Nova invenção permitiria recarregar seu celular com a movimentação normal

Por , em 6.04.2014

Esta é mais uma daquelas histórias de invenções acidentais – os cientistas estavam procurando por uma coisa, e descobriram outra, incrível: a possibilidade de carregar um celular só de passear pela sala.

Alguns anos atrás, a equipe do pesquisador Zhong Lin Wang no Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA) estava trabalhando em um gerador miniaturizado que explorava o efeito piezoelétrico, que produz a energia elétrica a partir de pressão.

Mas, para surpresa deles, a energia produzida era maior do que o esperado. Depois de examinar com atenção o experimento, eles chegaram a duas superfícies de polímeros que eram esfregadas, produzindo o efeito triboelétrico.

A partir desta descoberta acidental, Wang e sua equipe desenvolveram o primeiro nanogerador triboelétrico, ou “TENG”. O princípio é o da triboeletricidade: coloque duas folhas de material diferente em contato, e uma delas vai doar elétrons, enquanto a outra recebe. Separe as folhas, e uma diferença de tensão surge entre elas.

Desde a publicação do primeiro TENG em 2012, a equipe aumentou a potência por um fator de 100.000, atingindo uma densidade de potência de 300 watts por metro quadrado. Com uma pisada, Wang consegue ligar uma folha com 1.000 LEDs.

O segredo, segundo Wang, está nas propriedades da superfície usada. “Criar padrões de nanomateriais na superfície do filme de polímeros aumenta a área de contato entre as folhas e consegue aumentar em 1.000 vezes a energia gerada”.

Com esta invenção, pode-se fazer microaproveitamentos como carregadores de celulares e outros dispositivos pequenos, além de criar geradores em grande escala capazes de retirar energia das ondas oceânicas, do impacto das gotas de chuva, e até mesmo do vento que nos cerca.

No vídeo abaixo, podemos ver o professor Wang falando sobre sua invenção, e prometendo revolucionar nosso mundo em cinco anos. Para quem não entende inglês, tem legendas em português (tradução automática). [PhysOrg]

2 comentários

  • J. Le Gutz:

    Ora vejam só! Ainda vão inventar um relógio de pulso automático, no qual não se precisará dar corda!

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