10 pessoas que sobreviveram na luta contra a natureza

Por , em 7.04.2012

O dia está convidativo, com um sol lindo lá fora. Daí você decide ir passear ao ar livre para aproveitar melhor esse dia perfeito. Faz uma mala com poucas coisas, já que não planeja ficar fora por tanto tempo, e chega ao seu destino equipado com uma garrafa de água, biscoitos, seu celular e seu MP3.

As horas passam rapidamente e, quando está na hora de ir embora, já que a noite se aproxima, você tropeça e cai de um morro de aproximadamente 15 metros. O incidente quebra uma de suas pernas e o deixa imóvel. Você naturalmente tenta pedir ajuda pelo celular, mas, como não há sinal, é tudo em vão. Suas provisões estão quase no fim e você sabe que não vai conseguir sobreviver por muito tempo. O que você faria? Confira 10 pessoas que não mediram esforços para sobreviver a situações extremas e inusitadas:

10 – Yossi Ghinsberg

Ghinsberg e outros três homens se aventuravam pela floresta amazônica para encontrar uma tribo isolada. O ambiente era extremamente desfavorável para um homem acostumado a cidades grandes e foi decisivo para que os nervos ficassem à flor da pele. O grupo acabou se separando. Ghinsberg ficou com Kevin, e Marcus preferiu continuar com Karl. Os primeiros pegaram uma jangada, mas perderam o controle perto de uma grande queda d’água e acabaram virando. Kevin conseguiu nadar até a margem do rio. Ghinsberg, porém, seguiu o caminho à cachoeira e ficou bem próximo de se afogar. Os 19 dias que se seguiram foram repletos de desafios para Ghinsberg. Ele sobreviveu a um encontro com uma onça, simplesmente fazendo de um spray de repelente de mosquitos um lança chamas. Enxames de cupins se hospedaram em partes da sua pele e de sua roupa, quando ele se urinou de exaustão. Além disso, quase caiu e se afogou em um pântano. Depois de passar por todos esses “testes”, ele foi encontrado por patrulhas organizadas por Kevin e alguns nativos. Marcus e Karl nunca foram vistos novamente.

9 – Steven Callahan

Steven Callahan partiu das Ilhas Canárias, arquipélago espanhol no oceano Atlântico, em um pequeno barco que ele mesmo tinha construído. Seis dias depois, o barco afundou, devido a uma colisão noturna com um objeto não identificado. Mais tarde, Callahan diria que se tratava de uma baleia. Ele escapou do barco e ficou em um pequeno bote, de aproximadamente 1,8 metros de comprimento. Callahan conseguiu sobreviver até o seu resgate, cerca de 76 dias depois. Durante esses quase três meses, ele teve de enfrentar tubarões, queimaduras do sol, buracos no bote, além de deteriorações físicas e agonia mental. Para se alimentar, ele pescou alguns peixes e capturou alguns pássaros. Mesmo assim, nosso sobrevivente perdeu um terço de seu peso normal. E mesmo quando seu bote começou a esvaziar, ele conseguiu mantê-lo boiando até o resgate achá-lo.

8 – Colby Coombs

Em junho de 1992, Colby Coombs e dois amigos estavam escalando o monte Foraker, no Alasca, Estados Unidos, que tem aproximadamente 5.100 metros. Uma avalanche repentina os pegou desprevenidos e os fez despencar de uma altura de 240 metros. Lá embaixo, o rio estava congelado e os dois amigos de Coombs não sobreviveram à queda. Ele teve contusões, fraturou o tornozelo, duas vértebras do pescoço e a omoplata. Os seis dias posteriores foram difíceis, pois, mesmo nesse estado, ele conseguiu andar 8 quilômetros, até achar um campo. Hoje em dia, Coombs ainda faz escaladas.

7 – Eric Le Marque

Eric Le Marque, membro da seleção olímpica francesa de hóquei, ficou perdido por sete dias nas montanhas de Sierra Nevada, nos Estados Unidos. Ao praticar snowboard, ele foi atingido por uma nevasca, que o tirou do caminho. Ele não obteve sucesso ao tentar achar o caminho de volta e passou a noite na floresta. Para comer, ele só tinha nozes. Para beber, foi preciso derreter a neve. E, para fazer seu abrigo, utilizou sua prancha de snowboard para cavar a neve. Porém, apesar de todo o esforço, ele foi pego pela hipotermia e ulcerações nos pés, causadas pelo frio, começaram a ficar roxas e pretas. Surpreendentemente, Le Marque usou seu MP3 para achar um sinal de rádio e usá-lo como uma bússola. Devido aos danos causados pelo frio, a maior parte de suas pernas tiveram de ser amputadas.

