Regaleco: o bizarro peixe gigante do Golfo do México

Por , em 8.01.2013

A quilômetros da superfície do mar, vivem criaturas misteriosas e, muitas vezes, bizarras: algumas não têm olhos, outras emitem luz própria e outras são gigantes. Seja como for, raramente são vistas vivas e, para estudá-las, cientistas do Projeto Serpente estão usando submarinos controlados remotamente para explorar as profundezas do oceano.

O projeto é fruto de uma parceria entre o Centro Nacional de Oceanografia dos Estados Unidos e empresas de petróleo e gás (como a Chevron, a Petrobras e a Shell), que fornecem os veículos.

Recentemente, eles conseguiram filmar pela primeira vez um regaleco vivo e em seu próprio ambiente – normalmente, o peixe é encontrado morto na superfície do mar ou em praias. Em 2007, foi realizada uma possível filmagem do animal, mas a identificação não foi confirmada.

O regaleco é um dos maiores peixes do mundo, chegando a 17 metros de comprimento. Sua estranha aparência (além de comprido, tem uma espécie de barbatana no dorso) pode ter dado origem a mitos sobre serpentes marinhas gigantes, espalhados por navegadores de séculos atrás.

De acordo com o professor Mark Benfield, da Universidade Estadual de Louisiana (EUA), um dos aspectos mais impressionantes do regaleco é a forma como ele nada. “Ele se movia ondulando sua barbatana dorsal em ondas que o impulsionavam a uma boa velocidade”, conta. No início, pensavam que se tratava de uma tubulação de combustível. “Quando nos aproximamos, ele se afastou para baixo conforme o veículo se aproximava”.

Outro raro tipo de peixe encontrado pelos pesquisadores foi o Paracaristius sp., que, acredita-se, sobrevive roubando alimento de sifonóforos (animais parecidos com medusas). “Este peixe tem um controle muito preciso de sua orientação e posição; afinal, se você está muito próximo de um animal com tentáculos que pode te ferir, você vai querer controlar seus movimentos com precisão”, aponta Benfield.

Com o projeto, os pesquisadores pretendem aprender mais sobre as criaturas já conhecidas das profundezas e, se possível, descobrir outras. “[Podemos] ter uma boa ideia de quais espécies estão presentes, onde elas estão e o que estão fazendo”.[BBC]

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