10 atividades turísticas que podem acabar em morte
Todo ano, milhares de pessoas viajam pelo mundo atrás de experiências únicas e empolgantes. Para alguns, um passeio de gôndola em Veneza ou fazer a “caminhada da vida” na ilha de Shikoku (Japão) podem ser o ápice da exoticidade turística. Já uma parcela muito pequena de turistas gosta de atividades radicais, aquelas que podem custar até a vida deles.
Ultimamente muitas empresas especializadas em turismo radical estão abrindo no mundo todo. Algumas delas levam seus clientes para perseguições de tornado nos EUA, enquanto outras vendem dinamite para seus turistas levarem para minas na Bolívia. Felizmente, o número de acidentes fatais entre este público é relativamente pequeno.
Veja os 10 tours mais insanos do mundo:
10. Zona de exclusão de Chernobyl
O desastre nuclear de Chernobyl aconteceu em 1986, mas a radiação do ar da cidade já é considerada segura o suficiente para passeios guiados para turistas que querem um gostinho de uma experiência pós-apocalipse .
Há muitas regras de segurança: o passeio é breve; ninguém deve comer, beber ou fumar ali; ninguém deve tocar em nenhuma superfície. Os visitantes também devem usar roupas que cobrem braços, pernas, e cintura, para proteger a maior superfície de pele possível.
O site da empresa que organiza o passeio afirma que os visitantes recebem um nível de radiação muito baixo, inferior ao recebido em uma viagem de avião. As rotas também são bem calculadas, e as áreas com maior radiação ficam de fora.
Mesmo assim, o risco não é zero, e a chance de entrar em contato com radiação suficiente para causar a síndrome aguda da radiação existe, especialmente quando os turistas não respeitam as regras de segurança.
9. Tour de raios
Algumas regiões do mundo são atingidas por mais raios que outras, e uma delas em especial é conhecida como a Capital dos Relâmpagos no mundo. Este lugar fica onde o rio Catatumbo desagua no lago Maracaibo, na Venezuela.
Ali, passeios magníficos levam turistas para conhecer as vilas locais e tours noturnos para ver os crocodilos, cobras e pássaros. Mas a estrela da festa é a chuva de raios que cai com frequência.
O maior perigo é deixar-se envolver pelo momento especial e esquecer de tomar os cuidados básicos para não morrer. A cidade pode receber mais de mil relâmpagos por hora, além de tonados e furacões. Os tornados surgem das tempestades de relâmpago, que acontecem no local em 260 dias por ano.
8. Tour de tornados
O reality show Storm Chasers (Caçadores de Tempestade) do Discovery Channel deixou muita gente com vontade de levar uma pedrada na testa. Cada vez mais gente quer chegar o mais perto possível da gigantesca coluna de vento. Este público tem crescido rapidamente: 12 empresas de turismo de tornado abriram na Alameda dos Tornados dos EUA, a região de planícies entre as Montanhas Rochosas e os Montes Apalaches.
Esse tipo de tour leva passageiros em um passeio inesquecível, mas arriscado. Mesmo profissionais experientes podem acabar em situações fatais, como a que três caçadores enfrentaram em uma tempestade em 2013 e que mais três passaram em 2017. Simplesmente não tem como garantir a segurança quando tornados velozes mudam de direção sem aviso prévio.
Esse tipo de turismo também tem irritado bombeiros e policiais dessas regiões, que têm que dividir as estradas com turistas quando eles gostariam que toda a população civil estivesse bem escondida no porão de casa.
7. Passeio de barco na lava
Ver a lava se arrastando rocha abaixo é uma experiência em tanto. Os diferentes tons de laranja e o brilho intenso atraem vários barcos de turismo no Havaí. Não é só o visual que é atrativo; os sons característicos e calor são únicos.
Claro que chegar muito perto da lava é perigosíssimo. Imagine estar preso em um barco quando as coisas dão errado. Turistas passaram muito medo em julho de 2018 quando uma explosão lançou pedras incandescentes em um barco, ferindo 23 pessoas e derretendo a cobertura dele.
Depois do incidente, a guarda-costeira atualizou as instruções de segurança, e a empresa continuou operando normalmente – depois de reformar o teto do barco, claro.
6. Zonas de guerra
Acredite ou não, mas existem empresas especializadas em levar turistas para zonas de guerras ativas. Há também a modalidade mais light, que é visitar zonas de conflitos que já se encerraram.
Nesses locais, os turistas podem vivenciar em primeira mão como é viver perto de edifícios detonados e com a possibilidade de ver algumas explosões.