6 – Tami Oldham Ashcraft

Em 1983, Tami Oldham Ashcraft e seu namorado, Richard Sharp, saíram do Taiti para velejar até San Diego, nos Estados Unidos, quando algo inesperado ocorreu. Eles foram atingidos por um furacão de quarta categoria. As ondas alcançaram 15 metros de altura e os ventos sopraram a mais de 80 km/h. O barco acabou virando e Ashcraft ficou presa em baixo do deck. Vinte e sete horas depois, ela recuperou consciência e se deu conta de que Sharp estava desaparecido. Sozinha, em pleno mar aberto, tudo parecia perdido. Mas ela utilizou as estrelas para planejar uma rota em direção ao Havaí, que ficava a apenas 2 mil quilômetros de distância. Ela conseguiu racionar um pouco de comida, remendou um mastro e velejou. Tami chegou no Porto de Hilo depois de 41 dias.

5 – Ricky Megee

Ricky Megee parou para ajudar um casal, cujo carro estava com algum defeito. Mais tarde, acordou coberto por pedras e lama. Essa cova era para ser seu lugar de descanso final. Segundo Megee, ele havia sido drogado e roubado pelo casal. Megee ficou subnutrido por aproximadamente dois meses e começou a sofrer o processo de inanição. Sua dieta consistia em sanguessugas, lagartixas, insetos, sapos e cobras. Essa situação limite o levou a tomar sua própria urina, quando ele não achava poças de chuva para beber. Antes do incidente, ele pesava 104 quilogramas. Depois, chegou a pesar cerca de 47 kg. O homem que o encontrou o descreveu como um esqueleto ambulante.

4 -Aron Ralston

Você amputaria o seu próprio braço com uma faca cega para sobreviver? Aron Ralston fez isso. Em maio de 2003, uma grande pedra, com mais de 300 quilos, caiu sobre seu braço e o prendeu em um cânion de Utah, nos Estados Unidos. Depois de cinco dias sem comida e sem água, Ralston tomou algumas decisões desesperadas para assegurar sua sobrevivência. Ele usou a pedra para quebrar seus ossos do braço e utilizou uma pequena faca para cortar seus tendões e músculos. O processo durou cerca de uma hora e o libertou da grande pedra. Ele desceu pela parede de pedras, que tinha cerca de 19 metros, e conseguiu chegar até seu carro. O filme “127 horas”, baseado nessa história, foi feito em 2010.

3 – Bethany Hamilton

Em uma manhã de novembro de 2003, Bethany Hamilton foi surfar na praia de Makau, no Havaí. Na época, ela tinha 13 anos e era uma surfista competitiva. Ela estava nadando em sua prancha, deitada e movimentando os braços, quando um tubarão tigre a atacou. O braço esquerdo da garota foi arrancado logo abaixo do ombro. Ao invés de entrar em pânico, Hamilton remou até seus colegas com o braço que lhe restava. Ao mesmo tempo, ela também alertou os outros sobre a presença do tubarão. Apesar do ocorrido, Hamilton voltou a surfar um mês depois do incidente.

2 -James Morrow

James Morrow, 45, já esteve onde poucos gostariam de estar: dentro da boca de jacarés furiosos. Morrow estava mergulhando na Flórida, nos Estados Unidos, quando um jacaré o agarrou pela garganta e o balançou violentamente por 20 segundos, antes de libertá-lo. Ele foi resgatado por colegas, mas as presas do jacaré perfuraram seu peito e destruíram um de seus pulmões. Cicatrizes ainda são visíveis e sua máscara de mergulho foi o que evitou ferimentos mais graves, como ter um olho perfurado.

1 – Kootoo Shaw

Guia de caça, Shaw estava em Winsconsin, Estados Unidos, auxiliando um grupo de caçadores. Eles já estavam há três dias caçando e, quando Shaw estava dormindo em sua barraca, um urso polar resolveu atacá-lo. “Ele deixou suas patas sobre o meu pescoço por um bom tempo”, relembra Shaw. “Eu podia sentir sua respiração, e ele começou a pular sobre mim”. Outro caçador atirou e matou o urso. Essa experiência produziu numerosas mordidas e inúmeros arranhões em Shaw, que precisou de aproximadamente 300 pontos para reatar seu couro cabeludo ao crânio.[Listverse]

26 comentários

  • tks:

    E o caso da Deise Nishimura? Poderiam colocar aqui, tudo bem ela enfrentou um jacare… mas é um caso bem próximo. PEsquisem, é interessante sobre esse mesmo tema.

  • goreti:

    Nossa que pessoas corajosas… adorei essa matéria.

  • Ronald Moura:

    Gostei muito da matéria! Incrível a coragem e determinação para viver dessas pessoas. Confesso que fiquei chocado por saber que o homem é capaz até mesmo de se auto-mutilar para poder sobreviver, não sei se eu seria capaz de fazer isso comigo e também nem quero descobrir.

  • Alberto Júnior:

    Sinceramente o homem vive segundo o seu ambiente e segundo aquilo que cria sistema de segurança e alojamento, tirando o senhor que quis ajudar o casal os outros tem ter em consciência quando vamos no ambiente dos outros devemos nos proteger e saber que somos estranhos,concluindo resumindo devemos respeitar os ambiente dos outros e Amar o nosso .ok

  • Le0nard0:

    Essas Histórias São de Arrepiar =o

  • Miguel:

    Invejo a força de todas essas pessoas! Honestamente, acho que se me encontrasse em semelhantes situações o mais provável era acabar por morrer à fome, à sede ou atacado por algum animal!

