Os mais pobres têm menos chances de processarem seus médicos

Por , em 14.03.2012

Ao contrário da percepção comum entre os médicos de que as pessoas mais pobres processam mais, Ramon L. Jimenez e sua equipe demonstraram que os pacientes sócio-economicamente desfavorecidos, na verdade, processam os médicos menos frequentemente. O trabalho dos pesquisadores sugere que esse mito exista devido a estereótipos, que atuam de maneira inconsciente.

Alguns médicos acreditam que, como grupo, os pacientes mias pobres tendem a processá-los mais. Esse tipo de ideia tem efeitos negativos na relação entre o profissional e o paciente, chegando até a relutância de fazer uma consulta ou tratar as pessoas.

Jimenez e a equipe revisaram estudos médicos e sociais para entender as relações entre práticas médicas e processos legais, dos grupos mais pobres e de outros. A análise mostrou que os mais pobres processam menos, em parte por terem um acesso limitado a recursos leais e financeiros.

Os autores também salientam que alguns médicos têm um desejo inconsciente de evitar pacientes pobres com medo deles pedirem reembolso financeiro.

Jimenez conclui: “Ajudar os médicos a serem culturalmente mais competentes, a tratar e se relacionar bem com um paciente de raça, etnia, sexo e status socioeconômico diferentes pode ajudar a superar esse tipo de imagem negativa. Além disso, melhorar a educação e treinamento daqueles que cuidam da saúde, e dos pacientes, para que possam tomar decisões que tenham um impacto positivo na satisfação pessoal, no cuidado médico e nos incidentes de prática médica errada”. [ScienceDaily]

7 comentários

  • João da cru\ vieira leite:

    Bastante complexa é a medicina é preciso ser, além de medico´, ser um bom engenheiro.

  • Guima:

    Bom, Primeiro o motivo que leva os médicos de hoje não a maioria mas uma minoria a cometerem erros…? Eu respondo passo a caminho do meu trabalho em frente a uma faculdade que leciona medicina e o que vejo são jovens futuros médicos bebendo e fumando, ou seja ao mesmo tempo que agregam informação destroem seu físico e seu cérebro fazendo com que sua capacidade técnica e mental seja diminuída.

  • Bruno L. Rocha:

    Se tivesses mais uma coisa chamado ceticismo e vontade e aprender, além de processar médicos, faria pressão popular para o imptman de presidentes corruptos, de políticos corruptos, mas como são burros, continuam nas fezes, pra não dizer “merda”.

  • Campos:

    Os que não tem recursos é que processam mais, porque não são punidos quando perdem a questão. Por isso ficam impunes e arriscam a ganhar um dinheirinho extra, por qualquer coisa. Os endinheirados é que sofrem mais.

  • Vitor:

    Não é bem assim!
    Médicos pertencem a uma organização construída de forma que o paciente não consegue elaborar uma acusação, que realmente condene uma prática duvidosa. Os médicos escapam pela tangente com afirmações que tendem ao infinito.
    Exemplo: o médico atuou no que ele viu no instante da consulta. O que ele viu? Aí ele diz o que quiser. Deixou de ver? Então ele diz que não havia necessidade “naquele momento” de ver algo….coisa de conduta. É um cobrindo o outro,pois raramente o paciente fica nas mãos de apenas uma disciplina médica.
    Eu não confio, mesmo.

  • JHR:

    Pobres não tem sequer acesso a medicina de qualidade quanto mais amparo legal em casos de erro médico.

    • elisa:

      Concordo! A maioria sequer tem acesso aos serviços médicos, como vai ter um bom advogado para processar os médicos?

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