Planta sul-africana desenvolve apêndice para atrair pássaros

Por , em 18.09.2011

Um vegetal nativo da África do Sul, chamado de “rabo-de-rato” (Babiana Ringens) deu mais uma mostra da evolução para sobrevivência da espécie. Aparentemente, a planta desenvolveu no seu tronco, que não tem galhos, uma cúpula para que os pássaros possam ser atraídos, beber néctar e fertilizar a planta no processo.

A descoberta foi feita por pesquisadores do Canadá e da própria África do Sul. Eles observam, desde 2003, que a planta é polinizada exclusivamente por pássaros. Isso é muito incomum, especialmente porque a Babiana Ringens é uma planta rasteira, e as aves evitam se alimentar muito próximas do solo, devido a predadores que não podem voar. Logo, a planta teve que desenvolver uma tática toda especial para chamar a atenção dos pássaros.

Isso deu origem, ao longo do tempo, a uma cúpula cheia de pólen que não era parte original do vegetal. Os cientistas descobriram, a partir de experimentos, que esta cúpula existe apenas quando há pássaros na região: se não houver, ela encolhe e vira um órgão sem utilidade. Biologicamente, essa condição é chamada de relaxed selection (literalmente, “seleção relaxada”): quando certa parte do corpo vegetal perde a função, é descartada naturalmente. [BBC]

9 comentários

  • Marcelo II:

    “Planta sul-africana desenvolve apêndice PARA atrair pássaros”

    A manchete nos dá a ideia de uma mutação direcionada, controlada e satisfatória. Pior ainda, o texto confirma essa ideia.

    Ao analisarmos esta notícia devemos considerar duas hipóteses não exploradas:

    1 . As plantas (Babiana ringens) nunca foram fertilizadas pelos pássaros antes de desenvolverem o apêndice (atualmente, com o apêndice, os pássaros são sua única forma de fertilização);
    2. Em algum momento deixaram de atrair os pássaros para a fertilização, então desenvolveram o apêndice.

    Seguem as perguntas que faço de acordo com o exposto na matéria.

    No caso da 1ª hipótese:
    A. Como ela foi fertilizada até então?
    B. Como não sucumbiu à seleção natural, tendo tempo para a planejada mutação?
    C. Como a planta detectou a existência:
    1. de outras plantas com flores altas (preferidas pelos pássaros);
    2. dos próprios pássaros, como potenciais fertilizadores;
    3. dos predadores dos pássaros e que eles o atacariam se estivesse no solo?

    No caso da 2ª hipótese:
    A. Como detectaram que o que sugava seu néctar eram pássaros?
    B. Como detectaram os predadores e que estes atacavam os pássaros no solo e, por isso, eles deixaram de acessá-las?
    C. Como detectaram que eles migraram para flores mais altas (e que eles voavam)?

    Para as duas hipóteses:
    A. Como detectaram que eles usam “poleiros”, ainda mais na vertical?
    B. Como perceberam que elas mesmas eram capazes de alterar a própria morfologia de forma direcionada (em forma de um apêndice-poleiro)?
    C. Como alteraram sua morfologia de forma direcionada e monitoraram esta alteração para que ocorresse de forma satisfatória?

    Lembre-se, as perguntas foram feitas de acordo o raciocínio exposto na matéria, que revela o que ela quer nos levar a crer:

    Que um organismo pode se desenvolver, inconsciente e magicamente, para atender às demandas circunstanciais do ambiente em que se encontra. Do texto, não se infere nenhum “acaso” como apregoado “racionalmente” pelos evolucionistas.

    Diante do “acaso cego” (a Babiana ringens parece ser caso de “acaso com muita percepção”) que teria desestabilizado o “nada” e criado tudo (matéria/energia, tempo, espaço e as leis que regem o universo), inclusive a possibilidade da matéria/energia criar e agregar a si mesma e organizar, aleatoriamente, muita informação ultra complexa* e, contra qualquer prognóstico matemático (todos tendo como resultado o impossível), formar vida, em um passado e circunstâncias inatingíveis por qualquer método racional que possamos empregar (queridos, são alegados bilhões de anos!), por menor que seja a vantagem probabilística dada pelo propósito por trás de um Deus Criador, logicamente, deve ser a hipótese mais aceita.

    Basta olharmos para toda a matéria inanimada a nossa volta para concluirmos que não estão se transformando em vida, não estão tentando e nem têm razão alguma para fazê-lo (nem mesmo para existirem como átomos, por si só).

    *O DNA de cerca de 200 milhões de células humanas podem armazenar 68.000 Terabyte de informação de altíssima complexidade e super organizada (um emaranhado de 2 metros de DNA em cada célula, que simplesmente não embola) em um volume de 1mm X 10mm X 20mm, equivalente a um chip de pen drive de 4Gb. Como no cálculo foi considerada a célula inteira (não apenas o núcleo, onde fica o DNA), deve se considerar ainda que todas as demais funções das células também estariam ativas, podendo-se considerar, cada uma das 200 milhões, como um complexo organismo semelhante a uma cidade em sua variedade de atividades. Enquanto isso, um pen drive de 4 Gb, poderia armazenar 34.000 livros de 500 páginas, com cada uma delas contendo 2.000 caracteres em branco, pois ele não pode gerar informação espontaneamente. Nem em toda a eternidade.
    São 200 milhões de micro-cidades X 34.000 livros em branco, no mesmo espaço.

    Diante disso,
    Fiquem com Deus,

    Marcelo II.

  • Fausto:

    Hum… Então Lamarck estava certo? É isso?

  • José Calasans.:

    Inteligência vegetal,quem duvida?

  • Steve:

    hehehe…e ainda tem gente que nao acredita em evolução !!

  • João:

    Mais cuidado com a nomenclatura botânica, o epíteto específico deve ser mantido todo em letras minúsculas. O nome do descritor também deveria aparecer.

    O correto seria:

    “Babiana ringens (L.) Ker Gawl.” (tudo em Itálico)

    • João:

      Ps. O descritor não leva itálico.

  • Stwart:

    KD a tradução “correta” dos dois primeiros parágrafos que o “chato” do César está devendo?????

  • Cesar:

    Mais um problema de tradução…

    Os dois primeiros parágrafos do artigo original:

    The researchers suspect that the vertical, branchless stem of a South African plant – locally called the Rat’s Tail – has evolved to encourage pollinating birds to visit its flowers.

    The birds hang upside down from this perch and fertilise the plant when they thrust their beaks into the red flowers to drink nectar.

    Não é que eu goste de apontar os erros dos outros (mentira, eu adoro ser o chato de plantão), mas não dá para confiar no Google Translator. Ele traduz, mas com erros que só um operador humano pode detectar – por enquanto.

  • Éder Augusto:

    Que legal,as plantas não são tão sem graça quanto parecem.

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