A China não quer parar de crescer
Três décadas de crescimento econômico, concentrado ao longo da costa em franca expansão, foi o principal fator que atraiu milhões de chineses empobrecidos das zonas rurais para as urbanas nos últimos anos. Essa grande migração – sem precedentes na história humana – levou 46 cidades chinesas a marca de mais de 1 milhão de habitantes.
E este é apenas o começo. Atualmente, apenas cerca de 40% da população chinesa vive em cidades. Nos Estados Unidos, esta marca foi atingida em 1885. A estimativa é a de que outros 350 milhões de chineses vão se mudar para as zonas urbanas até 2025, chegando assim, a faixa do bilhão.
Acomodar tantas pessoas no país não vai ser uma tarefa fácil. Será necessário o desenvolvimento em uma escala que o mundo nunca viu antes.
Para dar um exemplo da dimensão que isso pode atingir, basta analisar o passado recente do país. Nos primeiros 20 anos da revolução econômica da China, iniciada em 1970, foram construídos 70 bilhões de metros quadrados de novas habitações, o que equivale a mais de 150 milhões de apartamentos de tamanho médio. Se em Xangai não havia arranha-céus até 1980, hoje a cidade tem o dobro da quantidade que existe em Nova York.
Entretanto, se a revolução urbana chinesa tem construído muito, tem destruído bastante também. Grandes tesouros da história da China – e da humanidade – vêm sendo destruídos. Em seu lugar, são instaladas rodovias e novos pontos turísticos, entre outros investimentos mais lucráveis.
Além disso, o desenvolvimento da China tem deslocado mais pessoas do que qualquer nação em tempos de paz. Os novos projetos de habitação, só em Xangai, deslocaram mais moradores do que em 30 anos da renovação urbana dos Estados Unidos.
As cidades chinesas não estão crescendo apenas para cima. Com o avanço na zona rural, as paisagens desses lugares estão cada vez mais alteradas. Essa expansão devorou cerca de 45 mil quilômetros quadrados de terra produtiva nas últimas três décadas, quase metade da área do Reino Unido.
E o crescimento da China não se restringe à habitação. O número de carros no país é cada vez maior. O mercado de automóvel chinês já ultrapassa o americano. Com isso, a China está se tornando uma nação de motoristas.
Com o crescimento chinês, também surgem diversos problemas conhecidos das superpotências, como o impacto ambiental gerado com o crescimento do consumismo. Mas a China já está se preparando para isso.
O país está construindo mais transporte público do que qualquer outro país e está bem à frente dos EUA no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e energias limpas como a solar e a eólica.
Entre 2005 e 2009, a China investiu cerca de 21 bilhões de reais nas energias renováveis, quase o dobro dos Estados Unidos. A China pode aprender a dirigir, comer e consumir como o Ocidente. Mas nós ainda temos muito a aprender com ela, e quem sabe, ter ideias de como salvar o planeta, aliando desenvolvimento e sustentabilidade. [BBC]
12 comentários
os chineses com suas tecnologias. e a facilidade de comercio de seus produtos . vao levar varias firmas a falencia. dai vamos ver como os produtos deleles vao se valorizados,,devemos coomprar produtos de fabricacao nacional para encentivar e estimular o comercio de nosso pais. para termos emprego daqui a alguns anos
Crise tem aqui no teu pais chamado Brasil, com o PT roubando e tu falando dos outros… A China tera o maior PIB do mundo ate 2020, depois nunca mais sera alcançada!!! E os outros o que tem pela frente???
Um grande império nasceu, um império capaz de colocar qualquer país de joelhos. Tenho medo, será que conseguirão manter-se apenas em seu território?
Acredito que é mais uma ameaça como Eua, Rússia, e etc. Os nazistas, primeiro, organizaram a Alemanha, fortaleceram a econômia, fizeram um grande exército e depois tentaram Dominar o Mundo.
Nada contra os chineses, mas tenho medo.
Bom Hugo,se eles se planejam, isso já é alguma coisa, pois a TV aqui mostrou o caos do trãnsito, pois eles passaram da bicicleta para o maior consumidor de automóveis do mundo.
Te garanto que o trânsito de Beijing e Shanghai são muuuuito melhores que o daqui de Salvador, e olhe que o daqui ainda é muito melhor que o de São Paulo e outra metrópoles do Brasil.
Quem vê de perto o desenvolvimento deles não tem a menor dúvida que eles serão a maior potência mundial, e não só economicamente.
E os outros paises tem caos no transito porque??? Para de falar asneira!!!
Quero ver alimentar toda essa gente…talvez comprem a Rússia para plantar arroz… se bem que eles comem de tudo né? Só espero que não virem canibais senão, vão literalmente, engolir o mundo!!!!!
A China tem a maior população do mundo enquanto o Brasil tem a maior quantidade de terras aráveis do mundo.
Por que você acha que se dão tão bem? Por isso são ditas economias complementares.
Os chineses são tão inteligente, que aprendem Inglês para vender seus produtos…
Agora vai reclamar: caso o produto venha com defeito, no setor de reclamações só tem gente que fala MADARIN, até nisso eles pensaram!!!
Abraço
Trabalhei num estaleiro da China numa cidade chamada Haiyang. Vários condomínios com uns 50 prédios, todos bem altos (uns 15-20 andares), pistas com 4 faixas em cada sentido, mercados imensos, mas quase ninguém na cidade. Parecia cidade fantasma.
Este é o grande diferencial deles: eles planejam e se preparam para tudo.
@Hugo
Na verdade estas cidades fantasmas podem ser resultado de uma vindoura crise no mercado imobiliário chinês. Todos estes imóveis estão prontos mas não existem pessoas com recursos suficientes para comprá-los.
Aqui tem vai um link sobre o assunto:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-2005231/Chinas-ghost-towns-New-satellite-pictures-massive-skyscraper-cities-STILL-completely-empty.html?ITO=1490
Não mesmo. No um ano que morei lá a cidade já encheu bastante, em uns 2 anos já deve estar quase lotada.
Imóveis na China só fazem valorizar cada vez mais porque tem demanda para isso.