C: o que quis com isso?
      Eu continuo considerando que a ciência tem esse direito, eu ficaria com o intervalo anterior do teu discurso – quando diz “teoricamente até certo ponto” – obvio, não descordo em nada. Krauss não afirmou, claro também, ciência séria não faz isso. Agora derrubar o ponto de vista metafísico… não há o que derrubar, qual o foco da física afinal? certamente não é derrubar pontos de vista filosóficos e intuitivos, pois destes que partimos antes de uma teoria, acho que a intuição e reflexão chega a ser mais prévia que os primeiros rabiscos – e não as cegas. Mas filosofia NÃO afirma verdades, logo se algo derruba um contexto filosófico, a meu ver isso não parece um problema pra ela, é uma oportunidade, um novo campo.
      —————————————————————————————————————————————————————

      Eu não conhecia Amiti Goswami *me servistes de referência, mas apenas li umas linhas e não posso tomar uma posição sobre, e no final da tua postagem acho que temos um ponto de concordância, acho que fica meio que logicamente aceitável entendermos o meu NADA ‘inexistência’-‘pré-existências (no plural devido ao multiverso)’ como um Nada relativo – absoluto soa muito absolutista (desculpe o trocadilho).

      Agora não entendo aqui faz tal afirmação “”–Completa ideia maluca, pois o “nada absoluto” não sustenta “coisas existentes”–“” primeiro essa certeza é uma lógica frasal-matemática (péssimo termo mas não consegui pensar num melhor), mas não temos como saber se é verdade verdade absoluta, Quanto a ideia maluca as maiores ideias da História um dia foram consideradas malucas… claro outras continuaram malucas mesmo 😀

      Feito, abraços *viu temos que pagar uma grana pro hypescience pelo espaço em disco que nossos comentários ocupam no banco de dados do servidor do site! hehe, brincadeira :p

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