  • Eduardo Barros Leal:

    Os animais atacam quando invadem seu habitat, já os humanos atacam por prazer e maldade.

  • Jonatas:

    Nenhum desses sobreviventes se compara ao Coiote que tenta pegar o papa-léguas.
    Brincadeira…
    Quando numa situação como essas que conhecemos na reportagem, estamos na mesma situação que animais enfrentam ou podem enfrentar diariamente, a natureza é uma constante luta pela sobrevivência, a diferença é que esquecemos como se vive lá, e sobreviver é de fato uma grande vitória e experiência de vida marcante.
    Me lembro do filme que vi nesse fim de semana totalmente show de bola chamado Instinto, que conta a história de um antropólogo que vai à África estudar uma família de Gorilas, os gorilas por sua vez começam a se acostumar com sua presença perto deles, e aos poucos o aceitam como parte do bando. Ele abandona seus equipamentos e passa a conviver como parte de seu próprio estudo, comendo e vivendo como membro da família, tendo inclusive a proteção do líder do bando (os gorilas líderes são muito zelosos por todos os componentes do seu grupo), até que caçadores atacam e matam os animais. Então ele é preso, e sua sobrevivência entre humanos é muito mais difícil do que aquela entre os símios.

  • magoado:

    Mas mesmo assim é preferivel morar com os bichos do que, com certas pessoas…!!!

  • DEMOLIDOR ALVIVERDE:

    E NÓS BRASILEIROS E QUE ENFRENTAMOS A VIOLENCIA A FOME E A INFIDELIDADE DOS POLITICOS
    ONDE ENTRAMOS NESSE PLACAR AI???

    • Andhros:

      hmmm… deve entrar na sub-categoria: Pessoas que sobrevivem a luta contra a “natureza humana”.

  • shauri:

    esses são os verdadeiros “super-Heróis”

  • tainã:

    fui procurar a historia do 5, q nao tinha nada explicado =/ . ai esta http://www.rickymegee.com/index.php

    • Someone:

      Obrigado, eu também achei que o número 5 estava faltando explicação e iria atrás logo em seguida.

  • reginia maria da silva:

    Boa tarde para mim além de todos os meios que encontramos para sobreviver a um acidente´para mim existe a hora e se não for a gente escapa,acredito nisso porque sei que existe ,uma força maior que podemos chamar de DEUS ,quem deles não rezou nessa hora.

    • Eduardo:

      Então quando um bandido assalta uma pessoa e atira bem na cara dela, matando-a na hora, é porque chegou a hora? Sendo assim, porque tratamos o cara como criminoso, uma vez que ele fez a vontade de Deus? – despachar a pessoa na ‘hora marcada’ dela? Senhores magistrados, políticos e autoridades em geral: Soltemos esses “missionários” por favor!

    • Senam:

      Valeu mesmo. Toommaa

  • Sebastião I M Riêra:

    Não invejo o sofrimento físico de nenhum deles, porém admiro a coragem e persistência de todos.
    Já as experiências e visão do mundo após os acontecimentos, de todos, invejo, pois devem ser extraordinárias para o entendimento de muitas coisas, que estão muito além de vivências restritas.

  • Marhya:

    Nessa história o urso foi a criatura mais inocente, se ele quisesse ter o matado, teria feito no primeiro instante…o ato de ele ter deixado a pata sobre o pescoço do cara queria simplesmente dizer:” É assim que me sinto quando vocês estão aqui, ameaçando minha vida e as de quem eu amo” como um ato de suplica se o urso pudesse falar ele diria: “Apenas deixem-nos em paz, assim como vocês, também temos direito de viver”…

  • Carlos:

    Ursos polares em Winsconsin ?

    Pouca chance. Urso pardo sim.

    • jose ajosilaudof eliciano mendes:

      antes de tudo para sobreviver é preciso não querer morrer,se aceitar a morte pacificamente,ai não luta para sobreviver, e a tendencia do ser humano normal é não aceitat a morte pacificamente.

  • Walter:

    É gente o mundo é cão ,sobreviver exige coragem,lucides ,determinação e raciocínio ,e muita lógica ,desafiar e enfrentar situações é o elixir da vida ,achei o caso de Ricky Megee ,não passei pela situação do mesmo mas a lição do fato nos adverte que devemos sempre confiar desconfiando,quanto a tomar urina já o fiz em um caso extremo de sobrevivência,e comi até minhocas e larvas de besouros pra sobreviver …

  • Aba:

    Merecido o último.

    • Paulo Trin Junior:

      Pena que o urso foi abatido.

    • Guilherme Euripedes:

      Nem sabem se era uma caça esportiva ou de sobrevivência e já vão julgando…

  • killo:

    ricky megee,esse é foda.
    nao da pra confiar em ninguem mesmo.parou pra ajudar e se fuuu.

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