Outras pessoas te conhecem melhor do que você se conhece

Por , em 9.03.2010

Sabe aquela história do “conhece-te a ti mesmo”? Segundo um estudo, outras pessoas te conhecem melhor do que você se conhece.

Os pesquisadores acham que, enquanto você pode conhecer seus traços “internos” como ansiedade, seus amigos e até mesmo estranhos conseguem medir melhor sua inteligência e criatividade.

No estudo, 165 voluntários participaram de diferentes tarefas. Eles passaram por um teste de QI, depois formaram grupos de discussão e, por fim, fizeram um teste de stress chamado Trier (os participantes deveriam abordar um tema desagradável como “o que não gosto sobre meu corpo” em uma pequena palestra de dois minutos numa sala abarrotada de gente). Além disso, os voluntários preencheram um formulário sobre si mesmos e sobre alguns outros participantes sobre suas personalidades.

A pesquisa mostrou que temos dificuldade em analisar coisas sobre nós mesmos que são desejáveis ou não. Todos queremos parecer bonitos e legais, mas não conseguimos medir isso precisamente em nós mesmos como as pessoas que nos cercam. Também conseguimos analisar a inteligência dos outros, mas não a nossa. De acordo com os cientistas é fácil admitir que seu amigo talvez não seja uma pessoa muito inteligente, mas já não é fácil admitir isso sobre nós mesmos.

Saber se você é uma pessoa bonita também não é fácil. Olhamos para o espelho várias vezes por dia, mas não é o mesmo do que olhar para a foto de outra pessoa. É muito mais fácil julgar a beleza alheia.

Segundo os pesquisadores é porque damos mais atenção aos nossos pensamentos do que as nossas próprias ações. Se nos achamos amistosos e nos dizem o contrário, prestaremos mais atenção nas ações do que normalmente faríamos, mas sem esse “aviso” criamos uma espécie de idéia da nossa própria personalidade que nem sempre está certa. [Scientific Blogging]

9 comentários

  • Tchuco:

    Concordo com o JUMENTO.
    Nós somos incapazes de julgar o outro sem nos projetarmos nele. Sempre que identificamos alguma característica em alguém, é por que estamos vendo na pessoa algo que gá dentro de nós. Ou no caso de achar alguém inteligente, é só por que a pessoa faz algo que não não desenvolvemos a capacidade de fazer. Simples.

    • Filipe Freitas:

      Sempre é uma constatação muito tchuca. As vezes nos projetamos, outras vezes apenas identificamos algo, mesmo não possuindo tal traço.

  • Erich S. Calicchio:

    O artigo diz que prestamos mais atenção aos nossos pensamentos do que as nossas próprias ações.

    Poderia ficar melhor dizendo que prestamos mais atenção a nossas deficiências, e assim não conseguimos enxergar a verdade sobre nós mesmos, porque é difícil e exige esforço.

    Devemos primeiramente identificar os pensamentos bons dos ruins, os que atrapalham nossa conduta e nossa forma de conceber a vida.

    Fomos ensinados desde o berço (ou até antes) a viver uma vida para fora, para o externo, e não é difícil de ver este reflexo em nossas ações.

    Vivemos nossa vida comparando-a ao dos demais, e não olhamos para dentro e vemos realmente que tipo de vida queremos ter.

    Se meu vizinho tem um carro melhor que o meu, instantaneamente passo a criticar meu carro e sonho com um melhor que o dele. Mas nunca parei para refletir se preciso mesmo de um outro carro.

    Enquanto não declararmos estado de sítio em nossa mente, e primeiramente identificando os pensamentos que a habitam e depois fazendo uma seleção para deixar apenas os bons, os que me auxiliarão a viver uma vida realmente elevada, estaremos fadados a viver esta vida estéril e para fora.

    Erich

  • Cláudia de Lima Bandeira:

    Só poderemos saber um pouco mais de nós mesmos quando pararmos para sentir isso. Precisamos, em primeiro lugar, identificar nossos sentimentos: orgulho, inveja, ciúme, preconceito… É claro que temos de tudo um pouco, temos sentimentos que não podemos dominar, mas já podemos definir se pararmos para pensar em nós mesmos. Potanto, é bom ir treinando a identificação de sentimentos, mais tarde sofreremos menos se soubermos dominá-los.

  • JUMENTO:

    “Observamos Fora o que temos por Dentro”.
    Se cada um destes voluntários começassem a ver isso, talvez teriam outra opinião. Olhamos para uma outra pessoa e fazemos nosso julgamento baseado em nós como ponto de referencia tipo:
    “Fulano é inteligente”. Só porque ele é capaz de fazer algo que eu ainda não descobri que posso, isso não quer dizer que ele seja mais inteligente que eu… e o que eu faço que ele tbm não seria capaz de fazer?.

    “Ciclana é chata”. Será que é a “ciclana” que é chata ou eu tenho traços de chatisse (ou mesmo posso ser um chato) e estou identificando isso nela…???.

    Comunicamos ao mundo o que somos sem que possamos perceber.

  • Ruben Zevallos Jr.:

    Já observei que muitas vezes falo ou faço algo que não pensei… amigos já comentaram que falei uma coisa diferente do que pensei… acho SUPER estranho, inclusive fui ao médico para saber se tinha algum problema… e ele informou que isso é normal… será que não me conheço como eu imaginava?

  • alexandra bergamaschi:

    Enxergamos em nós somente coisas boas, dificilmente veremos nosso lado ruim que não é admitido nem na frente de um espelho,não gostamos que as pessoas nos digam que tomamos atitudes erradas,mesmo quando a fazemos…Veja como exemplo no final de um relacionamento,geralmente colocamos a culpa na outra pessoa,não paramos e refletimos sobre nossa culpa, se agimos corretamente,se fomos legais,,,se a minha personalidade forte não teve um grande parte de culpa….Isso porque o ideal é ser querido,admirado pelas pessoas,,,eleva nosso ego…nos faz ser aceito…Admitir nossos defeitos não é facil….

    • Daaniel Caarlos Coelho:

      Opa! Vc não pode falar por todos, já estou “vacinado” com a verdade e não exito mais em à falar.
      Evoluir, algo que sempre procuro.

    • Filipe Freitas:

      É verdade, e como tem gente assim! hehehehe

Deixe seu comentário!