10 frases insanas escritas por Napoleão Bonaparte em cartas de amor

Por , em 13.03.2018

Quem nunca mandou uma mensagem de texto um pouco exaltada ao “mozão” quando ele ou ela demorou demais para responder, dizendo coisas como “Odeio você, insensível”?

Pois Napoleão Bonaparte tinha sua própria versão dessa histérica briga de amor do século 18.

O imperador pode ter conquistado grande parte do mundo, mas não passava de um menino apaixonado perto de sua mulher, Josefina de Beauharnais.

As cartas de amor que Napoleão escreveu para ela durante sua vida são famosas e, quando as lemos hoje, se assemelham aos e-mails, textos e mensagens de voz desesperados e patéticos que casais de todos os cantos trocam.

Mas é como disse o maravilhoso poeta português Fernando Pessoa, sob o heterônimo Álvaro de Campos: “Todas as cartas de amor são ridículas, não seriam cartas de amor se não fossem ridículas” (…) “Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas”.

Observação: Os trechos abaixo foram traduzidos livremente do inglês, conforme publicados no portal Mental Floss.

1. “EU DETESTO VOCÊ”

Em uma carta a Josefina, poucos meses depois de se casarem, Napoleão escreveu: “Eu não te amo, nem um pouco; pelo contrário, eu detesto você – você é uma vaca perversa, palerma e tola”.

E essa foi apenas a primeira frase!

2. “EU ESPERO TE APERTAR EM MEUS BRAÇOS EM BREVE”

Aposto que você também já se descontrolou e se arrependeu logo em seguida, como Napoleão, que terminou a mesma carta dizendo: “Espero te apertar nos meus braços em breve e te cobrir com um milhão de beijos queimando como se debaixo do equador”.

Ui!

3. “UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO, E OUTRO MUITO MAIS EMBAIXO”

Em abril de 1796, Napoleão implorou a Josefina para que fosse até ele em Milão, quando escreveu: “Eu devo estar sozinho e longe, muito longe. Mas você está vindo, não é? Você estará aqui ao meu lado, em meus braços, no meu peito, na minha boca? Voe e venha, venha… Um beijo em seu coração, e outro muito mais embaixo, muito mais embaixo!”

É o sexting do século 18.

4. “SEUS LÁGRIMAS ME ROUBAM A RAZÃO”

Em julho de 1796, a saudade ainda não passou e Napoleão se torna mais pegajoso: “Suas lágrimas me roubam a razão e inflamam meu sangue. Acredite-me que não está no meu poder ter um único pensamento que não seja de ti, ou um desejo que não possa revelar-te”.

Meio exagerado, não?

5. “VOCÊ É MALVADA E PERVERSA, MUITO PERVERSA”

“Eu escrevo a você, minha amada, muitas vezes, e você escreve muito pouco. Você é malvada e perversa, muito perversa, tanto quanto você é instável. É infiel enganar um pobre marido, um amante terno!”

Agora, o marido ciumento está em plena ascensão, se fazendo de coitado em um insuportável jogo de manipulação emocional.

6. “SEM SUA JOSEFINA… O QUE PODE FAZER?”

Mas Napoleão não pode parar, e continua insistindo que não é nada sem ela. Extremamente dramático, fala sobre si próprio em terceira pessoa: “Sem a sua Josefina, sem a garantia de seu amor, o que restará para ele na Terra? O que ele pode fazer?”

O que restará? Que tal quase toda a Europa? Nessa época, Napoleão já era imperador de grande parte do continente.

7. “VOCÊ NÃO AMA SEU MARIDO”

Aparentemente, Josefina não respondeu Napoleão, e ele enlouqueceu de vez. Eu entendo o lado do imperador, mas também compreendo o de Josefina, afinal, Napoleão estava forçando bastante a barra: “Você não me escreve de forma alguma; você não ama seu marido; você sabe quão feliz suas cartas o deixam, e você não escreve seis linhas de bobagem…”.

Por favor, Josefina, o que custa enviar seis linhas de “Tá legal, Napoleão, obrigada por me tratar como o centro de sua felicidade, por aqui tem chovido bastante”?

8. “QUÃO FELIZ EU SERIA SE PUDESSE TE AJUDAR A SE DESPIR”

Tendo resposta ou não, Napoleão não se aguentou e retornou às mensagens provocantes: “Quão feliz eu seria se pudesse ajudá-la a se despir, o pequeno peito branco firme, o rosto adorável, o cabelo amarrado em um lenço a la creole”.

9. “ADEUS, ADORÁVEL JOSEFINA”

Nesta carta, Napoleão diz que “surpreenderá” Josefina um dia: “Adeus, adorável Josefina; uma dessas noites sua porta se abrirá com um grande barulho; como uma pessoa ciumenta, e você me encontrará em seus braços”.

Ameaçador, hein?

10. “O VÉU ESTÁ RASGADO”

Napoleão escreveu ao seu irmão para contar que estava apaixonado por Josefina: “O véu está rasgado… É triste quando um e o mesmo coração está rasgado por sentimentos tão conflitantes por uma pessoa… Preciso estar sozinho. Estou cansado de grandeza, todos os meus sentimentos se secaram. Eu não me importo mais com minha glória. Aos 29, eu esgotei tudo”.

Esta carta é especialmente constrangedora porque os britânicos a interceptaram e a publicaram em todos os jornais, como aquele professor que leu seu bilhetinho em voz alta na sala de aula para te ensinar uma lição. [MentalFloss]

1 comentário

  • Beatriz Ferraz:

    Quem escreveu e um tolo ou nunca recebeu uma carta de amor,são lindas as cartas do corso

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