6 catástrofes cósmicas que poderiam acabar com a vida na Terra

Por , em 2.02.2017

Depois da atualização do tempo restante no Relógio do Fim do mundo feita pelos cientistas do Conselho de Ciência e Segurança do Boletim dos Cientistas Atômicos na última semana de janeiro, a maior preocupação da população mundial quanto ao futuro da raça humana está relacionada ao aquecimento global e às armas atômicas. Mas e se conseguirmos superar estes problemas “internos”, isso significa que estaremos a salvo?

A verdade é que sustentar a vida em um universo tão cheio de ameaças quanto o nosso não é um feito simples. Estamos correndo riscos por todos os lados, e há várias formas da vida na Terra acabar. Confira seis delas:

6. Erupção solar


O nosso Sol não é uma estrela tão tranquila quanto parece. Ele cria fortes campos magnéticos que geram impressionantes manchas solares, algumas vezes maiores que a Terra. O Sol também libera uma corrente de partículas e radiação chamada vento solar, que quando está dentro da normalidade gera as belas auroras boreal e austral. Mas quando está muito forte causa problemas nos sistemas de comunicação e de fornecimento de energia na Terra.

Em 1859 aconteceu o Evento Carrington, uma poderosa tempestade solar que atingiu a Terra mas que não foi muito sentida porque ainda não dependíamos de energia elétrica em nossas atividades. Em 2012 uma tempestade semelhante passou perto do planeta, sem nos atingir. Mas existe uma chance de 12% de um evento parecido atingir a Terra até 2022.

Se uma tempestade deste tamanho atingisse a Terra hoje, ficaríamos praticamente sem comunicação, GPS e internet. Também sofreríamos com a perda de alimentos e remédios que têm que ser mantidos refrigerados, entre outros problemas sérios. Isso não nos mataria, mas seria um desafio enorme a ser contornado.

5. Impacto de asteroide


Conhecemos muito bem o perigo que o impacto de um asteroide representa para a humanidade. Pesquisas recentes nos mostram quantos asteroides e cometas estão passeando ao nosso redor no Sistema Solar.

Enquanto a NASA tem um programa de proteção contra pequenos asteroides, ficaríamos de mãos atadas em relação a maiores. Estes podem não destruir o planeta completamente, mas assim como aconteceu com os dinossauros, podem acabar com inúmeras espécies, entre elas a dos seres humanos.

4. Sol expansivo


Sabemos com certeza que o Sol deve morrer em 7,72 bilhões de anos. Mas antes disso, ele vai inchar, engolir Mercúrio e Vênus e aquecer muito o Sistema Solar, mais tarde se tornando uma anã branca. Quando a estrela engolir os dois planetas, haverá um vento solar fortíssimo que vai diminuir a velocidade da translação da Terra, e nosso planeta vai acabar se aproximando do Sol e derretendo.

3. Explosão de raios gama


Poderosas explosões de raio gama podem ser causados por sistema binários de estrelas (duas estrelas que orbitam o mesmo centro) e supernovas. Essas explosões de energia poderiam destruir nossa camada de ozônio, deixando a vida vulnerável à radiação do Sol.

Astrônomos descobriram um sistema chamado WR104 que poderia causar um evento destes. Ele fica entre 5.200 e 7.500 anos-luz de distância de nós, e não sabemos quando uma explosão pode acontecer.

2. Explosões de supernovas


Explosões de supernovas, que acontecem quando uma estrela atinge o fim de sua vida, ocorrem em média uma ou duas vezes a cada 100 anos na Via Láctea. Elas ocorrem mais na região mais densa da galáxia.

Podemos esperar uma supernova em breve? A estrela Betelgeuse, uma gigante vermelha na constelação de Orion está a apenas 460-650 anos-luz de nós. Ela pode se tornar uma supernova a qualquer momento entre agora e o próximo um milhão de anos. A boa notícia é que astrônomos estimam que uma supernova teria que estar a menos de 50 anos-luz de nós para que sua radiação cause danos na camada de ozônio da Terra. Então parece que esta estrela em particular não deve nos causar problemas.

1. Estrelas em movimento

Enquanto isso, estrelas em movimento que têm trajetória passando pela Via Láctea podem se aproximar tanto do Sol que poderiam interagir com a nuvem de Oort, que fica na beirada do sistema solar e que é a fonte de nossos cometas. Isso poderia interferir nas trajetórias dos cometas, que por sua vez poderiam atingir a Terra.

O Sol segue um caminho na Via Láctea que nos conduz para áreas mais ou menos densas. Neste momento estamos em uma bolha menos densa criada por uma supernova. O vento solar e campo magnético ajudam a criar regiões de proteção que cercam nosso sistema solar. Quando deixarmos esta região em 20 mil a 50 mil anos, essa proteção poderia ser menos eficaz, expondo a Terra. Isso poderia mudar tanto o clima na Terra que a humanidade provavelmente não resistiria.

A vida continua

Mesmo que a vida humana na Terra acabe, isso não significa que a vida na Terra vai acabar também. Ter esta consciência não é uma coisa ruim. Pelo contrário, assim como sabemos que todo ser vivo que nasce vai obrigatoriamente morrer algum dia, sabemos que a humanidade também é finita. É essa ciência que nos define e nos faz tentar aproveitar ao máximo nosso tempo por aqui. [Live Science]

1 comentário

  • Tibulace:

    SE tivermos mais alguns milênios, como SOCIEDADE TECNOLÓGICA, ininterrupta, seremos difíceis de erradicar.Somos mais resistentes, q baratas!

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