Alguns tours acontecem no Iraque e em regiões conflituosas da África, e uma empresa chamada War Zone Tours já conduziu excursões em 50 países desde 1993.
Os guias são treinados em segurança, mas nem eles podem te proteger se um míssil cair em cima de vocês. Isso aconteceu em 2016, quando oito turistas quase morreram quando um míssil atingiu o ônibus deles no Afeganistão.
5. Bungee Jumping em rio infestado de crocodilos
Na véspera de Ano Novo de 2011, uma jovem australiana de 22 anos quase virou comida de crocodilo em um rio no Zimbábue. O elástico do bungee jumping de Erin Langworthy arrebentou e ela quebrou a clavícula e ficou com ferimentos pelo corpo inteiro por conta do impacto com a água. A ponte tinha 111 metros de altura em relação à água.
Depois, ela ainda teve que nadar com os pés amarrados para tentar fugir de uma queda d’água. O elástico ficou preso em uma das rochas e ela mesma conseguiu soltá-lo para escapar da água. Por mais impossível que esta situação pareça, ela saiu viva para contar história.
4. Vulcano boarding
Quem acha que descer com uma prancha na neve ou na areia está muito sem graça pode tentar escorregar nas cinzas vulcânicas. O cheiro não é lá muito agradável, e as cinzas vão entrar no seu nariz, olhos e ouvido, mas esta é uma experiência bastante singular.
O esporte foi criado oficialmente em 2004 pelo aventureiro australiano Daryn Webb.
Um ponto popular para praticar o esporte é no Cerro Negro, na Nicarágua. O vulcão mais jovem da América Central entrou em erupção pela última vez em 1999, e liberou bastante cinza. Ele surgiu em 1850, e já teve 20 erupções, sendo considerado o mais ativo da região.
Para chegar até lá, é preciso andar por uma hora em uma temperatura de 32°C , passando pertinho de crateras que cospem enxofre. Depois de chegar ao topo, cada um veste um macacão laranja de proteção e recebe uma prancha com reforço de metal.
3. Estrada da morte
A Estrada da Morte boliviana é bastante popular entre turistas que gostam de uma bike e de uma vista bonita. A estrada tem se tornado mais segura nos últimos anos, mas a descida de 64km é bastante estreita, cheia de curvas e com eventuais encontros com carros e vans.
Mais de 25 mil aventureiros descem a estrada de bicicleta por ano.
É muito importante pesquisar bem as empresas que oferecem o serviço, pois há uma enorme diferença entre elas. Procure as mais seguras, mesmo que sejam um pouco mais caras.
2. Caiaque com hipopótamos
Esta é uma aventura um tanto desnecessária. Andar de caiaque é ótimo. Ver hipopótamos de uma distância segura, também. Mas andar de caiaque no território desses bichões extremamente territoriais? Logo eles que são os grandes animais que mais matam na África? Esta opção existe no estuário St. Lucia, na África do Sul.
Esse tour não é conduzido em um ambiente controlado e está longe de ser considerado seguro. Os guias não escondem informações sobre os perigos da região, e cada um fecha o pacote por conta e risco. É preciso ficar alerta o tempo todo e manter mãos e pés longe da água. Não é nada incomum dar de cara com um hipopótamo que surge debaixo da água logo em frente à embarcação.
1. Usar dinamite em uma mina
É inacreditável que este tour sequer exista. Perto de Potosi, na Bolívia, há uma mina no morro de Cerro Rico, que é conhecida como A Montanha que Come Gente. Esta mina de prata já foi o local de descanso final de muitos mineradores.
Depois que todos se vestem com o macacão, capacete e botas fornecidos pela empresa responsável, o passeio de várias horas começa. Primeiro, o grupo é levado para a lojinha dos mineradores, onde podem comprar bebidas, cigarros e dinamite para oferecer para os trabalhadores que estão na mina.
O guia explica as orientações de segurança e avisa sobre os buracos e carrinhos de mina que serão encontrados pelo caminho. Então os turistas finalmente entram nos túneis. As condições lá dentro são péssimas: calor, poeira e escuridão.
As dinamites são oferecidas para os mineradores, que as detonam para que os visitantes possam experimentar o chão tremendo, as paredes sacodindo e poeira e pedrinhas caindo do teto.
Nos últimos anos, as condições da mina têm ficado cada vez mais instáveis. O morro tem afundado por conta da exploração descontrolada que aconteceu no passado distante. [ListVerse]