O menino que aproveitou o vento: uma história de superação

Por , em 26.10.2009

Motivado a melhorar a realidade do povoado em que vive, William Kamkwamba se tornou exemplo de persistência no Malauí, país onde nasceu. Aos 14 anos, depois de ter interrompido os estudos porque sua família não tinha os 80 dólares anuais para a taxa de matrícula, ele decidiu passar seus dias estudando na biblioteca local. Lá ele encontrou o livro “Using energy” – que descrevia como os moinhos de ventos podem ser utilizados para gerar eletricidade. Para ele, um moinho de vento significava mais que o poder, mas sim a liberdade, pois sua casa e as outras em sua vila poderiam ter iluminação, possibilitando que as pessoas pudessem ler à noite, após o trabalho. Outras vantagens foram que um moinho poderia bombear a água, fazendo com que o número de colheitas aumentasse e que existisse o bombeamento de água para as casas.

William buscou em latas de lixo materiais que poderia usar para construir seu moinho de vento. Com apenas um par de chaves-inglesas e sem recursos para adquirir até mesmo porcas e parafusos, coletou materiais que as pessoas considerariam sem serventia: pedaços de canos PVC, uma hélice de ventilador de trator e uma bicicleta quebrada. Com eles, construiu um gerador de energia eólica. Para o ferro de solda, utilizou um fio rígido aquecido no fogo. Um raio curvado de bicicleta serviu como adaptador para suas chaves inglesas.

Após terminar seu primeiro moinho de vento, William equipou sua casa com quatro lâmpadas elétricas e dois rádios, instalou interruptores feitos de sandálias de borracha e instalou um disjuntor para evitar que o telhado de palha de sua casa pegasse fogo. Seu projeto não chamou a atenção apenas dos moradores da vila, mas também de autoridades do mundo inteiro. Ele foi convidado para apresentar seu trabalho na Technology Entertainment Design, na Tanzânia. Hoje, aos 22 anos, estuda na renomada Universidade de Joanesburgo, onde conseguiu uma bolsa de estudos.

Sua comovente história pode ser encontrada no livro “The Boy Who Harnessed the Wind” (“O Menino Que Coletou o Vento”, em tradução livre), do jornalista Bryan Mealer. [Gizmodo]

11 comentários

  • Valdeir:

    Com certeza ele não teve aula com pedagogas.

    Aqui no Brasil também com certeza acharíamos milhares de crianças com super criatividade, mas que, depois que vão a “escola” ficam embotados, burocratizados, agressivos, sem gosto musical.

    Colocar uma criança na escola do Brasil é um crime contra a inteligência.

  • Eh Nois:

    Gosto muito dos artigos deste site e esta de parabéns!
    So uma coisa para o pessoal que comentam.. Vocês não estudam? ou escrevem errado de propósito?? Vá estudar o Português que esta feia a coisa ehm….

    • claudiohagra:

      a palavra “esta” está faltando o acento agudo, o correto seria “está”!

  • Luiza:

    Olha que legal esta reportagem. O complemento dela está em

    http://gizmodo.com/5370752/the-boy-who-harnessed-the-wind-persistence-jury+rigging-and-ingenuity-against-all-odds

  • Joakim Antonio:

    Muito boa, isso é superação e exemplo, quando se quer muito algo e se corre atráz você consegue.

    Parabéns pelo post.!

  • Felipe:

    A necessidade e a força de vontade, essa sim , pode mover montanhas!

  • Eduardo:

    E incriveu com um pocou de esforço força de vontade o que o homem pode fazer

  • ira:

    Srs,
    assim como muitas reportagens de interesse público e social,sempre disponibilizado por este SITE,(que diga-se de passagem)é merecedor de elogios por suas matérias divulgadas
    sempre no interresse da coletividade humana,mais uma vez aí esta uma amostra do que significa pesquiza.
    Sim,pesquiza é tudo aquilo que sonhamos ou idealizamos tentando produzir algo de concreto e que principalmente traga beneficios aos moradores deste planeta (no seu todo) de um modo geral,ou seja, para qualquer gênero da atividade humana,animal,vegetal,mineral desde que possamos a cada dia dar um pequeno passo na escala da evolução.
    Esta materia mostra o porque da necessidade de todos os governos investirem em pesquiza,pois todos sabemos que a mente humana é pródiga em sonhos e idealizações,mas infelismente a classe mais sofrida é ignorada pela maioria dos governos que somente olham as classes mais abastadas que ja são detentoras de muitos privilégios,em detrimento daqueles que tem a ideia mas falta o incentivo social monetário e governamental.
    Talvez o 3º milenio esclareça algumas cabeças e comecem a investir monerariamente na pesquiza em todos os quadrantes de nosso planeta,principalmente nos mais remotos e distantes lugares que,ainda são ignorados e desconhecidos da siciedade atual.
    As ideias estão aí e estão aos milhares,o que quer dizer,a meteria prima existe o que falta é a boa vontade em investimento.

  • Jnicolau:

    ESSE RAPAZ DEMONSTROU QUE TUDO É POSSÍVEL… GRANDE WILLIAM DA PÁTRIA MÃE…

  • malu:

    Acredito que a necessidade é a mãe de muitas invenções, é ela que desperta a criatividade nas pessoas que desejam principalmente o bem comum. Linda postagem!

  • Bovidino:

    Finalmente uma estória digna de registro. Parabens.

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