Tratamento pós-derrame: videogame!

Por , em 18.05.2012

Segundo a Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization), a cada seis segundos, uma pessoa morre de acidente vascular cerebral (AVC, ou derrame) no mundo.

Se você não foi uma delas, ou seja, se você é um bravo sobrevivente dessa doença, você deve ter algum tipo de cicatriz de batalha.

Isso significa que as pessoas que sofrem derrame acabam apresentando certos sintomas ou sequelas, por exemplo, dificuldade na capacidade de atenção, sensação térmica alterada, formigamento, estados depressivos e, comumemente, algum tipo de paralisia (veja aqui sintomas que indicam um derrame e outras dúvidas).

Essa incapacitação decorrente de derrame pode aparecer de várias formas: a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza em um lado do corpo (hemiparesia), ou a paralisia ou enfraquecimento pode afetar somente a face, um braço ou uma perna, etc.

Essa sequela pode gerar dificuldades nas pessoas, mesmo em atividades cotidianas simples, como caminhar, se vestir, comer e usar o banheiro. E isso requer tratamento: terapia, fisioterapia, etc.

Aqui no Brasil, o derrame é a primeira causa de morte e incapacidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Neurologia (SBN), a cada cinco minutos uma pessoa é vítima de derrame, o equivalente a cerca de 100.000 mortes ao ano em decorrência da doença no país.

Um derrame a cada cinco minutos é muita coisa, não? “O cérebro pode reaprender o controle de um braço fraco, por exemplo, mas isso vai exigir terapia frequente durante vários meses e não há terapeutas suficientes para fornecer isso em uma base individual e regular”, disse Janet Eyre, da Universidade Newcastle, no Reino Unido.

Por conta disso, muitos pacientes podem não ganhar novamente total mobilidade, o que prejudica seriamente seu estilo de vida.

Para ajudar na terapia de pessoas pós-derrame, a Universidade Newcastle se juntou a uma produtora de jogos para criar um jogo de videogame para pacientes que tiveram AVC.

Os jogos são séries envolvendo um tema de circo, onde os pacientes poderão ser domadores de leão, malabaristas, trapezistas, equilibristas, etc. Eles poderão passar de nível conforme forem melhorando sua condição física. Todos os exercícios servem para ajudá-los a recuperar os movimentos.

Essa também é uma forma de distrair os pacientes. “As pessoas ficam absortas na competição e ação dos personagens de circo, e esquecem que o objetivo do jogo é a terapia”, comentou Eyre.

A empresa envolvida nos games também quer desenvolver jogos para ajudar em terapias de outras doenças, como paralisia cerebral, doença pulmonar crônica, diabetes tipo 2 e demência.[CopacabanaRunners, Telegraph, UOL]

1 comentário

  • Otaciano:

    Muito interessante o tratamento. A questão do AVC é séria demais. Estresse e depressão são as doenças do mundo desenvolvido e levam inevitavelmente a estes caminhos. Aprofunde melhor seu conhecimento sobre este estudo aqui http://isaude.net/B0Pm

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